APLICAÇÃO DA CURVA DE PHILLIPS NA ECONOMIA BRASILEIRA - ECONOMETRIA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ALESSANDRA DE MORAIS FERNANDES

        

APLICAÇÃO DA CURVA DE PHILLIPS NA ECONOMIA BRASILEIRA - ECONOMETRIA

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GOIÂNIA, 2017

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ALESSANDRA DE MORAIS FERNANDES

        

APLICAÇÃO DA CURVA DE PHILLIPS NA ECONOMIA BRASILEIRA - ECONOMETRIA

Trabalho apresentado ao prof: Carlos Leão, sobre a aplicação da Curva de Phillips na Economia Brasileira.

GOIÂNIA, 2017

CURVA DE PHILLIPS APLICADA NA ECONOMIA BRASILEIRA

TEMA:

Análise da curva de Phillips representada pela taxa de desemprego e inflação da economia brasileira no período anual de 1980 à 2002, usando um modelo econométrico com o método de mínimos quadrados ordinários, utilizando índices calculados por instituições como o IBGE e DIEESE, para fazer verificações empíricas em busca de comprovar as teorias apresentadas.

PROBLEMA:

Com o desemprego elevado se afeta todo o setor produtivo da economia, pois se cresce o número de desempregados, a renda diminui, e com a renda reduzida, as pessoas consomem menos. Porém com isso a inflação abaixa, pois devido ao baixo consumo, as empresas irão buscar mecanismos para baixar os preços a fim de incentivar o consumo e assim maximizar as vendas. A partir do momento em que a população começa a consumir mais, devido as empresas terem baixados os preços, automaticamente o preços subirão novamente, e por isso é que a relação de taxa de desemprego e inflação é inversa.

HIPÓTESES:

O alto nível de inflação provoca a diminuição da taxa de desemprego, ou seja, são variáveis inversamente relacionadas. Quando a taxa de desemprego for igual à taxa natural de desemprego, a inflação será zero. A inflação será positiva se o desemprego estiver abaixo da taxa natural, e será negativa (deflação) se o desemprego estiver acima.

OBJETIVOS:

Mostrar a relação existente entre a teoria econômica e as metodologias estatísticas e econométricas utilizando o modelo da Curva de Phillips em uma análise de regressão recíproca através do software Gretel, com dados de índices de taxa de desemprego e inflação da economia brasileira no período do ano de 1980 à 2002.

DADOS:

ANO	DESEMPREGO	INFLAÇÃO
1980	5,4	6,61
1981	6,92	5,93
1982	4	7,81
1983	5,63	8,68
1984	4,8	11,98
1985	3,15	15,07
1986	2,16	11,65
1987	2,86	14,15
1988	2,92	28,7
1989	2,36	51,5
1990	3,93	18,44
1991	4,15	23,71
1992	4,5	25,24
1993	4,39	36,84
1994	3,42	1,71
1995	4,44	1,56
1996	3,82	0,47
1997	4,84	0,43
1998	6,32	0,33
1999	6,28	0,6
2000	4,83	0,59
2001	5,6	0,65
2002	5,24	2,1

REFERENCIAL TEÓRICO:

Blanchard relata que os economistas keynesianos, Paul Samuelson e Robert Solow, repetiram os estudos feitos por Phillips utilizando dados de 1900 a 1960. Entretanto, fizeram uma pequena modificação trocando nível de salários por inflação e batizando o estudo como Curva de Phillips. Foi constatado, então, que a inclinação negativa da curva de Phillips mostrava que se a inflação caía, o desemprego subia e, por sua vez, se o desemprego subia a inflação caía, podendo até ficar negativa, tornando-se um trade-off entre desemprego e inflação, pois não existiria nenhum cenário com baixa inflação e baixo desemprego, o que gerava uma dificuldade para as autoridades que poderiam tomar medidas para diminuir o desemprego, mas penalizariam a população com um elevado índice de inflação. A partir das
mudanças propostas por Paul Samuelson e Robert Solow a equação viria a adicionar a inflação no lugar da taxa de variação dos salários nominais. E graficamente a curva é representada da seguinte forma:

[pic 1]

MODELO RECÍPROCO OU HIPERBÓLICO:

Equação é dada por: Y = β0 +  β1+ ei[pic 2]

Este modelo apresenta as seguintes características: Y significa a variável explicada que neste caso será a taxa de inflação. Conforme o X aumenta indefinidamente o termo β1  se aproxima de zero, e Y se aproxima do valor limite ou assintótico β0. [pic 3]

MÉTODO DE MÍNIMOS QUADRADOS ORDINÁRIOS:

É uma técnica de otimização matemática que procura encontrar o melhor ajuste para um conjunto de dados tentando minimizar a soma dos quadrados das diferenças entre o valor estimado e os dados observados. É a forma de estimação mais amplamente utilizada na econometria. Consiste em um estimador que minimiza a soma dos quadrados dos resíduos da regressão, de forma a maximizar o grau de ajuste do modelo aos dados observados.

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