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Avaliação de Riscos em Aplicação de Renda Fixa

Por:   •  1/3/2016  •  Monografia  •  2.315 Palavras (10 Páginas)  •  360 Visualizações

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS INERENTES A APLICAÇÕES EM RENDA FIXA UTILIZANDO O VAR (VALUE AT RISK)

Metodologia Analítica em uma carteira formada por Títulos Públicos do tipo Letras do Tesouro Nacional (LTN).

Objetivo:

Analisar o mercado de renda fixa no Brasil, regulação do mercado financeiro, as definições teóricas e gestão dos riscos inerentes às aplicações em renda fixa e a aplicação prática dos conceitos apresentados.

Como demonstrativo, utilizamos a metodologia paramétrica para cálculo do VaR, formando uma carteira fictícia no valor de R$500.000,00 aplicada em títulos do tesouro nacional conhecidos como LTN (Letras do Tesouro Nacional), buscando formar uma carteira adequada ao risco aceito pelo investidor.

Introdução:

Com a estabilização econômica ocorrida no Brasil em 1994, o planejamento financeiro tem-se tornado, gradativamente, parte integrante das famílias brasileiras. O que antes era quase inexistente no Brasil, hoje passa a ser uma realidade cada vez maior, que são os investimentos de longo prazo. Prova disso é que cada vez mais percebemos um crescimento na área de investimentos pessoais em nosso país.

Características do Mercado de Renda Fixa no Brasil

Muito comum no Brasil, os títulos de renda fixa são títulos que pagam em um determinado período uma certa remuneração, que pode ser determinado no momento da aplicação (pré-fixado) ou em seu vencimento (pós-fixado).

Os investimentos em renda fixa possuem algumas características importantes que devem ser observadas, tais como: quem é o emissor do título, qual o prazo do título e qual o tipo de rendimento do título.

Títulos Privados: emitidos por empresas como forma de captação de recursos. Dentre eles, os mais conhecidos são os CDB’s e as Debêntures.

Títulos Públicos: emitidos pelo governo federal com o objetivo de captar recursos. Os principais títulos públicos negociados atualmente são os seguintes:

LTN – Letras do Tesouro Nacional = Rentabilidade prefixada. Pagamento no vencimento;

LFT – Letras Financeiras do Tesouro = Rentabilidade diária fixada à taxa de juros básica da economia (SELIC). Pagamento no vencimento;

NTN-B – Notas do Tesouro Nacional Série B = Rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescidas de juros definidos no momento da compra. Pagamento semestral (juros) e no vencimento (principal);

NTN-F – Notas do Tesouro Nacional Série F = Título com rentabilidade prefixada, porém, seu rendimento é recebido pelo investidor através de cupons semestrais de juros e, na data de vencimento do título, o recebimento do valor de face somado à última parcela dos juros.

A importância do Comitê de Basiléia

Com o aumento significativo dos fluxos financeiros nos anos 80 e 90, surgiu a necessidade de criação de uma regulamentação para o sistema financeiro mundial.

O Acordo de Capital de Basiléia surgiu justamente dessa necessidade de se “controlar” o mercado para que apresentasse mais segurança aos investidores. Tendo maior preocupação nos seguintes aspectos:

Regulação dos bancos:

Intermediação financeiras;

Corrida bancária;

Efeito contágio;

Proteção ao depositante;

Solidez do sistema de pagamentos;

Entrada de novas instituições;

Requisitos mínimos de capital e;

Supervisão dos riscos das instituições.

A estrutura de Basiléia está fundamentada em três pilares:

Pilar I – Exigência de capital mínimo: Abordagem da mensuração de risco de crédito, de mercado e operacional;

Pilar II – Supervisão bancária: Avaliação de como os bancos estão adequando as necessidades de capital frente aos riscos incorridos;

Pilar III – Disciplina de mercado: Divulgação de informações relevantes ao mercado.

Análise dos Riscos Inerentes aos Títulos de Renda Fixa

Para que os investidores pudessem tomar decisões baseadas em previsões e análises ao invés de incertezas, o tema de risco começou a ser difundido.

Risco é uma situação no qual se dispõe de dados e informações suficientes para quantificar o grau de probabilidade de um evento semelhante acontecer no futuro, ou seja, é a possibilidade da ocorrência de um evento adverso para uma situação esperada, o que sob a incerteza, os dados capazes de quantificar uma possível perda não estão disponíveis. O objetivo é transformar a incerteza em risco.

Quando falamos de carteira de ativos, há duas classes de riscos que são avaliados quanto ao risco total:

Risco Sistemático – Também conhecido como risco não-diversificável ou risco de mercado. São decorrentes dos fatores que afetam todos os investimentos em conjunto e ao mesmo tempo;

Risco Não-Sistemático – Também conhecido como risco diversificável. Decorrem dos eventos que afetam cada um dos ativos de forma isolada.

Teoricamente uma carteira de mercado oferece a maior diversificação possível, no âmbito do sistema econômico em que se encontra, contendo, portanto, apenas o risco sistemático.

Há também outras classificações de riscos que afetam os ativos e carteiras e, que podem levar a perdas:

Riscos Financeiros

Risco de mercado – É o risco de se ganhar ou perder com a simples variação no preço entre o período de compra e venda de um ativo;

Risco de crédito – Representa a possibilidade de inadimplência da contraparte em qualquer instrumento financeiro, gerando a falta de recebimentos da outra parte;

Risco operacional – É proveniente de falhas de sistema, erro humano, gerenciamento ou falta de controle e falta de transparência dos sistemas adotados. O risco operacional divide-se em:

Risco de Modelo;

Risco Transacional;

Risco de Controle;

Risco

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