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Como o poder influencia a vida das pessoas

Por:   •  15/4/2016  •  Dissertação  •  1.724 Palavras (7 Páginas)  •  1.355 Visualizações

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Nome: Leonardo José de Araújo

RA 6198329

4° Semestre de Economia

Poder

Primeiramente o que seria poder, se procurarmos em dicionário encontramos resumidamente que "poder é capacidade de impor a vontade própria numa relação social, vendo a visão de Weber "Poder significa a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra toda a resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. Quando Weber fala em fundamento, ele se refere a certos recursos necessários para a legitimação desse poder. “Em outras palavras, é preciso ter alguma coisa a mais em relação aos outros para que se possa ‘mandar’”

Existem diversas variáveis quando falamos de poder, até onde as pessoas vão à busca de poder? Claro que nem todos são capazes de fazer tudo? Será? Como diria Maquiavel: "Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é." É difícil dizer o quanto eu ou qualquer outra pessoa iria pelo poder, mas é fácil afirmar que o poder muda o indivíduo. Esta mudança ocorre em diferentes aspectos, pessoas muito ambiciosas quando alcançam seu objetivo ficam isoladas, isto acontece pelo fato de não confiarem em ninguém e isso é uma característica dos "poderosos" a desconfiança, acreditar que todos almejam seu lugar é premissa para eles, uma consequência disso sem dúvidas é o egoísmo, pensando sempre em si mesmo e mais nada. É preciso abdicar de muitas coisas pelo poder: ética, caráter e valores morais. Isso ocorre, pois quem está em busca de mais poder entra em um mundo onde já existem muitas “cobras” criadas, esse é um termo bastante utilizado pela semelhança entre as traiçoeiras cobras e estas pessoas.

A grande questão da busca e manutenção do poder está no jogo de interesse, acreditar que se conquista poder “grátis” é uma ilusão, a teoria do “não há almoço grátis” de Friedman retrata muito bem isso:

“Há diversas interpretações para essa frase, mas Friedman utiliza muito para criticar a ideia de que o governo pode fornecer produtos e serviços gratuitos. Todo o dinheiro do governo vem da população, de três formas: impostos, dívida e emissão de dinheiro (ou seja, inflação). A questão passa a ser se o governo gasta o dinheiro melhor do que a população, Friedman sendo da opinião de que as pessoas tomam decisões melhores do que o planejamento central governamental. A ideia de que todo o dinheiro do governo vem da população é essencial para entender as críticas de Friedman ao controle da economia pelo estado”.

  • blog-apogeo/economia-e-mercado/100-anos-de-milton-friedman/

Existe também o fato do custo de oportunidade pela presença no almoço e ausência em outras tarefas. Tudo que é de graça geralmente carrega uma armadilha ou obrigação. O custo de oportunidade é um entendimento crucial para as decisões que tomamos diariamente. Basicamente consiste no que abrimos mão de fazer para executar outras tarefas que possam nos trazer alguns benefícios.

Pensando nesta questão é difícil imaginar alguém que chegue onde deseja sem dever favores a nenhuma pessoa é quase impossível, o mundo desde seus primórdios é feito pela necessidade que temos pela ajuda ou favorecimento do outro, mas obviamente para alcançar grandes coisas será necessário estar disposto a abrir mão e dever grandes favores para outros. O complicado é que pessoas que são facilmente compradas, não são leais, com certeza não, elas irão ajudar quem mais ajudá-las seja financeiramente, dando um empurrãozinho para alavancar a carreia política, então pelo simples fato de saber que terá uma dívida para cobrar no futuro.

Essas pessoas podem ser chamadas de aliados. Para segurança no jogo do poder é essencial, portanto que se crie uma rede de aliados muito forte, capaz de suportar grandes adversidades, logo quem tem um poder de persuasão, ou melhor, influência, ou seja, a habilidade para afetar as decisões e ações de outros, mesmo não possuindo autoridade ou força para assim proceder. A influência está diretamente ligada ao poder coercitivo que resumidamente é explicado como capacidade de punição e está baseado na crença daqueles que se submetem de que devem assim proceder para evitar a punição. Pode-se expressar, por exemplo, na capacidade para despedir um empregado que esteja abaixo de determinado nível de produção. Num outro exemplo, um professor pode acenar com a possibilidade de levar à diretoria da escola aqueles que não adotarem um determinado comportamento.

A relação entre um e outro é chamada de aliança, na teoria está relação seria de confiança, mas como já foi dito no jogo de poder o que realmente impera é a certeza que o outro está sempre de olho no meu lugar e que na mínima oportunidade não irá pensar para me passar para trás. Mas, retornando ao conceito de aliança basicamente pode-se entender como um recurso de poder que se reduz ou se amplia de acordo com a habilidade dos indivíduos de perceber as possibilidades que se apresentam de agruparem-se com outros membros da organização, “para afirmar ou desfazer alianças e quem sabe mais profundamente, para suportar pressões psicológicas que necessariamente traz consigo qualquer risco de conflito”. Crozier e Friedberg (1990, p. 37).

As alianças são extremamente estratégicas e no processo para o poder bastante necessário, pois imaginando a quantidade de inimigos que pode se conquistar no caminho. Construir uma fortaleza ao redor de si é a coisa mais segura a se fazer. Está seria uma forma para proteção e diminuir os pontos que possam trazer a exposição. Mas, é claro que tem que ser pensar naquela máxima “Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda” A ideia é que perto dos seus adversários fique mais fácil monitorá-los e de alguma forma controlá-los. Desta forma, entendesse que todos estão envolvidos no jogo de poder, uns mais diretamente do que outros, obviamente que alguns não acreditam nisso e para isso Robert Greene no livro “As 48 leis do poder”, afirma:

“E, para quem acredita que participar de jogos de poder é uma atividade condenável, ele faz um alerta: Não adianta querer ficar de fora. O mundo é como um imenso e dissimulado cassino e todos nós fazemos parte dele. Quanto mais rápido você descobrir as regras do jogo, maiores serão as suas chances de sucesso. "Quanto melhor você lidar com o poder, melhor você será como pessoa. (...) Se o jogo do poder é inevitável, vale mais ser um artista do que negar ou agir desastradamente"..

Existe um paradoxo quando falamos de amigos no poder, pois é preciso deles para chegar ao poder, mas o individuo tem ciência que não pode confiar plenamente, provavelmente seja uma das coisas mais complicadas para quem deseja o poder, principalmente quando pensamos no conceito de amizade no seu livro “Ética à Nicômaco”:

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