Custos Logisticos

Custos Logisticos

RESUMO

Normalmente ao se contratar um transportador rodoviário, procuramos a empresa ou o transportador autônomo de melhor preço. Muitas vezes não se tem conhecimento dos fatores que afetam a formatação das planilhas de custos logísticos nas empresas. O presente artigo tem a finalidade de informar e debater alguns custos do transporte rodoviário de cargas e qual o impacto nos custos logísticos de transporte rodoviário nas empresas.

Palavras chave: transportador, rodoviário, custos, informação.

INTRODUÇÃO

O transporte é uma das principais funções logísticas, representa cerca de 60% do custo total logístico em grande parte das organizações e pode representar até três vezes a sua margem operacional.

Atualmente no Brasil os modais de transporte são divididos da seguinte forma:

Modal Percentual

Rodoviário 61,1%

Ferroviário 20,7%

Aquaviário 13,6%

Dutoviário 4,2%

Aéreo 0,4%

A missão da logística é entregar o produto certo, na hora certa no local certo ao menor custo possível, com esta missão as companhias vêem na logística um diferencial competitivo de mercado.

O artigo tem como tema Custos Logístico, estaremos apresentando os diversos custos logísticos que incidem sobre o transporte rodoviário de cargas e uma forma eficiente de gerenciá-lo, sem comprometer a qualidade dos serviços ou produtos da empresa.

Descobrir os reais custos logísticos presentes no transporte rodoviário tem sido um grande desafio para os profissionais de logística. Em muitas empresas estes custos estão alocados de forma errada, o que dificulta uma visão clara da sua representatividade no seu resultado final.

Este artigo tem como objetivo geral fazer uma síntese dos principais custos logísticos no transporte rodoviário como carregamento e descarregamento de veículos, desenvolvimento de embalagem adequada ao transporte rodoviário, gerenciamento de rotas de entregas, estabelecer parceria com os transportadores e finalmente uma sugestão de como gerenciar os custos de forma eficiente.

CARREGAMENTO E DESCARREGAMENTO DE VEÍCULOS

O carregamento e descarregamento de veículos nas empresas representam custo tanto para o transportador como para o contratante do serviço. Estes custos podem ser verificados da seguinte forma: tempo de espera do veiculo, tempo no carregamento, tempo no descarregamento, veículo adequado para o transporte, pessoal treinado para o carregamento e descarregamento. Hoje muitas empresas estão adotando o sistema “Just in Time” (tempo certo), no seu processo com isso tem-se melhorado significativamente o “Lead Time” (tempo de espera), na produção. Para o sistema funcionar corretamente é necessário fazer programações de carregamentos e descarregamentos para cada fornecedor estabelecer horários de entrega e coleta, deixar equipes preparadas para fazer a movimentação rápida dos materiais e estabelecer juntamente com o transportador o tipo correto de veiculo (Sider, aberto, baú), para o transporte solicitado.

EMBALAGENS

As embalagens devem estar adequadas para o transporte rodoviário. É importante definir o tipo de embalagem seja retornável ou descartável. As embalagens retornáveis geralmente têm um custo maior, mas podem ser diluídos no seu tempo de uso, desde que o transportador seja informado sobre os cuidados no seu manuseio. As embalagens sejam retornáveis ou não, devem ser projetadas de forma ergonômica para terem um máximo aproveitamento de espaço no transporte, em sua maioria os fretes são calculados por cubagem, então um maior aproveitamento do espaço gera uma redução significativa no custo total de transporte.

Outro cuidado fundamental é no tipo de material da embalagem. No transporte rodoviário as mercadorias estão sujeitas a movimentações no interior do veículo, devido à trepidação causada geralmente pela má conservação das rodovias. O ideal é estarem unitizadas, quando possível, em paletes e protegidas com filme “stretch”, este procedimento auxilia no carregamento, na fixação com cintas e no descarregamento e pode evitar as possíveis avarias no transporte. Na tabela 2, estão listados alguns tipos de embalagens.

• Embalagens tipo sleeves é um tipo de embalagem aplicado sobre garrafas frascos e potes, constituido por uma manga de filme termo-encolhivel (o que permite que apos a sua exposição ao calor se adapte a forma da embalagen primaria garrafa, pote etc) este filme primeiramente decorado permite a empresa ter o maior canal de comunicação com seus consumidores. Este tipo de embalagem já foi adotado por grandes empresas para todo tipo de produtos principalmente industrias lacteas e refrigerantes.

• Embalagem por Acolchoamento é um tipo de proteção tradicionalmente utilizado por empresas de mudanças, é ideal para embalar produtos de forma irregular. A embalagem por acolchoamento é adotada por empresas que prestam serviços especiais de transportes sem caixas. Elas possuem, fornecem e administram materiais de embalagem, além de carregar e descarregar, assumindo a responsabilidade por quaisquer avarias que ocorram. As vantagens são a ausência de quaisquer materiais de embalagem e de seus resíduos, a redução da cubagem e maior facilidade ao desembalar os produtos.

• Embalagens retornáveis sempre fizeram parte dos sistemas logísticos. Tais embalagens geralmente são de aço ou plástico. A decisão de investir num sistema de embalagem retornável requer estudo da quantidade de ciclos de embarques e de custos de transporte versus custos de compra e descarte de embalagem sem retorno, bem como os custos futuros de separar, rastrear e limpar as embalagens para reutilização.

• Paletes podem ser de madeira, plásticos e refrigerados. Os paletes exigem grandes investimentos, pois se mal construídos podem se desfazer e causar avarias nos produtos. Existem estudos para aperfeiçoarem paletes de material plástico e refrigerado, uma vez que estes paletes possuem as mesmas funções dos antigos paletes de madeira, diferenciando destes por possuírem uma vida útil maior e serem mais resistentes.

• Embalagem shrink-wrap é uma embalagem à vácuo. Ela é executada colocando-se uma película pré-esticada sobre a carga unitizada de embalagens secundárias,

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