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Desigualdade econômica

Seminário: Desigualdade econômica. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/4/2014  •  Seminário  •  535 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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a. Desigualdade econômica

Manuel Castells, analisando a formação social capitalista, escreve em 1983, que as

relações de produção, neste modelo baseado na relação entre os fatores de produção

capital e trabalho, favorece intrinsecamente o capital em detrimento do trabalho.

Na dimensão econômica da produção, tanto os empresários quanto os

trabalhadores escolhem os setores produtivos e lugares geográficos onde possam

encontrar melhores condições de remuneração. Assim, caso outro setor produtivo ou

localidade ofereça oportunidades de uma maior remuneração, o capital e o trabalho

tentarão se deslocar para esses setores e localidades.

É o caso dos trabalhadores rurais, que pressionados pela “cerca” (o latifúndio) que

impede o seu acesso à terra, e a “seca” (as adversidades climáticas) migram para outras

regiões em busca de melhores oportunidades de sobrevivência.

Assim como é comum ler nos jornais que tal ou qual empresário fechou a fábrica de

fiação e tecelagem, ou vendeu o seu supermercado, para aplicar seu capital em outro

setor da economia.

No entanto, o capital tem maior facilidade e rapidez de deslocamento que o

trabalhador. Se o setor de mineração numa região distante, ou mesmo num outro pais,

oferece maiores taxas de rentabilidade dos investimentos feitos, o capital se desloca à

velocidade da luz, sem encontrar obstáculos, comprando ações da grande mineradora

implantada no estrangeiro. Já o trabalhador que deseje migrar vai demorar anos, e tal

vez nunca consiga realizar o deslocamento, por causa de obstáculos financeiros (custo de

transporte e instalação), culturais (língua diferente) e administrativos (necessidade de

visto de trabalho).

Por este motivo, o capital estará sempre, ou quase sempre, investindo em setores e

lugares, onde encontra condições de maximizar sua rentabilidade. O trabalhador, não

tem essa facilidade de deslocamento geográfico ou mudança de setor de atividade.

Assim as relações que se estabelecem entre empresários e trabalhadores são sempre

favoráveis ao empresário.

Eis a causa da origem da pobreza. A pobreza não é uma fatalidade, mas uma

conseqüência lógica e natural das relações de produção no sistema capitalista.

Existe uma lei de salário mínimo, como medida governamental para impedir a

exaustão da força de trabalho, o seu desaparecimento. Por que não existe uma lei do

“lucro mínimo”? Porque não precisa. O capital tem suas

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