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Espírito Empreendedor

Relatório de pesquisa: Espírito Empreendedor. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.375 Palavras (10 Páginas)  •  276 Visualizações

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• Ajustar sistematicamente os programas de DO às necessidades específicas da organização.

• Demonstrar como as pessoas podem mudar seus comportamentos como parte do programa.

• Modificar os sistemas de recompensas da organização para premiar os membros que mudam seu comportamento de acordo com o programa.

Espírito Empreendedor

Um aspecto importante da cultura organizacional é o espírito empreendedor. As organizações estão à procura de pessoas capazes de conduzi-las, de resolver os seus problemas, gerar novas idéias e caminhos, criar novos produtos e serviços, buscar novos meios de satisfazer ao cliente e, sobretudo, torná-las competitivas diante dos concorrentes. Em outras palavras, as organizações procuram pessoas com espírito empreendedor. A principal característica do espírito empreendedor é a habilidade de assumir os fatores de produção – pessoas, materiais, financeiros, mercadológicos e administrativos – e utilizá-los para produzir novos produtos ou serviços cada vez melhores. O empreendedor percebe oportunidades onde as outras pessoas não vêem ou não percebem. O empreendedor assume responsabilidades pelos riscos envolvidos. Alguns empreendedores usam a informação disponível a todos para bolar algo inteiramente novo, graças à sua intuição. Um dos mais famosos empreendedores, Henry Ford, não inventou nem o automóvel e nem a divisão do trabalho, mas conseguiu aplicar a divisão do trabalho na produção de carros através de uma nova maneira, a linha de montagem. Akio Morita, o presidente da Sony, a gigante japonesa de produtos eletrônicos de consumo, percebeu que os produtos já existentes na companhia poderiam ser adaptados para criar um novo e criativo produto, o walkman pessoal. Geralmente, o empreendedor vê uma necessidade e então junta e coordena pessoas, materiais e capital necessário para atender àquela necessidade. Cria uma organização como um meio para oferecer algo novo para os clientes, funcionários ou outros parceiros.

O empreendedor é diferente do administrador. Aquele envolve introdução de mudanças na produção, enquanto o administrador envolve coordenação do processo de produção. O empreendedor é um fenômeno descontínuo que aparece para iniciar mudanças no processo de produção, então desaparece até que reaparece novamente para iniciar outra mudança. Drucker assevera que o empreendedor está relacionado com mudança e sempre responde a ela e a explora como uma verdadeira oportunidade. Schumpeter popularizou o termo empreendedor. Para ele, o processo global da economia depende das pessoas que o fazem acontecer – os empreendedores. O administrador precisa saber desenvolver seu espírito empreendedor para conduzir sua organização rumo à competitividade.

Pelo fato de poderem contribuir mais para a sociedade, os pesquisadores procuram analisar habilidades, atitudes e características dos empreendedores, bem como as condições em que eles surgem e se desenvolvem. Existem certos fatores psicológicos e sociológicos que explicam o espírito empreendedor.

Fatores psicológicos

A mais importante abordagem a respeito do espírito empreendedor foi desenvolvida por McClelland em 1986, que verificou que o empreendedor está voltado para a satisfação de necessidades pessoais de auto-realização. Pessoas com elevado grau da necessidade de auto-realização são mais inclinadas a assumir riscos, desde que razoáveis e quando tais riscos estimulam um esforço maior. McClelland verificou que certas sociedades tendem a produzir uma percentagem maior de pessoas com alto nível de necessidades de auto-relização do que outras. O sistema educacional está por trás disso. Outros pesquisadores verificaram a presença de certos motivos e objetivos como poder, prestígio, auto-estima e serviços para a sociedade como os elementos impulsionadores do espírito empreendedor.

Por volta de 1980, Begley e Boyd verificaram toda a literatura disponível e identificaram cinco dimensões do espírito empreendedor:

1. Necessidade de auto-realização. Os empreendedores apresentam alto nível de necessidade de auto-realização, que os leva a tentar atingir o máximo de suas potencialidades individuais. O empreendedor nunca está satisfeito com o que alcançou. Quer sempre realizar mais e mais.

2. Lócus de controle. Os empreendedores – e não os eventos ou a sorte – é que controlam as suas próprias vidas. Os empreendedores pulam em suas próprias cordas, com total independência das outras pessoas.

3. Tolerância para riscos. Os empreendedores toleram riscos moderados, desde que tragam maiores retornos para os seus esforços. Coragem e enfrentamento são suas características.

4. Tolerância para ambigüidade. Muitas decisões precisam ser tomadas a partir de informação incompleta, duvidosa ou obscura. Os empreendedores se defrontam com a ambigüidade com maior facilidade, desde que consigam fazer as coisas certas na primeira vez.

5. Comportamento do tipo A. Refere-se ao impulso pessoal de fazer mais em menor tempo e, se necessário, apesar das objeções das outras pessoas. Fundadores de empresas e administradores de pequenos negócios tendem a possuir maiores graus de comportamento do tipo A do que os executivos vinculados a outros tipos de negócios. O empreendedor busca maneiras diferentes de fazer a mesma coisa mesmo enfrentando oposição e críticas.

Fagenson mostra um outro ângulo a respeito da diferença entre o empreendedor e o administrador. Os empreendedores tendem a valorizar o auto-respeito, a liberdade, o senso de realização e um estilo de vida excitante. Os administradores, por outro lado, tendem a valorizar amizades verdadeiras, riqueza, salvação e prazer. Os empreendedores querem algo diferente em suas vidas.

O certo é que os empreendedores necessitam de auto-confiança, impulso, otimismo e coragem para deslanchar e operar um negócio, sem necessidade da segurança do contracheque no fim de cada mês. Os empreendedores são capazes de lançar-se a uma nova aventura porque não podem ignorar seus sonhos, sua visão, e são propensos a assumir riscos para obter ganhos financeiros. Muitas vezes, eles são tomados de surpresa por reduções de pessoal – fenômeno crescente hoje em dia – ou frustram-se com as limitadas oportunidades de crescimento profissional existentes nas organizações. Diante dessas circunstâncias, os empreendedores assumem a coragem e confiança de se dedicar a negócios próprios.

Fatores

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