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Industrialização brasileira a partir de politicas governamentais

Por:   •  19/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  632 Palavras (3 Páginas)  •  212 Visualizações

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Deve-se observar que: 1. O principal instrumento de proteção passou a ser a política cambial, através de: (a) desvalorização da taxa de câmbio, nos anos trinta, e (b) introdução de controles do mercado de câmbio com escala de prioridade para importações, desde os anos trinta. No pós-guerra, com a taxa de câmbio mantida fixa (sobrevalorizada), esses controles seriam intensificados e ampliados na administração das importações; 2. A tarifa aduaneira, com alíquotas específicas progressivamente defasadas em relação aos preços das importações em moeda nacional, foi gradativamente perdendo 13 eficácia como instrumento de proteção e de política de industrialização até ser reformada em 1957. Nessa ocasião, a tarifa realizada (isto é, o total da arrecadação do imposto aduaneiro em relação ao valor total das importações) havia caído para cerca de 3% (Malan et al., 1977, pp. 378-390). 3.3. Política de crédito A necessidade de um política de financiamento para investimentos industriais passou a ser sentida com mais intensidade a partir da segunda metade da década de 1930, quando se ampliaram os investimentos substitutivos de importações. O sistema financeiro privado (bancos comerciais) não dispunha de instrumentos específicos de captação de recursos que lhe permitisse lastrear empréstimos de médio/longo prazos para investimentos industriais. Essa função viria a ser cumprida pelo Estado principalmente pelas instituições seguintes: 1. Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (CREAI) do Banco do Brasil, criada em 1937. Embora tivesse por objetivo principal o financiamento à agricultura, teve importante participação no financiamento à compra de máquinas e equipamentos industriais em geral, e à implantação de algumas indústrias de insumos básicos como celulose e papel, alumínio e siderurgia (Villela e Suzigan, 1973, pp. 169-170); 2. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), criado em 1952. Voltado inicialmente ao financiamento dos investimentos em infra estrutura (energia e transportes), o BNDE se tornaria mais tarde na principal agência pública de financiamento para investimentos industriais. 3.4 Primeiros ensaios de planejamento industrial Apesar de não se chegar a formular uma estratégia que coordenasse os instrumentos de ação do Estado com vistas à industrialização, várias tentativas de planejamento do desenvolvimento econômico foram realizadas nesse período, denotando a preocupação dos responsáveis pela política econômica (e da classe industrial emergente) com a necessidade de promover a industrialização como alternativa de desenvolvimento econômico e social. As mais importantes, no que respeita ao desenvolvimento industrial, foram as seguintes: 1. Conselho Federal de Comércio Exterior, criado em 1934. Embora dedicado primordialmente às questões relacionadas ao setor externo, teve participação importante na discussão e na coordenação de ações de órgãos públicos voltadas para implantação de diversas indústrias (celulose, na década de 1930; siderurgia, álcalis e vidro plano nos anos 40 (Malan et alii, 1977, pp.353-4); 2. Coordenação da Mobilização Econômica, criada em 1942, no âmbito da qual seria criado no mesmo ano o Setor de Produção Industrial (SPI), "uma tentativa de 14 organizar o planejamento industrial do País" (Malan et alii, 1977, p. 366); 3. Conselho Nacional de Política Industrial e Comercial, criado

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