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O Brasil Privatizado: Um Balanço do Desmonte do Estado

Por:   •  10/9/2018  •  Resenha  •  761 Palavras (4 Páginas)  •  195 Visualizações

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 O livro de Aloysio Biondi (1936 – 2000) “O Brasil Privatizado: Um Balanço do Desmonte do Estado” trata da campanha de privatização do governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e faz diversas críticas referentes ao modelo adotado pelo governo na execução do seu plano de privatização. Processo esse que deveria diminuir a divida interna e externa do Brasil, mas que ao final, não aconteceu nem um nem outro.

Como o próprio autor diz, as estatais foram vendidas a “preço de banana”, muito abaixo do seu valor real. Empresas essas que antes de suas respectivas vendas receberam injeções bilionárias de investimentos pelo próprio governo brasileiro para alavancar seus respectivos preços de venda antes de irem a leilão.

Logo de início o autor apresenta dados de uma das estatais vendidas pelo governo: A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que foi vendida por 1,05 Bilhão de reais, sendo 1,01 bilhão em “moedas podres” (Títulos antigos emitidos pelo governo que foram comprados pela metade de seu real valor). Ou seja, o governo basicamente não recebeu dinheiro algum nessa venda, pois esses títulos comprados eram referentes a outras dividas do governo que ele colocava a venda em forma de título. A entrada de dinheiro nas para as contas do governo foi insignificante, pois além de o baixo valor de venda no leilão as estatais foram compradas pela metade do preço, por conta das “moedas podres”.

A campanha vendida pelo governo FHC era de que a privatização traria dólar para o Brasil. Dólares esses que serviriam para pagar as dívidas externas e internas, porém, o que ocorreu foi um efeito totalmente contrário a isso.

A promessa para conquistar o apoio do povo, era de que o preço baixaria e a qualidade aumentaria. Mas obviamente as promessas não foram cumpridas. Até porque antes mesmo de as empresas irem a leilão o governo já estava aumentando suas tarifas a fim de obter uma margem de lucro maior aos compradores.

“TARIFAS E PREÇOS – os reajustes de 100%, 300% e 500% antes da privatização garantem lucros aos novos donos. E há aumentos até de ultima hora, como o reajuste de 58% para as contas de energia no Rio, poucos dias antes do leilão da Light.” (pg 13)

O governo também fez as demissões e indenizações dos funcionários das estatais, que foi o caso do Banerj (Banco Nacional do Estado do Rio de Janeiro), onde o governo assumiu um empréstimo de 3,3 Bilhões de reais para pagas direitos trabalhistas, detalhe, o comprador do Banerj pagou apenas 330 milhões de reais na compra da estatal.

Outro fato interessante sobre o processo de privatização do governo FHC, era que as comprar eram efetuadas por prestações, com porcentagens de entrada baixíssimas (10% a 20%) e com prazos de 30 anos. Além disso os novos compradores receberiam empréstimos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para investir. O governo vendia as empresas a “preço de banana”, algumas sequer ele recebia valor significativo, e ainda financiava os investimentos dos novos donos.

Além de todo esse amadorismo ainda houve a desestabilização da balança comercial  provocada pela importação de produtos  devido as ideias adotadas pelo governo FHC que proporcionou a entrada de grupos estrangeiros e removeu dos contratos qualquer porcentagem de nacionalização dos produtos fabricados no Brasil, em resumo, as estatais que lidavam com eletroeletrônicos (Como por exemplo as de telefonia) passaram a ser apenas montadoras pois toda a tecnologia usada eram trazidas pelas empresas de seus países de origem, aumentando rigorosamente a importação, e reduzindo a exportação, ou seja, essa ação promoveu apenas a saída do dólar.

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