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O contexto econômico do Brasil

Por:   •  1/10/2025  •  Artigo  •  2.717 Palavras (11 Páginas)  •  15 Visualizações

Página 1 de 11

Título e subtítulo (se houver): devem estar na página de abertura do artigo separados por dois pontos e centralizado

Nomes dos autores[1][a]

Nomes dos autores[2]

Nomes dos autores[3]

Pedro Veberling Frederico Terra[4]

Resumo

Texto, com uma quantidade predeterminada de palavras, onde se expõe o objetivo do artigo, a metodologia utilizada para solucionar o problema e os resultados alcançados não deve ultrapassar 250 palavras, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas.

Palavras-chave: São palavras características do tema que servem para indexar o artigo, até 5 palavras separadas por ponto final.[b]

Abstract

Uma tradução ao Inglês do resumo feito acima.

Keywords: Tradução das palavras-chave.

Introdução

O contexto econômico do Brasil no início do primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) foi caracterizado por desafios importantes, herdados de um tempo de mudança e fortalecimento da estabilidade econômica após o Plano Real. A administração estabeleceu como prioridades a administração da inflação, a busca por um crescimento sustentável e a preservação da credibilidade fiscal e monetária. Nesse contexto, a estratégia econômica implementada pelo governo Lula, baseada na manutenção do tripé macroeconômico (câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário), teve um papel fundamental na estabilização e no progresso do país, principalmente no que se refere ao controle da inflação, um assunto central para a estabilidade econômica e social da nação.

Este artigo visa examinar a efetividade das políticas macroeconômicas que foram adotadas durante o primeiro governo de Lula para o controle da inflação, por meio dos modelos teóricos keynesianos, IS-LM, IS-LM-BP (Balanço de Pagamentos) e da Oferta e Demanda Agregada. A principal questão que pretendemos analisar é: como as políticas fiscal e monetária aplicadas durante o primeiro governo Lula, à luz do modelo IS-LM e da relação entre Oferta e Demanda Agregada, auxiliaram no controle da inflação e na estabilidade econômica no Brasil, considerando as metas de inflação definidas e os resultados alcançados nesse período?

Dessa forma, o trabalho pretende descrever o cenário macroeconômico do Brasil entre 2003 e 2006, elucidar os fundamentos teóricos dos modelos IS-LM, IS-LM-BP e de Oferta e Demanda Agregada aplicados ao estudo da inflação, examinar os dados econômicos relevantes do período (como inflação medida pelo IPCA, taxa de juros, PIB e balança comercial) e debater a compatibilidade das teorias macroeconômicas com os dados observados.

Desenvolvimento

2.1. Cenário Macroeconômico do Brasil (2003-2006)

O primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006, iniciou-se em um cenário de considerável instabilidade e desconfiança por parte dos mercados financeiros. A herança do governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso, incluía avanços importantes na estabilização da economia com o Plano Real, mas também vulnerabilidades significativas, como a elevada dívida pública e a dependência de capital externo. A transição de governo gerou incertezas, refletidas em uma forte desvalorização do real e em um aumento expressivo do risco-país.

Diante desse quadro, a equipe econômica do governo Lula, liderada pelo Ministro da Fazenda Antonio Palocci, adotou uma postura de pragmatismo e continuidade em relação à política macroeconômica vigente. A manutenção do chamado “tripé macroeconômico” – composto por câmbio flutuante, metas de inflação e superávits primários robustos – foi a estratégia central para restaurar a credibilidade e estabilizar a economia. Essa decisão, embora criticada por setores do próprio partido do governo, foi fundamental para acalmar os mercados e criar as bases para um ciclo de crescimento com estabilidade de preços.

O compromisso com a austeridade fiscal foi demonstrado logo no início do mandato, com a elevação da meta de superávit primário para 4,25% do PIB, acima do acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa medida, somada a uma política monetária contracionista, com a elevação da taxa básica de juros (Selic) para conter a escalada inflacionária de 2002, que atingiu 12,53%, foi crucial para reancorar as expectativas e iniciar um processo de desinflação. Como resultado, a inflação medida pelo IPCA, que em 2003 atingiu 9,30%, já em 2006 havia recuado para 3,14%, abaixo do centro da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O período também foi marcado por um cenário externo favorável, com o “boom” das commodities impulsionando as exportações brasileiras e contribuindo para a obtenção de superávits recordes na balança comercial. Esse influxo de divisas fortaleceu o real e permitiu um acúmulo significativo de reservas internacionais, reduzindo a vulnerabilidade externa do país. O crescimento do PIB, embora modesto nos primeiros anos, ganhou tração ao longo do mandato, alcançando uma média de 4,1% ao ano, o que, combinado com políticas de distribuição de renda como o Bolsa Família, resultou em uma melhora significativa dos indicadores sociais.

2.2. Fundamentos Teóricos dos Modelos Macroeconômicos e a Inflação

Para compreender a dinâmica da inflação e a efetividade das políticas fiscal e monetária no primeiro governo Lula, é fundamental analisar os modelos macroeconômicos que servem de base para a discussão. Os modelos keynesianos, o IS-LM, o IS-LM-BP e o de Oferta e Demanda Agregada, fornecem as ferramentas analíticas necessárias para entender as interações entre as variáveis econômicas e seus impactos sobre o nível de preços.

2.2.1. Modelos Keynesianos e a Inflação

A teoria keynesiana, desenvolvida por John Maynard Keynes, foca na importância da demanda agregada para determinar o nível de produção e emprego no curto prazo. Em um contexto de recursos ociosos (desemprego), um aumento na demanda agregada pode levar a um aumento da produção sem necessariamente gerar inflação. No entanto, à medida que a economia se aproxima do pleno emprego, aumentos adicionais na demanda agregada tendem a resultar em pressões inflacionárias, uma vez que a capacidade produtiva da economia se torna limitada. Keynes argumentava que a inflação pode ser causada por um excesso de demanda em relação à oferta disponível de bens e serviços, especialmente quando a economia opera perto de sua capacidade máxima. A intervenção governamental, por meio de políticas fiscal e monetária, é vista como crucial para gerenciar a demanda agregada e, consequentemente, controlar a inflação ou estimular o crescimento [9].

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