Os fatores que podem afetar as transações comerciais com a China e os países desenvolvidos

1º - O primeiro fator que vejo quando pensar em negociar com a China seria a respeito da qualidade de seus produtos, em países emergentes ela consegue introduzir seus produtos com mais facilidades do que em países como Estados Unidos e Alemanha onde sua restrição e burocracia são maiores. Uma forma que a China encontrou em melhorar seus produtos foi fazer parcerias com o Brasil e países emergentes como Chile, Uruguai e Peru para o aperfeiçoamento de seus produtos até que elas tenham qualidade e tecnologia para disputar mercado com o que há de melhor em países desenvolvidos.

2º - O Segundo fator seria o planejamento e logística. A China é uma das potencias mundiais em crescimento na fabricação de produtos diversos e consumo de alimentos. A China em 2016 deve alcançar 1 trilhão de dólares em consumo de alimentos, o Brasil é um dos países que mais fornece alimentos a China. O aumento das matérias primas será relevante também, teremos um aumento em 45% até 2020 na exportação de minério de ferro, 102% em celulose e 63% em petróleo.

O Brasil precisa planejar melhor para atender o mercado chinês para não perder mercado para os países da américa do sul. O Brasil tem dificuldades na sua área logística em razão de atrasos nos embarques provocados pelo congestionamento nos portos, filas e filas de navios para atracar, com isso pode influenciar negativamente as transações comercias com a China e com os países desenvolvidos.

3º - O 3º fator que vejo seria os impactos do avanço chinês em outros mercados, esse é um fator que pesa para negociar alguns produtos com a China, com a concorrência chinesa os produtos brasileiros fica sem espaço nos mercados internacionais. Em 2003 o mercado brasileiro tinha participação nas vendas em produtos industrializados em 12%, em 2011 aumentou para 22%, enquanto a China teve sua participação nas importações de bens industrializados em 2003 em 5% e em 2010 passou para 16%, o Brasil teve um perca em vendas em 2,4 bilhões de dólares na América do Sul para os concorrentes chineses em 2008 a 2011. Um exemplo de uma empresa afetada é a fabricante de ônibus Marcopolo, os chineses já tomaram o mercado em 40% no Chile, 30% no Peru e 10% no Uruguai.