Physical Risks São Riscos Físicos Decorrentes De Mudanças Climaticas

1. Physical risks são decorrentes de fenômenos físicos e compõem os riscos climáticos. Podem ser agudos (eventos de curto prazo como tempestades), ou crônicos (eventos de longo prazo como o aquecimento global, que aumentam as probabilidades de ocorrência de catástrofes naturais). Se tratam de riscos não seguráveis que podem afetar drasticamente a capacidade produtiva da sociedade, causando danos a ativos, a interrupção de operações e de redes de fornecimento. Estes riscos possuem distribuição de cauda gorda, são distribuídos de forma desigual geograficamente e são marcados pela incerteza e não linearidade, dificultando a precificação e análise de sinistros.

Transition risks são riscos que advém da incerteza em relação aos caminhos a economias de baixo carbono, relacionada a estratégias de mitigação em setores econômicos que precisam se adaptar, buscando uma produção mais verde. Ambos representam externalidades que aumentam o risco financeiro sistêmico, podendo se materializar de cinco maneiras: em riscos de crédito, operacional, mercado, liquidez e seguro.

Insurance risk é o risco que seguradoras concordam assegurar em determinada situação. A materialização do evento decorrente deste risco é de responsabilidade da seguradora, que é obrigada a cobrir eventuais perdas, por isso esses riscos são relevantes para ela. Physical risks podem gerar custos maiores às seguradoras pela reivindicação de indenizações e gastos em infraestrutura acima do esperado. Transition risks podem resultar em subvalorização de novos produtos (mercado securitário abrangendo tecnologias verdes).

Um exemplo de situação brasileira: o Banco Central do Brasil demanda que bancos comerciais incorporem riscos ambientais (eventos green swan) em suas estruturas de governança, como enchentes que ocorrem no Estado de São Paulo, que danificam a infraestrutura local, afetando drasticamente a saúde financeira de uma seguradora.

2. Sim! Subscrição de riscos envolve tomada de decisão de riscos como seguráveis ou não, de acordo com critérios de severidade e probabilidade, visando manter os equilíbrios técnico, financeiro e atuarial das apólices de seguro. É característica do Seguro Privado, pois, a atividade privada das seguradoras visa ao lucro e a garantia de cobertura de sinistros sob riscos contratados. A empresa opta por eliminar, mitigar, reter ou transferir o risco.

O Seguro Social possui uma lógica distinta, não há subscrição de riscos devido a sua compulsoriedade. É uma imposição estatal e visa atender ao bem-estar social e a universalidade de cobertura, princípios previstos na Constituição Federal. São contraídos riscos que as seguradoras, sob seus critérios, não visam segurar, fato que impacta no perfil de sinistralidade.