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Questionário

Por:   •  7/4/2016  •  Abstract  •  1.809 Palavras (8 Páginas)  •  381 Visualizações

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Questionário - Sraffa

1- Que conceito Sraffa se propõe a analisar para verificar a permanência de sua validade? Qual o alvo de seu ataque e que fundamento ele ataca?

Sraffa propõe explorar uma nova linha desenvolvida na teoria da concorrência imperfeita que se desenvolve ao longo do século XX, esta veio a ser uma crítica interna do tipo  destrutiva, ou seja, Sraffa pretendia em primeiro lugar mostrar as inconsistências gerais da teoria marginalista do valor, para que fosse possível posteriormente erigir uma teoria alternativa da economia.

2- Que hibridismo está por trás da primeira crítica de Sraffa e qual o objetivo dessa primeira crítica mais geral?

Efetivamente, a lei dos rendimentos não proporcionais constrói-se a partir da fusão da lei de rendimentos decrescentes ( desenvolvida no âmbito da teoria de rendimentos ricardiana ) com a lei de rendimentos crescentes ( própria da noção de progresso econômico smithiano ), ambas deslocadas de seu contexto teórico original e aplicadas a questão da formação dos preços.

3- Que crítica é apontada como a mais fundamental? Como isso se expressa em termos de crítica à lei dos rendimentos decrescentes? E para que tipo de indústria a lei pode se aplicar?

O conceito de concorrência perfeita e a análise do equilíbrio parcial. No tocante a lei dos rendimentos decrescentes, Sraffa aponta que ela se contrapõe á exigência de ceteris paribus e de independência entre as curvas de demanda e de oferta formulada pela análise de equilíbrio parcial exceto para um conjunto particular e provavelmente diminuto de indústrias ( aquelas que consomem sozinhas um determinado fator de produção )

4- Que crítica é feita à lei dos rendimentos crescentes a partir de economias internas? Qual o impacto disso sobre o equilíbrio da firma e a idéia de atomização? Porque também deve ser rejeitada a idéia de rendimentos crescentes a partir de economias externas?

Quanto à lei de rendimentos crescentes, estes não podem resultar de economias internas a firma, uma vez que tais economias são incompatíveis com as condições de concorrência perfeita. Se são admitidos rendimentos globalmente crescentes e uma curva de demanda infinitamente elástica da firma, deixa de existir um equilíbrio estável e abre-se a possibilidade de expansão ilimitada de cada produtor, o que se contrapõe a hipótese de atomização da produção que caracteriza a concorrência perfeita. Referente a economias externas, estas, no entanto, não podem ter origem no progresso da economia em geral, pois seriam incompatíveis com a análise de equilíbrio parcial.

5-  Em que casos a lei de rendimentos crescentes poderia ser aceita?

Assim, a lei vale para casos, pouco freqüentes, em que as economias são externas á firma mas internas á industria, as quais, de resto, dificilmente resultariam de pequenos aumentos de produção.

6- Como pode ser resumida a crítica de Sraffa? Que conclusões ele extra de sua análise e que caminhos restam para suas proposições?

A lei de rendimentos decrescentes é, no caso geral, incompatível com a análise de equilíbrio parcial; a lei de rendimentos crescentes, justificada a partir de economias internas á firma, é incompatível com a hipótese de concorrência perfeita; a lei de rendimentos crescentes, justificada a partir de economias externas a firma, é, no caso geral, incompatível com a análise de equilíbrio parcial.

7- Que hipóteses da concorrência perfeita o artigo nega? E que sugestões ele oferece?

O artigo se apóia em duas negações; a de que o produtor individual não pode afetar deliberadamente o seu preço, o qual deve considerar como dado independentemente da quantidade produzida; e a de que cada produtor em concorrência opera, necessariamente, em condições de custos crescentes. Desta forma é sugerido que,   o principal obstáculo enfrentado pelo produtor individual para aumentar sua produção é sua incapacidade de vendê-la sem reduzir os preços ou aumentar seus custos de venda, vale dizer, a firma faz face a uma curva de demanda decrescente; um único principio comandará a noção de custos, o dos rendimentos crescentes, os quais, face á proposição anterior, agora podem resultar de economias internas á firma.

8- Que novos conceitos ou idéias ele apresenta ao final de seu artigo?

São enfatizados por Sraffa, a idéia de diferenciação de produto, a importância das preferências dos consumidores, o papel dos gastos de venda, a noção de que a firma leva em consideração as possíveis reações de seus competidores e resiste a reduzir preços, a possibilidade de as firmas apresentarem lucros extraordinários como resultado da existência de barreiras a entradas de novos competidores, e a existência de limites ao endividamento da firma.

A- Qual o comentário Sraffa faz sobre uma característica notável da teoria dos preços em concorrência? Que teoria é essa e como ele manifesta sua ironia a respeito dessa característica?

Essa teoria baseia-se na hipótese de que as causas essenciais na determinação do preço de bens específicos podem ser simplificadas, ou agrupadas de tal forma que possam ser representadas por um par de curvas de demanda e oferta coletivas que se interceptam. Trata-se da teoria do valor em concorrência.

B- Mostre, transcrevendo partes da frase, quando Sraffa faz a crítica que corresponde à resposta da questão 1.

Os céticos poderiam talvez pensar que o acordo em questão se deva mais ao desinteresse atual da maioria pela teoria do valor do que a sua aceitação. Esta indiferença justifica-se pelo fato de que a referida teoria, mais do que qualquer outra parte da teoria econômica, perdeu muito de sua influencia direta sobre a pratica política, particularmente com relação as doutrinas sobre as mudanças sociais que lhe fora atribuída inicialmente por Ricardo, depois por Marx e, em posição a eles, pelos economistas burgueses. Ela foi transformada cada vez mais num instrumento da mente, uma técnica de pensar, que não fornece nenhuma conclusão estabelecida imediatamente aplicável a politicas

C- Como você interpreta a frase em que Sraffa conclui que nem sempre os velhos barris estão em condições de armazenar vinhos novos?

Ele quis dizer que, as velhas formas de pensar ou as doutrinas antigas, poderiam não conseguir sustentar ou suportar os novos pensamentos aplicados.

D- Porque ele afirma que nunca houve dúvida de que a lei dos rendimentos decrescentes afetava o custo dos produtos, e porque ainda assim ela não foi utilizada nesse sentido?

Ele afirma por que o funcionamento dos rendimentos  decrescentes aumentava, na mesma medida, o custo de todos.

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