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UNIVERSITIES IN NATIONAL INNOVATION SYSTEMS

Por:   •  26/5/2017  •  Resenha  •  2.178 Palavras (9 Páginas)  •  258 Visualizações

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UNIVERSITIES IN NATIONAL INNOVATION SYSTEMS

David C. Mowery e Bhaven N. Sampat

A princípio, no que se refere aos estudos em torno de sistemas nacionais e setoriais de inovação, o tema sobre o papel das universidades vem ganhando importância e atenção.  A referência chave desta resenha é o trabalho de Mowery e Sampat (2005), cujo objetivo central do estudo, é abordar a importância das pesquisas universitárias, na interação entre as universidades e a indústria, fomentando os avanços tecnológicos.

A pesquisa universitária desempenha um papel importante como umas das fontes fundamentais do conhecimento. Baseado nesse reconhecimento mundial, de interação entre conhecimento e criação, pode-se ressaltar que os governos de países industrializados, do mundo todo lançaram inúmeras iniciativas desde os anos 70 para tornar mais estreia a relação das universidades à inovação industrial. Muitas dessas iniciativas buscaram estimular o desenvolvimento econômico local com base na pesquisa universitária. O exemplo chave que será destrinchado mais a frente, é a mais conhecida lei dos Estados Unidos, chamada de o ato de Bayh-Dole de 1980, que é mais conhecida como a Lei de Emenda de Patentes e Marcas Comerciais, vigente desde 12 de dezembro de 1980, o ato é reconhecido como um marco na política norte- americana de estímulo à proteção e comercialização de tecnologias. De acordo com o Ato, as pequenas empresas e as organizações sem fins lucrativos, incluindo as universidades, passaram a ser titulares (proprietárias) das invenções obtidas a partir dos resultados dos programas de pesquisa financiados com recursos governamentais. Muitas, senão a maior parte, destas iniciativas de "transferência de tecnologia" centram-se nos direitos de propriedade das invenções individuais.

Segundo os autores, entre os anos 70 e 90, o crescimento do financiamento público para o ensino superior dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) diminuiu. A OECD é uma organização internacional de 35 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado, que procura fornecer uma plataforma para comparar políticas econômicas, solucionar problemas comuns e coordenar políticas domésticas e internacionais. Os principais países que fazem parte, são: Áustria, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, etc. Face ao crescimento mais lento do financiamento público global, o aumento da concorrência por financiamentos, gerando diversas pressões contínuas sobre os custos dentro de seus orçamentos operacionais durante esse período, pelo menos algumas universidades tornaram-se mais empreendedoras ou “empresariais” na busca por novas fontes de recursos para a pesquisa.

Destacam também que o fortalecimento da interação entre a universidade e as outras instituições do Sistema Nacional de Inovação, em especial a indústria, é fundamental para que a primeira possa contribuir de forma mais eficaz para o avanço tecnológico. Os autores examinaram outras evidências sobre as contribuições das universidades para inovação.

  1. QUE FUNÇÕES DESEMPENHAM AS UNIVERSIDADES NOS SISTEMAS DE INOVAÇÃO?

Em vários âmbitos, as universidades da OCDE combinam as funções de educação (ensino) e pesquisa. Esta produção conjunta de pessoal treinado e pesquisa avançada pode ser mais eficaz do que a especialização em uma ou outra atividade.  Por exemplo, o movimento de pessoal especializado em ocupações industriais e outras podem ser um poderoso mecanismo para a difusão de pesquisas científicas e demandas dos estudantes e seus potenciais empregadores para um incremento em seu currículo que poderá fortalecer as ligações entre a pesquisa acadêmica e as necessidades da sociedade.

As principais funções que as universidades desempenham para fomentar o crescimento econômico, são: primeiro através da educação, segundo elas se envolvem em pesquisa básica e terceiro elas promovem inovação e empreendedorismo (OCDE, 1996). A missão da universidade como criadora do bem público e inclui a transferência de informação (conferências e publicações), atividades educacionais e de treinamento, consultorias, patenteamento, licenciamentos e criação de empresas start-ups, elas têm papel central no desenvolvimento de pesquisas.

Dois conceitos que se pode considerar a cerca das descrições do papel da pesquisa acadêmica em sociedades industriais "pós-modernas", são: o Modo de produção 2 (GIBBONS et al., 1994) e a tríplice hélice (ETZKOWITZ, 2009).

A pesquisa "Modo 2" está associada a um sistema de inovação mais interdisciplinar, pluralista e "em rede" o crescimento deste tipo de pesquisa "reflete no aumento da escala e da diversidade de insumos de conhecimento necessários. O modo de produção 2 apresenta uma relação entre vários “atores envolvidos” com o potencial para criação de conhecimento. A produção de conhecimento na contemporaneidade não estaria apenas restrita às universidades e outras instituições de ensino superior, mas aberta a centros de estudos privados e públicos, agências governamentais, ONGs, laboratórios industriais, consultorias, empresas multinacionais, empresas pequenas de alta tecnologia, assim como programas de cooperação nacional e internacional de pesquisa. Importante salientar é que paralelo a essa diversificação, no interior desses ambientes de produção de conhecimento ocorre uma grande diferenciação nos padrões de financiamento de pesquisa. Gibbons, (1994) explica que a infraestrutura criada para gerar conhecimento depende da formação de parcerias em que há a coexistência de diversas organizações que carregam diferentes expectativas, demandas e regras operandi

O modelo “tríplice hélice”, parte da análise da compreensão da expansão do papel do conhecimento na sociedade e da universidade na economia. Este modelo possui a universidade, indústria e governo (UEG) como componentes ou agentes estratégicos, ou seja, o desenvolvimento social e econômico local, regional e nacional passa a depender exclusivamente das articulações entre esses três “autores”, explorando como criar um ambiente propício à inovação, à geração e à difusão do conhecimento necessário ao desenvolvimento da sociedade. Sugere-se então, a universidade torna-se participante do desenvolvimento regional.

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