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A Revolução do Empreendedorismo

Tese: A Revolução do Empreendedorismo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/2/2014  •  Tese  •  1.858 Palavras (8 Páginas)  •  400 Visualizações

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UNIDADE 2 – Empreendedorismo

O mundo tem sofrido inúmeras transformações em períodos de tempo cada vez mais curtos. Alguns conceitos relativos à administração predominaram em determinados momentos do século XX, em virtude do contexto sócio-político, tecnológico e cultural em que era mergulhada a humanidade.

Especialmente, quando a maioria das invenções saiu do papel e revolucionaram a vida das pessoas, conforme se pode observar o quadro a seguir, percebeu-se que havia um movimento eclodindo com um interesse em buscar novas perspectivas para a humanidade, aliando racionalização às necessidades sociais.

De acordo com o quadro acima algumas invenções e conquistas do ser humano no século XX podem ser agrupadas, didaticamente, em movimentos, os quais eram fundamentados em conceitos presentes naqueles períodos, por exemplo: nas duas primeiras décadas, o movimento presente foi o da racionalização do trabalho, onde se destacou o conceito de gerência administrativa; a década seguinte ficou caracterizada pelo movimento das relações humanas, onde o foco passou a ser nos processos; enquanto que nas décadas de 40 e 50, o movimento do funcionalismo estrutural foi o grande marco, proporcionado pela idéia de definir objetivos para a gerência; na década de 60, o movimento dos sistemas abertos ganhou força com o planejamento estratégico; nos anos 70 e anos 80, as contingências ambientais ganharam força, como quesito para aumentar a competitividade entre as empresas; e na década de 90, não se teve registro de um movimento específico, porém acredita-se que o empreendedorismo foi o grande marco desse período, uma vez que a concorrência mundial proporcionou novos horizontes às empresas, que se destacam inovando em técnicas, processos, maquinário e mercados.

Usualmente, essas invenções são provenientes de inovações de algo inédito ou de uma melhoria de algo já existente, mas que ninguém jamais tentou fazer diferente ou olhar de outra forma. Os grandes responsáveis por essas invenções são pessoas visionárias e obstinadas que questionam, que arriscam, que buscam melhorias, enfim, que empreendem. De certa forma os empreendedores são pessoas singulares, que se diferenciam pela paixão com que transformam suas visões em realidade. O que se confirma à vista da definição de empreendedor por Joseph Schumpeter: o empreendedor é aquele que tanto cria novos negócios, como também pode inovar dentro dos negócios já existentes, isto é, empreender em um empreendimento.

No entanto, para Kirzner (1973), o empreendedor é um homem que cria um equilíbrio, definindo uma posição clara e positiva em ambientes turbulentos, isto é, identificando oportunidades em meio a crises.

Mas em um ponto ambos concordam: o empreendedor é um identificador de oportunidades, atento às informações e curioso por natureza, pois ele sabe que só há uma forma de melhorar suas chances: aumentando seu conhecimento.

2.1. A revolução do empreendedorismo

O papel do empreendedor é de suma importância para a sociedade, pois o avanço tecnológico só pôde ser alcançado graças às maravilhas criadas por esses homens visionários. Mas, não somente na economia é percebida a intervenção dos empreendedores. Na economia e nos meios de produção, além do setor de serviços, também sofreram sofisticações. Portanto, a ênfase dada ao empreendedorismo é uma conseqüência das mudanças tecnológicas e da rapidez com que ocorrem. A concorrência também provoca uma redefinição do cotidiano. Os paradigmas, há muito tempo entranhados nas organizações, estão sendo quebrados pela nova realidade das inovações tecnológicas e relacionais.

Por isso, pode-se afirmar que desde a década de 90 vive-se o movimento do empreendedorismo, uma vez que os empreendedores são os sujeitos ativos que proporcionam a eliminação de barreiras comerciais e culturais, encurtam distâncias entre mercados, criam novas relações de trabalho e novos empregos, renovam conceitos, quebram paradigmas e geram riquezas para a sociedade como um todo.

A chamada nova economia, através da internet, tem se mostrado aliada a esse movimento disseminando novas idéias e know how pela rede mundial. O que se constata é que o acesso à informação e aos meios de comunicação propicia a abertura de novos negócios em curto espaço de tempo, desde que, obviamente, seja acrescido à principal mola propulsora: o capital. Mesmo com o difícil acesso às linhas de crédito com taxas e prazos mais acessíveis e condizentes com a realidade dos micro e pequenos empresários brasileiros, o contexto atual é muito propício ao surgimento de inúmeros empreendedores, graças a uma outra mola propulsora tão importante quanto o capital: a idéia.

Era impossível imaginar há dez anos um jovem recém-formado ter seu próprio negócio, pois além da dificuldade inerente ao empreendimento, os empregos ofertados pelas grandes empresas nacionais e multinacionais, além da estabilidade dos cargos públicos, gozando de ótimos salários, status e possibilidade de ascensão nas organizações, tudo era muito tentador para ser abandonado e se tentar um carreira “solo”.

O ensino da Administração nas universidades e faculdades brasileiras estava voltado para formar este tipo de profissional, que fosse capacitado para desempenhar funções em grandes corporações, ou seja, administrar empresas e não criar empresas. Quando o cenário mudou, todos tiveram que rever seus conceitos e reavaliar suas qualificações, no caso de profissionais e estudantes, enquanto que as instituições de ensino tiveram que reformular suas grades curriculares e dar a devida ênfase à disciplina de empreendedorismo. Obviamente que essa mudança não pôde ser percebida em um curto espaço de tempo, mas os resultados práticos começam ser percebidos hoje, pois finalmente começa a ser dada a importância ao empreendedorismo no Brasil que se tem nos Estados Unidos, o berço das grandes multinacionais.

Tido como centro das políticas públicas em grande parte dos países desde a década de 90, a evolução do empreendedorismo pode ser notado através de algumas ações governamentais, como:

• O Reino Unido publicou no final de 1998 um relatório que se referia ao seu futuro competitivo, onde era enfatizada a necessidade do desenvolvimento de uma série de iniciativas que intensificasse na região o empreendedorismo;

• Na Alemanha, há programas públicos que destinam recursos financeiros à criação de novos negócios. Um exemplo é a criação de duzentos centros de inovação

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