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A fusão dos gigantes

Tese: A fusão dos gigantes. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/5/2013  •  Tese  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  429 Visualizações

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A fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, anunciada na manhã desta sexta-feira, estabelece uma consolidação do setor de varejo. A nova empresa terá mais chances de ditar o preço dos produtos para outras empresas do segmento e principalmente para a indústria. A opinião é de Vincent Baron, sócio diretor da Vallua Consultoria, especializada em gestão e reestruturação de empresas.

Para Baron, a junção de duas empresas de grande porte que vendem eletrodomésticos, como é o caso de Ponto Frio e Casas Bahia, permitirá adquirir produtos a valores bem mais baixos. A compra e a venda em grande volume fará diferença.

Concorrente direto da Casas Bahia, o Magazine Luiza deve ser um dos maiores prejudicados com a negociação. A empresa de Luiza Trajano também mira a classe C emergente, mas possui um market share de 6%, contra 20% da nova empresa (Casa Bahia + Globex), segundo dados de mercado. Com menor participação, a varejista com sede na cidade de Franca terá menos poder de fogo na negociação com fornecedores. "O Magazine Luiza está encurralado e deveria também procurar um parceiro", diz Baron. Procurado por Época NEGÓCIOS, o Magazine Luiza não quis se pronunciar.

A história se repete?

A fusão dos gigantes do varejo lembra outra união de companhias que aconteceu recentemente no país: a fusão de Sadia e Perdigão. Para o analista da Vallua, a Casas Bahia, assim como a Sadia, é uma empresa familiar que tem muito a ganhar com a profissionalização da gestão que, hoje em dia, é um dos pilares do Grupo Pão de Açúcar.

SAIBA MAIS

Outro ganho da Casas Bahia será o crescimento do faturamento. As incertezas geradas pela crise econômica e o medo do desemprego fizeram com que o consumidor ficasse mais arredio na hora fazer compras. O faturamento da empresa fundada por Samuel Klein para este ano deve ficar perto dos R$ 13,9 bilhões conquistados em 2008. "A lógica para essa fusão é: mais vale ser um sócio minoritário rico do que majoritário pobre", diz Baron.

E para o Pão de Açúcar? Os ganhos são muitos. Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), acredita que o Pão de Açúcar deverá aumentar as margens de lucro. Como o valor dos alimentos é muito pequeno, a margem de lucro que o varejo alimentício tem é pequena. Ja a venda de bens duráveis como eletroeletrônicos e móveis dá mais retorno, pois os produtos são vendidos a prazo em parcelas que embutem juros elevados. “O Grupo Pão de Açúcar irá diminuir a concentração de suas operações e reduzirá seus riscos", diz.

A estratégia de negócio das duas empresa continuará distinta. A Casas Bahia deve continuar focada na classe C e o Pão de Açúcar, com suas lojas do Ponto Frio, focará nas classe A/B. "O desafio será unir culturas organizacionais tão distintas", afirma Pastore.

Impacto para os consumidores

Para Maria Inês Dolci, coordenadora do Pró Teste, o consumidor pode ser o grande prejudicado. Para a coordenadora da entidade de defesa do consumidor, a concentração do setor varejista pode resultar na redução de opções de compra e no aumento de preços. “Defendemos a livre concorrência no mercado,

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