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A Ética Na Negociação

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Por:   •  9/5/2014  •  1.715 Palavras (7 Páginas)  •  408 Visualizações

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SIGNIFICADO DE ÉTICA

O que é Ética:

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. Os critérios de eticidade são a ação, a intenção e as circunstâncias ou consequências.

Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor. Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética pública.

A ética pode ser confundida com lei, embora que, com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas pela ética.

A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertente profissional. Existem códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois dos conceitos que constituem a base de uma sociedade próspera.

Segundo Letitia Baldrige:

“Transparência total. Honestidade. Decepção é o pior curso (caminho) da ética... Você é uma pessoa ética em tudo que faz ou não é uma pessoa ética. As corporações devem realmente observar isso”.

A ÉTICA NA NEGOCIAÇÃO

Ao se falar em negociação há de considerar-se o relacionamento entre pessoas, que podem ser reconhecidas como negociadores que devem levar em conta que a “Ética é uma questão importante na tomada de decisão e nas negociações”. (Andrade, 2007:13).

O cenário acelerado de mudanças bem como a alta competitividade no mercado impõe às empresas novos desafios e demandas. Produtividade, lucratividade e compromisso social são exigências rotineiras como requisitos básicos para a sobrevivência das organizações. No entanto, as questões éticas devem ocupar uma parcela importante da preocupação dos gestores para que, uma vez determinados os valores da empresa, seus negociadores tenham uma política padrão dentro da qual pautar sua atuação.

A grande questão que se coloca será a definição das barreiras entre o que é ético, o que é marginalmente pouco ético e o que é desonesto ou fraudulento. A utilização de táticas negociais pouco éticas, têm consequências positivas e negativas. Dependerá do sucesso da sua aplicação e da forma como os negociadores e terceiros avaliarem a situação. Se algumas táticas podem ser consideradas marginalmente pouco éticas e por isso defensáveis em algumas circunstâncias, outras não poderão nunca ser justificadas e têm consequências não só na negociação e nos negociadores intervenientes, como na relação entre as partes. Quando os negociadores decidem a utilização de táticas que não são completamente éticas, avaliam-nas em um contínuo de “eticamente apropriada” até “eticamente reprovável”. E, entre estes dois extremos existe uma zona cinzenta, na qual as táticas são vistas como eticamente duvidosas, justificáveis em algumas circunstâncias, mas não em outras.

Em conformidade com as informações transcritas, apontamos, a seguir, as áreas básicas de tomada de decisão sobre as quais a ética empresarial geralmente incorre:

1.Escolhas quanto à lei - o que deveria ser, e se deverá ser cumprida ou não;

2.Escolhas sobre os assuntos econômicos e sociais que estão além do domínio da lei - referem-se aos meios (tangíveis ou intangíveis), pelos quais se tratam os outros e incluem não só as noções morais de honestidade, palavra e justiça, mas também a de evitar danos e a da reparação voluntária dos prejuízos causados.

3.Escolhas sobre a primazia do interesse próprio - o quanto o bem estar próprio vem antes dos interesses da empresa ou de outras pessoas dentro ou fora dela.

Uma técnica para se entender o significado da integridade nos negócios é submeter suas alternativas e seus hábitos a duas questões, lembrando, segundo Laura Nash (1993, p. 34), que a integridade é uma condição que exige que você aja como diz:

• Essas decisões contribuem para a boa reputação de uma empresa ou de um administrador?

• Essas decisões fortalecem o valor da confiança?

Estas questões inter-relacionadas descrevem o ponto de referência principal para a criação de negociações bem conduzidas, a cooperação bem produzida e os mecanismos de investimento bem sucedidos.

O valor ético da empresa é diretamente proporcional ao dos seus agentes e negociadores.

MODOS DE RESPONSABILIDADE

Quanto aos princípios morais do negociador, aprendemos com Grisez que há modos de responsabilidade que definem as formas de escolha e atuação incompatíveis com o respeito e o serviço aos bens humanos fundamentais.

Os modos de responsabilidade são oito, divididos em três grupos. Um dos grupos, que compreende os três primeiros modos, diz respeito a nossas atitudes para com as outras pessoas. O segundo, que compreende as quatro modos subsequentes, refere-se a nossas atitudes ambivalentes com relação aos bens humanos. E finalmente, desvinculado dos grupos citados há o oitavo modo.

Enumeramos a seguir tais modos, a começar pelos relacionados a atitudes com os demais:

1.Regra de Ouro

A chamada “regra de ouro” é o mais conhecido de todos os modos: “faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”. Esta regra é assim interpretada por Grisez: “Em resposta aos sentimentos; não atue ou deixe de atuar com relação a ninguém por motivos de preferência, a menos que a preferência seja requerida pelos bens humanos. Não se deixe levar por favoritismos”.

2.Paciência e disposição para tolerar

“Não atue com hostilidade em detrimento de nenhum valor humano fundamental”. Claro está que, nos casos em que a hostilidade é utilizada para proteger um bem humano (ou resistir ao mal), não é nociva. A hostilidade que move ações negativas como a vingança, esta sim deve ser desprezada e combatida pois causa um mal sem razão que o justifique satisfatoriamente.

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