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Por:   •  9/2/2015  •  2.191 Palavras (9 Páginas)  •  217 Visualizações

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“GLOBALIZAÇÃO E MUDANÇAS NA CONFIGURAÇÃO ESPACIAL: DA ECONOMIA MUNDIAL UMA VISÃO PANORÂMICA DAS ÚLTIMAS DÉCADAS”

Olímpio J. de Arroxelas Galvão

INTRODUÇÃO

O estudo em questão analisa o cenário econômico mundial recente, destacando pontos relevantes que influirão globalmente na economia nos próximos dez anos.

1. O CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIAL: O PASSADO RECENTE, AS TENDÊNCIAS ATUAIS E PROJEÇÕES PARA O FUTURO.

A economia mundial no período de 1970 a 2004 foi marcada pela alta flutuação do seu desempenho, pelas grandes variações de indicadores da macroeconomia, como o PIB, e por crises econômicas (globais ou regionais).

Estes trinta e quatro anos foram precedidos, segundo o historiador Eric Hobsbawn, por um período de crise (entre 1914 e 1945) e um período de crescimento (do pós-guerra ao início de 1970). Após 1970, devido a guerras civis na África, conflitos étnicos entre os povos da antiga Iugoslávia, passagem do comunismo para economias de mercado de países do Leste Europeu e da antiga União Soviética, fez surgir outra grande crise, que duraria cerca de vinte anos.

Algumas informações e gráficos são extremamente relevantes para a construção de um panorama da economia mundial da época em questão. Houve grande variação nas taxas médias anuais de crescimento da economia mundial como um todo, sem ainda fazer uma análise discriminando por regiões do globo. Fala-se ainda em aumento do PIB per capita nas últimas três décadas e meia, ainda que haja grandes variações devido a distribuição desigual entre os povos. É visível a expansão do comercio mundial de bens e serviços, fato advindo do aumento da globalização e que aumenta a interdependência econômica dos países no mundo, ainda que, ocorrido mais uma vez, de maneira desigual entre os países.

Altas variações nas taxas de inflação mundial propiciaram grande desequilíbrio interno nos países, mas, devido à politicas governamentais de controle inflacionário a partir de 1985, um declínio dessas taxas tanto em países industrializados como nos em desenvolvimento. Vê-se que na maioria dos países a taxa real de juros em longo prazo tem se mantido baixa, havendo esforços dos governos nacionais nesta direção devido à relação entre a queda do nível das taxas de juros e o crescimento econômico de longo prazo. Por fim, o estudo dos preços reais das commodities mostra a forte oscilação dos preços do petróleo e sua recente tendência ao crescimento. Em contrapartida, os preços das outras commodities que não o petróleo oscilam menos e se mostram em declínio, servindo de alerta aos países para que diversifiquem as exportações de bens primários e agreguem valor à elas, aumentando a importância de produtos manufaturados em suas economias.

Organizações mundiais relatam que a economia global apresenta excelente desempenho nos últimos anos, em que o Fundo Monetário Internacional projeta crescimento da economia até 2010, ressaltando pequena desaceleração em 2005/2006 devido ao aumento dos preços do petróleo e ao retorno ao patamar de crescimento mais sustentável. Essa perspectiva de crescimento baseia-se no fato da aplicação eficiente de politicas macroeconômicas e o controle da inflação, cada vez feitos por mais países, ao comportamento adequado do mercado financeiro, e a projeção de expansão do comercio internacional.

Ainda que arriscado, o FMI projeta um crescimento de 3,6% ao ano para o período de 2003 a 2030, sem deixar de levantar pontos críticos, como o crescimento desequilibrado e a grande disparidade em determinadas regiões do mundo, a grande dependência mundial pelas economias norte-americanas e chinesas, o fraco crescimento europeu e do Japão e a perspectiva de aumento do preço do petróleo podem enfraquecer essa projeção de crescimento da economia mundial.

O crescimento das últimas décadas ocorreu com grande desigualdade, aumentando a distancia entre países ricos e pobres: países desenvolvidos tiveram crescimento real de suas rendas per capita de 2,5% ao ano, na década de 1980, e de 1,8%, na de 1990, enquanto o conjunto dos países em desenvolvimento teve um crescimento de 0,6% (em 1980) e 1,5% (em 1990). Vale ressaltar o importante desempenho dos países do leste asiático neste período, que puxados pelos quatro tigres da Ásia (Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong), China e alguns países exportadores, tiveram taxas de crescimento per capita maiores que a média dos países industrializados. O sul asiático também obteve bom desempenho, puxado pela Índia, mostrou expansão do PIB real per capita.

A África e América Latina, em oposição às regiões asiáticas citadas, tiveram crescimento insatisfatório: A África subsaariana teve um crescimento negativo do PIB per capita nas décadas de 1980 e 1990 devido a diversos fatores, como a crise do petróleo e diversas guerras civis nesses países, estabelecendo duas décadas perdidas no que diz respeito ao crescimento. Devido a crises externas e internas, o mau desempenho de Brasil, México e Argentina, as três principais economias da América Latina, ocasionaram a década perdida em 1980 desta região. Além disso, África Subsaariana e América Latina são as regiões do mundo que apresentaram maiores desigualdades sociais.

Oriente Médio e Norte da África apresentaram desempenho inferior ao da América Latina, devido a conflitos internos, instabilidade politica e queda dos preços do petróleo. Já a Europa Central e Ásia europeia até o fim da década de 1980 eram economias regidas pelo comunismo, apresentando crescimento pífio neste período e uma queda do crescimento na década seguinte, resultado que, devido a grande crise econômica e politica gerada, culminou com o fim do regime socialista e a transição para economias democráticas e de mercado.

2. A CONTINUIDADE DA GLOBALIZAÇÃO E AS NOVAS TRAJETÓRIAS DE MUDANÇAS NA CONFIGURAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL

Crescimento do comercio de bens e serviços, aceleração do fluxo financeiro, rapidez na criação e alcance de novas tecnologias, sistemas de comunicação mais eficientes foram as principais transformações em âmbito mundial, que propiciaram aos países acesso a uma economia com menores fronteiras e mais interdependentes.

Dados da Organização Mundial do Comercio- OMC- mostram que, desde o final da Segunda Guerra Mundial, o comércio mundial de mercadorias cresceu. Ainda que a maior parte desse comércio seja entre países industrializados, o comercio de nações

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