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Capital De Terceiros

Trabalho Escolar: Capital De Terceiros. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/11/2013  •  6.057 Palavras (25 Páginas)  •  2.783 Visualizações

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Introdução

A contabilidade convencionada como essencial instrumento de conhecimento e informação disponibiliza registros de dados, como também apresenta demonstrações do resultado das entidades.

O contexto deste relatório, objetiva o acompanhamento das informações eficientes em nível de controle gerencial, permitindo assim tomadas de decisões.

Serão expostos nos capítulos a seguir, os principais pontos a serem analisados na obtenção de Capital de Terceiros nas empresas, sendo verificado desde de seu registro, reconhecimento até a análise dos resultados atingidos.

A análise de balanço será utilizada para evidenciar movimentações patrimoniais de Ativos e Passivos, receitas e despesas, com o intuito de auxiliar administradores, gestores e empreendedores também na tomada de decisões.

A informação contábil funciona como um trampolim na contabilidade para tomada de decisões, no entanto, cabe aos profissionais desta área mostrarem o caminho.

1 – Transparência das Informações

A contabilidade tem como objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos, que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente seja esta pessoa física, entidade sem fins lucrativos, empresa e pessoa de Direito Público, tem um campo de atuação amplo e importante.

Partindo-se dessa prescrição a contabilidade não pode ficar em um simples registro de receita e despesa, e sim identificar, mensurar, reportar e analisar informações sobre os eventos econômicos das empresas, sendo um elemento de importância fundamental no processo de tomada de decisão por parte dos empresários, administradores e gestores em geral.

Portanto, os relatórios contábeis precisam ser transparente para que gestores utilize-os na tomada de decisões entre alternativas conflitantes ou na avaliação de desempenho. Esses relatórios financeiros são importantes tanto para usuários externos quanto para usuários internos.

Com o atual cenário, deve-se estabelecer um modo de gerar informações que satisfaça as necessidades dos diversos usuários, conscientes de que esses necessitam de segurança e confiança nas informações contábeis. Deve ser reconhecido que cada grupo de usuários tem interesses distintos. A atual evolução da tecnologia viabiliza um enfoque dos objetivos da contabilidade no sentido de fornecer conjuntos separados da informação para grupos relevantes.

As informações contábeis especialmente para os usuários externos (administradores, economistas, empresários e outros) têm sido objeto de criticas, visto que estes não têm poder de influência sobre geradores da informação dentro das características definidas pelo CFC.

Segundo Iudícibus1 “o processo da globalização da economia introduziu na informação contábil avanços que facilitaram manuseios de dados atuais, no sentido de uma contabilidade prospectiva de melhor qualidade, possibilitando os usuários à obtenção de informações contábeis devidamente harmonizadas e bem elaboradas dando a idéia de que os gastos de uma empresa estão bem assessorados e organizados quando as informações contábeis podem fornecer critérios da situação econômica e financeira da empresa”.

Com a necessidade de capital pela maioria das empresas, um aspecto fundamental para a própria eficiência dos mercados é a proteção aos investidores e credores através do fornecimento de informações geradas pela contabilidade. Com o crescente mercado internacional, as empresas estão aumentando a obtenção de capital, tal fato se traz a necessidade de informações contábeis confiáveis e que sejam compreendidas pelo investidor.

Por tudo isso, é por meio das informações contábeis, que pode-se informar a empresa e aos gestores o desempenho positivo e negativo em valores reais e absolutos e sua evolução através dos tempos para tomada de decisões. No entanto para que haja decisões é preciso analisar a situação da empresa através das demonstrações contábeis, tema que será abordado a seguir.

2 - As características do exigível e sua limitação de mensuração.

O Exigível é a origem de recursos obtidos junto a Terceiros para financiamento de ativos, isto é, o capital adquirido para a realização dos ativos. São contas com saldo credor que constituem o lado direito do Balanço Patrimonial.

O capital próprio consiste de fundos a longo prazo, fornecidos pelos proprietários da empresa, os acionistas. Diferentemente dos fundos tomados em empréstimos que precisam ser reembolsados numa data pré-determinada, espera-se que o capital próprio permaneça na empresa durante um período de tempo indefinido. As duas fontes básicas de capital próprio para a empresa, são as ações preferenciais e as ações ordinárias, que incluem os lucros retidos.

No Balanço Patrimonial as contas do grupo do Exigível são classificadas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade, pré-estabelecidos ou esperados, onde serão utilizados os mesmos procedimentos de classificação para grupo e subgrupos.

Segundo Gitman2 “será classificado em Exigível de financiamentos e funcionamentos de acordo com a natureza das operações”.

 Financiamentos: a empresa empresta dinheiro a título de empréstimos, resgatáveis a curto e a longo prazo. Sua característica surge pela presença de recursos numerários a fim de satisfazer a necessidade de complementação do capital de giro, e desenvolvimento da área operacional da empresa.

Exemplos de contas utilizadas:

Operações de descontos; Empréstimos por debêntures; Empréstimos por hipotecas; saques á descoberto com garantia de títulos (título caução); Penhor mercantil, agrícola, etc.

Tabela 1

 Funcionamento: a empresa dispõe de bens e serviços de Terceiros, que serão utilizados no funcionamento rotineiro da empresa. São contas originadas em compras de bens a prazo, despesas e serviços a pagar.

Exemplos de contas utilizadas:

Fornecedores; Salários a Pagar; Contas a Pagar, etc.

Tabela 2

As contas do exigível podem ser classificadas a curto e a longo prazo. A lei 6404/76 incluiu o curto prazo no grupo do Exigível.

O exigível a curto prazo é a realização das obrigações com prazos já estabelecidos para o curso do exercício posterior a data do Balanço Patrimonial. Vencimento até 12meses.

No exigível a longo prazo as obrigações assumidas perante a Terceiros terão seus vencimentos constantes após o termino do exercício posterior a data do Balanço Patrimonial, conforme a Lei 6404/76. Vencimento após de 12meses.

Segundo Hendriksen3, “os totais as serem pagos por danos a serem suportados ou por serviços a serem prestados seriam incluídos no exigível, mesmo que não houvesse obrigação legal quanto a tais pagamentos. Assim provavelmente, incluiríasse no exigível, estimativas relativas a abatimentos por mercadorias parcialmente defeituosas ou devolvidas, mesmo quando não existisse uma obrigação legal para realizá-los”.

O reconhecimento de uma exigibilidade necessita de certos cuidados, pois seu objetivo é apresentar claramente a situação financeira da empresa. Um exemplo são, os registro das contas salários a pagar referentes a funcionários que não efetuaram a prestação de serviço, (embora exista a certeza de que efetuarão no futuro), e obrigações pelo pagamento de bens e serviços a se concretizarem no futuro, para se beneficiarem tributariamente embora não sejam indicadas a inclusão nos registros contábeis das contas citadas no grupo do Exigível, visto a não existência de uma despesa ocorrida, reconhecimento de uma perda ou a compra efetiva de uma ativo.

A obrigação deverá ser registrada pelo surgimento de uma movimentação atual ou transação passada. Para que ocorra o reconhecimento de um Passivo, se faz necessário que a obrigação seja mensurável, relevante e concisa, sendo que será registrada pelo valor das saídas futuras nos caixas.

Conforme Hendriksen4, “hoje em dia, é reconhecido que um objetivo de igual importância é o de que a mensuração de passivos deve pertimitir a apresentação, a investidores e credores, de informação útil para a predição de fluxos de caixa. Outros objetivos incluem a avaliação com base de comparações de lucro entre períodos e entre empresas e a comparação dos direitos dos vários detentores de títulos da empresa”.

Na mensuração do passivo, deverá levar-se em conta o ativo de contra-partida, mesmo sendo recurso em caixa outro ativo, como também o valor presente dos benefícios futuros desse ativo.

O Passivo se encerra no ato do pagamento do montante por parte da devedora ao credor, ficando absolvido de qualquer outro compromisso. A dívida poderá ser paga antecipadamente, ou também poderá ser perdoada pelo credor, caracterizando deste modo a extinção da obrigação entre as partes.

2.1. - A influência do exigível no resultado do período

Para que se invista em uma empresa, é necessário que esta apresente retorno de lucros e benefícios para os investidores, deste modo agregando valores positivos às instituições financeiras.

O elevado grau de endividamento da empresa acarretará retirada de aporte por conta dos investidores, devido a redução na velocidade de retorno e pagamento de financiamentos, o que resultará posteriormente em prejuízo e inadimplência da carteira.

O montante de Capital de Terceiros empregado na empresa tem em algumas contra partidas as despesas, que afetaram diretamente o resultado do período das entidades. Deste modo, se faz necessário que as empresas busquem o Capital de Terceiros, a fim de alavancarem o desenvolvimento produtivo e não apenas para liquidar dívidas contraídas anteriormente ou à vencer a curto prazo de tempo, já que o financiamento aumenta o grau de endividamento da empresa o que afeta negativamente a avaliação da mesma em possível investimentos de crédito comercial, dificultando também o acesso a novos financiamentos a curto e a longo prazo.

Para o gestor de cada área a correta mensuração dos passivos exigíveis que financiam ativos é de grande interesse, pois segundo Iudicíbus5 “esta pode significar uma importante informação na hora de se tomar uma decisão sobre a que tipo de fonte se recorrer e quais as implicações presentes e futuras das fontes de financiamentos anteriormente contratadas. Pode também gerar a informação de como a ocorrência de uma contingência, ou a alteração no valor de um passivo exigível, afeta a estrutura patrimonial da área e o resultado do período”.

3 - Análise de Balanço

Para Padoveze,6 “a análise de balanço ou análise financeira é um dos instrumentos mais importantes no processo de gerenciamento contábil. São importantes para o conhecimento econômico financeiro de outras empresas, notadamente concorrentes e fornecedores, no entanto, o mais importante do instrumento de análise de balanço é a sua utilização internamente pela empresa”.

A grande utilidade da análise de balanço é o acompanhamento mensal, pois é por meio desse acompanhamento que se obtém uma visão real das operações e do patrimônio, para que se possa tomar medidas corretivas do mundo dos negócios.

Tem como objetivo alcançar a situação da empresa em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. A avaliação sobre a empresa tem como finalidade detectar os pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiro da companhia auxiliando assim alternativas a serem tomadas e seguidas pelos administradores

Para essa avaliação é preciso traduzir os demonstrativos contábeis em indicadores de análise de balanço. Esses indicadores evidenciam as características existentes entre a situação patrimonial apresentada pelo balanço e a dinâmica da empresa representada pela demonstração do resultado.

Há possibilidade de extração de muitos indicadores através da análise de balanço, mas esses indicadores a serem calculados através do sistema de informação contábil devem restringir-se a quantidade mínima possível, sob a pena de a análise financeira mensal tornar-se excessiva.

Os indicadores deverão ser claro e os usuários do sistema de informação contábil deverão estar de acordo com sua composição e entendimento.

O sistema de informação contábil deverá evidenciar os seguintes fundamentos de análise de balanço:

 Análise vertical

 Análise horizontal

 Indicadores econômicos financeiros

3.1. Análise vertical do Balanço Patrimonial

No balanço patrimonial, a análise vertical evidencia a representatividade de cada elemento patrimonial do ativo e do processo em relação ao ativo total. Dessa forma, o critério de cálculo básico para a análise vertical é a atribuição de cem porcento para o total de ativo. Todos os valores serão traduzidos em relações percentuais sobre o total do ativo.

Cálculo:

Capital de Terceiros x 100 = 3.869.888 x 100 = 75,41%

Ativo total 5.131.905

Fazendo a análise, a interpretação é a seguinte:

 de cada R$ 1,00 aplicado no ativo, R$ 0,7541 corresponde à origem do capital de terceiros, ou seja, do ativo total, 75,41% são recursos oriundos do capital de terceiros.

3.1.1. Análise vertical da Demonstração de Resultado

A análise vertical da demonstração de resultado conduz a evidenciação da estrutura de custos e despesas da empresa, em relação ao total das receitas. Essa análise propicia um aspecto de avaliação da lucratividade da companhia.

Esse tipo de análise é essencial dentro da empresa, pois o sistema de informação contábil gerencial pode dar o detalhamento das despesas e receitas que se deseja.

Cálculo:

Despesas Administrativas x 100 = 44.736 x 100 = 1,06%*

Receita Operacional Líq. 4.238.843

Fazendo a análise a interpretação é a seguinte

 que o total dos gastos administrativo absorve 1,06% das vendas das empresas.

 para cada R$ 1,00 de valor de venda, a empresa desembolsa R$ 0,0106 de gastos administrativos.

Na análise vertical da demonstração de resultado, o principal fator que pode prejudicar a estrutura de custo e despesa é a própria evolução da receita de vendas. Se houver uma variação brusca das vendas, em proporcionalmente com a evolução do custo e despesa, a análise estrutural poderá ser prejudicada. Por isso é necessário cuidado para extrair conclusões e tomar decisões.

3.2. Análise horizontal

A análise horizontal é o instrumento que calcula a variação percentual ocorrida de um período para outro, buscando evidenciar se houve crescimento ou decrescimento do item analisado. Na análise horizontal todos os dados precisam ser analisados em conjunto com os demais instrumentos da análise de balanço.

Serão analisados três balanços patrimoniais com os valores de financiamento (passivo).

 Saldo de financiamento em 2000 = R$ 1.857.656*

 Saldo de financiamento em 2001 = R$ 1.819.228*

 Saldo de financiamento em 2002 = R$ 3.207.664*

Cálculo período 1:

Saldo de financiamento em 2001 = 1.819.228 = 0,98*

Saldo de financiamento em 2000 1.857.656

Analisando este indicador, significa dizer que o passivo de financiamentos em 2001 foi 2% menor do que 2000. Em outras palavras tudo o que exceder a 1,00 significa uma variação positiva, um aumento do elemento patrimonial em relação ao período base.

Cálculo período 2:

Saldo de financiamento em 2002 = 3.207.664 = 1,73*

Saldo de financiamento em 2000 1.857.656

Ao analisarmos, significa que o processo de financiamento foi 73% maior que 2000.

Cálculo período a período:

Saldo de financiamento em 2002 = 3.207.664 = 1,76*

Saldo de financiamento em 2001 1.819.228

Analisando esse indicador, significa que o passivo de financiamento em 2002 foi de 76% maior que 2001.

Para uma melhor visualização, observe o gráfico abaixo:

Com essa análise, os administradores e gestores da empresa têm base para tomada de decisões.

3.3. Indicadores econômicos - financeiros

Os indicadores econômicos - financeiros são elementos que tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultado, procurando números que ajudem no entendimento da situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade.

O objetivo básico desses indicadores é evidenciar a posição atual da empresa, ao mesmo tempo que tenta inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa. Esse instrumental, objetiva também detectar situações, verificar a tendência dos acontecimentos e dar subsídios para que a administração da companhia enfatize os esforços corretivos nas direções necessárias.

Os indicadores são separados conforme relacionados a seguir:

 Liquidez Corrente

 Liquidez Seca

 Liquidez Geral

 Liquidez Imediata

 Endividamento

Esses indicadores buscam evidenciar a condição da empresa de saldar suas dívidas e de sua estrutura de endividamento. São indicadores extraídos apenas do Balanço Patrimonial, razão pelo qual são considerados indicadores estáticos, pois num momento seguinte podem ser alterados.

3.3.1. Liquidez Corrente

Fórmula:

Ativo Circulante

Passivo Circulante

Essa liquidez demonstra quantos reais temos disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado

e considerado como melhor indicador da situação de liquidez da empresa.

Para Iudícibus7, “no quociente de liquidez é preciso, como de resto para muitos outros quocientes, atentarmos para o problema dos prazos de vencimentos das contas a receber e das contas a pagar. Por outro lado, a inclusão dos estoques no numerador pode diminuir a validade do quociente como indicador de liquidez”.

O quociente indica que para cada real do Passivo Circulante existe uma margem em relação ao Ativo Circulante, podendo ser esta positiva ou negativa.

3.3.2. Liquidez Seca

Fórmula:

Ativo Circulante (-) Estoques

Passivo Circulante

Segundo Assaf Neto8 “esta é uma variante muito adequada para se avaliar com conservadorismo a situação de liquidez da empresa, pois se eliminando os estoques do numerador elimina-se uma fonte de incerteza. Mas por outro lado, elimina-se também as influencias das distorções que a adoção deste ou daquele critério de avaliação de estoques poderia acarretar, principalmente se os critérios foram mudados ao longo dos períodos. Permanece o problema dos prazos do ativo circulante no que se refere aos recebíveis e do passivo circulante”.

O quociente indica se as disponibilidades e os direitos da empresa serão suficientes ou não para liquidarem as dívidas de curto prazo.

3.3.3. Liquidez Geral

Fórmula:

Ativo Circulante (+) Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante (+) Exigível a Longo Prazo

Este quociente é utilizado para analisar a situação da empresa no que se refere a liquidez a longo prazo da organização.

Para Iudícibus9 “os prazos de liquidação do Passivo e de recebimento e de recebimento do Ativo podem ser os mais diferenciados possíveis, ainda mais se considerarmos que temos Passivo e Ativo em longo prazo”.

O quociente indica se há folga financeira para cada real de dívida para liquidação da dívida a curto e a longo prazo.

3.3.4. Endividamentos

A finalidade deste indicador é medir a estrutura de financiamento da companhia. É um número que evidencia o reflexo das políticas de alavancagem financeira da empresa e financiamento do capital de giro a cada final de período.

Este indicador também é entendido como um parâmetro de garantia aos credores. Em outras palavras, quanto à empresa tem de capital próprio - de patrimônio líquido - para garantir as dívidas contratadas para o giro e de financiamento. Veja a fórmula abaixo:

Passivo Circulante (+) Exig.a Longo Prazo

Patrimônio Líquido

4 - O Capital de terceiros e sua influência na Gestão Empresarial

A maior preocupação das empresas, atualmente, é com relação ao seu equilíbrio financeiro e sua estabilidade no mercado. Com a oscilação da economia, as pequenas, médias e grandes empresas necessitam de um planejamento que interaja nas suas finanças e principalmente traga uma situação econômico financeiro aceitável, para se poder competir com os concorrentes.

O capital de terceiros é um dos elementos mais importante da gestão empresarial, pois são com esses recursos que as companhias financiam suas atividades empresariais, com, por exemplo, investimentos em compras de ativos, matérias – primas entre outros. Porém, esses recursos originados de terceiros possuem um alto custo financeiro para as companhias, devido a grande instabilidade que o mercado enfrenta influenciando as taxas de juros.

De acordo com Martins10 “o custo de capital de terceiros correspondem aos encargos devidos pelas empresas dos credores externos em contrapartida ao fornecimento de recursos. O capital de terceiro tem um custo explícito correspondem aos encargos contratuais, facilmente identificados e registrados na contabilidade financeira, sem maiores complexidades para sua determinação”.

Segundo Atikson 11 “os gestores utilizam o custo do capital para avaliar prováveis investimentos e levam em consideração o custo do capital de terceiros (dívidas) de acordo com a sua estrutura, e os riscos financeiros das atividades de acordo com a percepção do mercado financeiro”.

Outro fator importante, é que o capital de terceiros permite analisar os investimentos, a capacidade de pagamento de uma empresa e também os índices de endividamento influenciando assim na gestão empresarial e na tomada de decisões dos administradores.

5 - Endividamento

A situação de endividamento de uma empresa mostra o quanto de recursos de terceiros a empresa esta empregando para tentar gerar lucros. O Analista financeiro precisa dar uma atenção maior na questão das dívidas de longo prazo da empresa, pois esses tipos de dívidas comprometem a empresa com o pagamento de juros em longo prazo. Já que os direitos dos credores da empresa precisam ser satisfeitos antes das distribuições dos lucros aos acionistas, esses dão uma atenção ao grau de endividamento e a sua capacidade de pagamento das dívidas.

Os credores também possuem uma certa preocupação com grau de endividamento e capacidade de pagamento da empresa, pois quanto mais dívida ela tem, maior probabilidade de não conseguir satisfazer as obrigações com seus credores.

Em geral, quanto mais dívida a empresa usa em relação ao total do seu Ativo, maior será sua alavancagem financeira, em outras palavras, quanto maior o endividamento a custos fixos de uma empresa, maior serão os riscos e retorno esperados, porém se faz necessário o acompanhamento do grau de endividamento para que o mesmo não venha a prejudicar a empresa no ato de concessão de crédito, junto as instituições financeiras.

5.1. Medidas de Endividamento

Existem dois tipos gerais de medidas de endividamento: Medidas do grau de endividamento e Medidas da capacidade para honrar as dívidas.

 Medidas do grau de endividamento - Grau de endividamento mede o montante de dívida em relação a outras grandezas significativas do balanço patrimonial. Duas das medidas usadas são índice de endividamento e o índice exigível – patrimônio liquido.

 Medidas da capacidade de honrar dívidas - Capacidade para honrar dívidas refere-se a capacidade da empresa para efetuar os pagamentos contratuais ao longo da dívida. Com essas dívidas vem às obrigações de pagamentos fixos programados, relativos aos juros. O pagamento de leasing, dividendos de ações preferenciais também representam obrigações.

5.2. Índice de Endividamento

Para Ross12, “o índice de endividamento é calculado dividindo-se o total de Dívidas pelos Ativos Totais”. É por meio desses indicadores que apreciamos o nível de endividamento da empresa.

O Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patrimônio Liquido). Portanto, Capitais de Terceiros e Capitais Próprios são fontes (origens) de recursos. Também são os indicadores de endividamento que informa se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos próprios, indica também se os recursos de terceiros tem seu vencimento em maior parte a curto prazo (circulante) ou a longo prazo (exigível a longo prazo).

De acordo com o Prof. Stephen C. kanitz13, “o Capital de Terceiros utilizado para financiar a Ativo era de aproximadamente 30% (70% de Capital Próprio). Em menos de dez anos, a situação quase se inverteu: a empresa brasileira se utiliza-se de mais de 60% de Capital de Terceiros para constituir o seu Ativo (menos 40% de Capital Próprio). Todavia, nos finais dos anos 80, novamente o PL cresceu entre 60 a 70%, reduzindo a dívida, principalmente em virtude do seu alto custo”.

Em épocas inflacionárias, é apetitoso trabalhar mais com Capital de Terceiros que com Capital Próprio. Mas, uma participação de Capital de Terceiros exagerada em relação ao Capital Próprio torna a empresa vulnerável. Normalmente, as instituições financeiras não estarão dispostas a conceder financiamentos para as empresas que apresentarem esta situação desfavorável. Em média, as empresas que vão a falência apresentam endividamento elevado em relação as Patrimônio Líquido.

Veja alguns exemplos práticos de analise de endividamento.

 Participação de Capitais de Terceiros sobre recursos Totais.

Capital de Terceiros = Exigível Total = PC+ELP

Capital de Terceiros + Capital Próprio Exigível Total + PL PC+ELP+PL

Cia.Pifano

19X6

522.354 = 0,49  49%

1.075.466

 49% dos Recursos Totais originam-se de Capitais de Terceiros, ou seja, 49% do Ativo é financiado com Capital de Terceiros e 51% representam a existência do Capital Próprio.

 Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros

Capital Próprio = PL = PL

Capital de Terceiros Exigível Total PC+ELP

Cia.Pifano

19X6

533.112 = 1,06 para 1

522.354

 O quociente indica que para cada R$ 1,00 de Capital de Terceiros há R$ 1,06 de Capital Próprio como garantia .

 Composição de Endividamento

PC = PC = PC

Capital de Terceiros Exigível Total

PC+ELP

Cia.Pifano

19X6

517.630 = 0,99  99%

522.354

 99% das obrigações têm vencimento a curto prazo e apenas 1% vencerão a longo prazo. A empresa opera praticamente com dívidas a Curto Prazo. Esta situação é totalmente desfavorável, prejudicando a Liquidez Corrente da empresa.

6 - Capital de Giro

No Brasil as empresas deparam-se freqüentemente com problemas de financiamento de Capital de Giro, principalmente quando está passando pela fase de desenvolvimento, pois é neste instante que ocorre consumo de recursos elevados, que apesar de gerarem lucro, não são efetivamente caixa, pois as vendas ocorrem na maioria das vezes a prazo gerando assim caixa somente no futuro.

Segundo Gitman14 “o Capital de Giro consiste numa parcela de recursos aplicados no Ciclo Operacional da empresa visando à manutenção do volume de suas operações. O Ciclo Operacional em empresa industrial inicia-se com o investimento em estoques (matéria-prima, produtos em elaboração e produtos acabados). Posteriormente ocorre a venda dos produtos e caso seja a prazo, necessita financia-la terminando com seu recebimento”.

O gerenciamento do Capital de Giro é uma das tarefas que exigem do administrador financeiro maior atenção, pois as necessidades são muitas, os recursos escassos e o mercado dinâmico e qualquer falha nesta área de atuação poderá comprometer a capacidade de solvência da empresa e/ ou prejudicar sua rentabilidade.

6.1. Necessidade de Capital de Giro

Para Matarazzo15 “a necessidade de capital de giro “NCG”, é definida a partir das atividades operacionais: o ativo circulante operacional – ACO é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/ produção/ estocagem/ venda, enquanto o passivo circulante operacional – PCO é o financiamento também automático, que decorre dessas atividades... Portanto NCG = ACO – PCO”.

Entretanto, existem outras principais situações que levam a empresa necessitar de um maior nível de capital de giro:

MATARAZZO, Dante C. Administração Financeira: 2.ed. São Paulo: Atlas, 1998.

 Inadimplência elevada que pode se apresentar pelo aumento do prazo de vendas, maior volume de vendas a prazos e adoção de critério de riscos de créditos mais flexíveis.

 Um elevado custo financeiro é bancado pela empresa que não gera recursos financeiros próprios para financiar sua necessidade de Capital de Giro, recorrendo a Capitais de Terceiros junto a instituições financeiras. Isto pode tornar-se crescente se a empresa não tomar medidas que reduzam o nível de utilização de Capital de Giro.

 Aumento do nível de vendas, que eleva a necessidade de investimentos em estoques e financiamento dos recebíveis quando estas forem realizadas a prazo.

 Aplicação de recursos do Capital de Giro em Ativos Permanentes, ou qual ocorre com o financiamento de forma inadequada desses Ativos. Como esses Ativos tem um prazo de maturação para gerarem retorno, seu financiamento deve ser de acordo com o período de retorno.

No entanto, existem algumas medidas que amenizam os problemas com o Capital de Giro:

 Planejar as atividades como, por exemplo, entre a área de vendas e compras para próximos períodos e efetuar ajustes sempre que necessário.

 Elaborar estratégias para reduzir o ciclo financeiro deficitário e conseqüentemente manter a necessidade de Capital de Giro em níveis mais baixos.

 Alongar os endividamentos negociando uma maior elasticidade no prazo de pagamento, reduzindo assim saídas momentâneas que poderiam demandar mais giro e custos financeiros.

6.2. Capital de Giro Líquido

Segundo Ross16, “Capital de Giro Líquido é igual a Ativo Circulante menos Passivo Circulante. O Capital de Giro Líquido é positivo quando o Ativo Circulante é maior do que o Passivo Circulante”. Então o dinheiro que se tornará disponível nos doze meses seguintes será superior ao dinheiro que deverá ser desembolsado. Abaixo veja exemplo do Capital de Giro Líquido da Sadia S.A:

Ativo Circulante*

(Em R$ mil) (-) Passivo Circulante*

(Em R$ mil) = Capital de Giro*

(Em R$ mil)

2002 2.792.836 2.553.549 239.297

2001 1.603.985 1.336.604 267.381

Verifique através do gráfico:

Além de realizar gastos de Capital aplicados em Ativos Fixos, a Companhia pode também aplicar em Capital de Giro Líquido. Quando isso ocorre denominamos de variação no Capital de Giro. Essa variação é a diferença entre o Capital de Giro, ou seja, em 2002 e 2001:

R$ 267.381 (-) R$ 239.297 = R$ 28.084 *

A variação do Capital da empresa é geralmente positiva quando ele está em processo de desenvolvimento.

7 – Capital de Terceiros versus Capital Próprio

Por meio do passivo é feita a representação das fontes de financiamento que constituem o ativo. O desenvolvimento da empresa utilizará dois de grupos de financiamento: Capital Próprio e Capital de Terceiros.

O Capital Próprio são recursos a longo prazo concedidos pelos acionistas ativos na administração da empresa, obtidos por meio de reservas de lucro ou até mesmo através de da vendas de ações ordinárias ou preferências da empresa. Não será estabelecido prazo de retorno deste Capital, mas devido à situação secundária referente a dívidas e por correrem risco maior do que o os credores, seus fornecedores serão remunerados com lucros ou ganhos maiores aos esperados dos pagamentos às instituições financeiras (credores). A remuneração será realizada através de lucros e ativos secundários provenientes dos direitos dos credores.

O Capital de Terceiros é fornecido por credores, onde são estabelecidas datas de vencimentos para liquidação do valor emprestado.

Diferenças entre Capital Próprio e Capital de Terceiros, segundo Gitman17

CAPITAL

CARACTERISTICAS CAPITAL PRÓPRIO CAPITAL DE TERCEIROS

Participação na administração Ativa Nula

Reivindicações sobre o lucro e ativos Subordinado a dívida Sênior com relação a ações

Vencimento Prazo pré-estabelecido / esperado Não será definido prazo para retorno

Tributação Benefício de dedução de juros Não haverá beneficio

Tabela 1

Os problemas financeiros afetam diretamente o acesso ao mercado de capitais, já que apresenta situação financeira e econômica insatisfatória da entidade. Tal situação não ocorreria com a utilização do Capital Próprio.

Ao emprestar dinheiro, as empresas se comprometem em efetuar os pagamentos referentes à devolução do montante concedidos pelas instituições financeiras. Caso tais pagamentos não sejam realizados, o credor se resguarda de contratos de empréstimos assinados pela empresa devedora e goza do direito de reclamar judicialmente o pagamento da dívida, o que poderá resultar em liquidação ou falência da parte devedora.

Segundo Padoveze18, “o Capital de Terceiros, apresenta menor custo como também menor risco para a empresa. Os juros atribuídos ao pagamento do Capital de Terceiros são dedutíveis tributariamente, pois a empresa pagará menos impostos, proporcionando redução no custo médio de capital. O custo do Capital de Terceiros será estimado após sua influência no Imposto de Renda”.

O Capital Próprio é fonte geradora de recursos próprios possuídos por uma empresa, para os investimentos. Representa ele o auto financiamento empresarial, figurando na parte do Patrimônio Líquido do Balanço nas contas Capital, Reservas e Lucros Acantonados. Divide-se em dois grupos de acordo com a sua natureza:

 Aqueles não provenientes do Patrimônio Líquido e que foram concedidos por acionistas (capital inicial ou aumentos posteriores);

 Aqueles que cuja origem ocorre na atividade patrimonial, pode – se citar como exemplos os lucros, reservas e o capital que constituem o capital próprio da entidade.

O Capital de Terceiros representa também uma fonte geradora de recursos para aplicação do ativo. Figurado por contas como fornecedores, duplicatas a pagar, debêntures, etc. São classificados de acordo com sua origem:

 Aqueles que se originam nos débitos da atividade normal da empresa utilizados no funcionamento da mesma. São fornecimentos de matéria – prima, mercadorias, serviços e materiais diversos.

 Aqueles ocasionados pelo crescimento e desenvolvimento produtivo da empresa em geral, que resultam em empréstimos; emissões de debêntures financiamentos a longo prazo.

Segundo Gtiman19, “o capital de terceiros incluir qualquer tipo de fundos a longo prazo, obtidos pela empresa via empréstimos..., o custo do capital de terceiros é consideravelmente menor do que o custo de quaisquer outras formas de financiamento. Os custos relativamente baixos do capital de terceiros deve ser atribuído basicamente ao fato de que os credores são os que têm o menor risco que quaisquer outro fornecedores de capital a longo prazo. Seu risco é menor do que o risco dos outros porque eles têm direito prioritário sobre os lucros ou ativos existentes para pagamento; sob o ponto de vista legal, eles podem exercer mais pressão que os acionistas preferenciais ou ordinários, para receber pagamento da empresa; o tratamento de pagamentos de juros como despesas dedutíveis para fins de impostos de renda reduz o custo substancialmente”.

Trata-se de uma questão de risco e retorno, pois quem fornece “Capital de Terceiros” a uma empresa, concedendo empréstimos ou adquirindo debêntures, receberá uma remuneração pré-estabelecida, com garantia de recebimento preferencial ao pagamento de dividendos ou qualquer distribuição de lucros aos proprietários.

8 - Relatório ao Conselho de Administração – SADIA S/A

Atualmente, a Indústria Alimentícia, representa 9,2% do PIB nacional, é responsável por 17% das exportações brasileiras, o que significa investimentos de US$ 10 bilhões de dólares em negócios concluídos.

Neste setor, a criatividade e a flexibilidade são qualidades que não faltam a empresários no processo de desenvolvimento de novos produtos.

Entretanto, a SADIA, tem investido em lançamentos de produtos, alcançando deste modo, a liderança de determinados setores da Indústria Alimentícia. É reconhecida pelo mercado de capitais como uma empresa que segue os níveis da GOVERNANÇA CORPORATIVA.

A SADIA dispõe de sistemas gerenciais, de programas de QUALIDADE TOTAL, novos processos produtivos e crescimentos internacionais, oferecendo assim ao consumidor produtos de conveniências de valor agregado.

Com base nas Demonstrações Financeiras apresentadas, a SADIA em relação a concorrente PERDIGÃO, apresenta nível de transparência das informações mais complexo, como maior número de informações e dados, no entanto expostos de forma pouca esclarecedora. Já a concorrente é clara e objetiva na apresentação dos seus relatórios contábeis, dando ao usuário segurança quanto às interpretações das demonstrações.

A situação atual de endividamento da SADIA não apresenta índice favorável, pois 66% das obrigações vencem a curto prazo e apenas 34% têm vencimento a longo prazo, isso significa que a companhia terá pouco tempo para gerar recursos para liquidação das dívidas dentro do prazo de 360 dias.

No entanto, tal situação de endividamento é favorável a SADIA frente a PERDIGÃO, que apresenta 71,50% das obrigações com vencimento a curto prazo e apenas 28,50% com vencimento a longo prazo, percentual este inferior ao da SADIA para o prazo de pagamento citado.

Tal situação pode ser identificada através da Análise de Balanço, instrumento este primordial e indispensável para a gestão empresarial e avaliação de tendência por parte dos usuários. Dentre seus índices, apresenta o quociente de Composição de Endividamento, este muito utilizado para retratar o posicionamento das empresas com relação as suas dívidas.

Os investidores ao adquirirem ações, baseiam-se nos resultados das Análises realizadas com relação aos Balanços da empresas juntamente com dados e informações contábeis e avaliação das perspectivas de empreendimentos. Para administração gerencial, a Análise de Balanços funciona como painel geral de controle, visto que esta permite a construção de uma série de indicadores financeiros como também avaliação da evolução da companhia em diferentes espaços de tempo, isto é, diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente e anualmente.

A Análise de Balanço atenderá, não só aspectos internos e externos nas empresas, mas também interpretação e ajustamento dos demonstrativos; identificação dos problemas; levantamento das causas; diagnóstico atuais e possíveis soluções; perspectivas e tendências futuras da empresa.

Segue anexo a elaboração e os comentários realizados nos índices de Análise de Balanço utilizados para a realização do relatório.

8.2. Plano de ação para a SADIA

Um dos aspectos a serem revistos e consequentemente melhorados seria a clareza na apresentação das informações contidas nas demonstrações financeiras, de forma a facilitar a interpretação da real situação da companhia pelos usuários internos e externos.

A análise de Balanço demonstrou índices de endividamento não favoráveis a tomada de decisões futuras, sendo que mais importante do que uma posição estática de tais quocientes é sua evolução no tempo e seus efeitos sobre a rentabilidade da empresa. Mesmo que durante certo tempo a empresa se tenha beneficiado de uma alta taxa de endividamento, surgirá o momento a partir do qual, pela grandeza dos custos financeiros, o endividamento adicional não será mais desejável, mesmo porque os emprestadores de dinheiro, a partir de certo grau de endividamento da empresa, vêem aumentar seus riscos de aplicação de capital, aumentando portanto a taxa de juros. Entretanto é necessário que a SADIA analise prazos de pagamentos e recebimentos, para que assim a mesma obtenha recursos disponíveis para a liquidação da dívidas a curto prazo com folgas financeiras suficientes para cobrir possíveis gastos não orçados.

9 - Conclusão

Este relatório teve o interesse de demonstrar de forma sucinta, o processo decisório do ponto de vista contábil, fato este de fundamental importância para a evolução e aprimoramento desta ciência.

O processo decisório dentro da doutrina contábil, se tornou imprescindível, fato determinado pela competitividade cada dia mais acirrada e também, pelo processo de globalização a qual o mundo vem se submetendo ao longo dos últimos anos.

Dentro desta ciência, o Capital de Terceiros foi o enfoque deste relatório, que teve como objetivo demonstrar em que momento e de qual maneira deve ser utilizado pelas empresas, já que o mesmo apresenta pontos positivos e negativos que influenciam na gestão empresarial devido a sua relevância e grande importância.

A transparência das informações, ferramenta indispensável para a gestão, foi também discutida e apresentada neste relatório. Não seria o bastante apenas esclarecer a constituição e empregabilidade do Capital de Terceiros, mas também o modo de apresentação do mesmo para os usuários que se utilizarão de outras informações contábeis disponibilizadas pelas empresas.

Entretanto, o Capital de Terceiros é elemento fundamental à alavancagem financeira, econômica e produtiva da empresa, quando empregada corretamente.

10 – Bibliografia

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RELATÓRIO ANUAL. Anos de 2000 e 2002 da Companhia Sadia S.A: Disponível no site http://www.sadia.com.br/br/investidores/relatoriosanuais.asp

ROSS, Stephen A. Administração Financeira: 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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