Caso Mercedes-Benz

A propaganda da Mercedes Benz lançada em Abril de 2013 e veiculada no Youtube e na Fanpage da empresa para promover o carro Classe A, chama a atenção nem tanto pelas imagens, mas pela trilha sonora, o funk “passinho do volante”.

A campanha do referido modelo automotivo, tratada como uma estratégia de lançamento de alto impacto gerou polêmica nos meios publicitário, acadêmico e virtual pela ousadia da combinação. A estratégia foi considerada negativa devido ao risco de uma possível desconstrução da sólida imagem da gigante Mercedes Benz. É possível afirmar que a empresa oferece produtos de luxo e por esse motivo é discrepante vincular a marca ao funk, uma vez que o hit escolhido mostra indivíduos dançando no ritmo do passinho no cenário de uma favela carioca.

O público alvo da empresa é um seleto grupo, milionário e inatingível que preza pelo mais alto padrão de qualidade, tendo em vista que o custo médio do automóvel em questão é de R$100.000,00. Apesar do aumento do poder aquisitivo dos brasileiros, o país enfrenta um momento de desaceleração do mercado automobilístico após a campanha de 2012 que reduziu o IPI.

Em uma sociedade onde temos diversas culturas no país, a tecnologia possibilita a aproximação e divulgação de um determinado produto/serviço. Com isso, a marca foi levada para públicos das mais diversas classes sociais através do mundo virtual. A realidade, é que no momento econômico brasileiro atual, a cultura popular é utilizada pelas marcas para se aproximar da classe C ascendente.

Enquanto administradores devemos oferecer opções plausíveis para a estratégia mundial de rejuvenescimento da imagem da marca, como por exemplo, a criação de um modelo mais acessível financeiramente ou ainda um plano de marketing voltado para a identidade e pertencimento da marca que são as classes A/B.

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