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Crescimento do mercado de música

Tese: Crescimento do mercado de música. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/5/2014  •  Tese  •  2.550 Palavras (11 Páginas)  •  248 Visualizações

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O crescimento do mercado fonográfico vem amplificando as oportunidades para pequenas gravadoras e selo independentes. A venda de CD's, fitas cassetes e LP's cresceu cerca de 9% segundo a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos). O resultado é mais que o dobro da média mundial (4% ao ano). Foram vendido no país, em 1997, nada menos que 104 milhões de unidades, gerando um faturamento que beirou US$1 bilhão. A estabilização da economia e a ampliação do mercado consumidor são apontadas como os principais responsáveis pelo empurrão nos negócios - que aumentaram cerca de 135% desde 1993. "O Plano Real trouxe oito milhões de novos compradores para o mercado", calcula Manuel Camera, presidente da ABPD.

CRESCIMENTO

Esse ritmo de crescimento, aliado a uma redução nos custos de fabricação dos discos, embalou os pequenos empresários. O número de selos e gravadoras independentes atuando no país já beira 150, estima Camero.

LOCALIZAÇÃO

A escolha do local para instalar seu negócio é uma decisão muito importante para o sucesso do empreendimento. Lembre que as atividades econômicas da maioria das cidades é regulamentada em conformidade com um Plano Diretor Urbano (PDU). É essa Lei que determina o tipo de atividade que pode funcionar no imóvel escolhido por você. Esse deve ser seu primeiro passo para avaliar a implantação de sua empresa (na Prefeitura de Vitória esse documento é fornecido a partir de consulta no site http://www.vitoria.es.gov.br/home.htm

Feita a "Consulta Prévia ao PDU", certifique-se de que o local escolhido oferece a infra-estrutura adequada à sua instalação e propicie seu crescimento. É fundamental avaliar a facilidade do acesso para os clientes, lembrando aí que o perfil de sua clientela é determinante para essa definição. Por exemplo: em princípio, não adianta estar localizado num local com amplo estacionamento mas longe de pontos de ônibus se esse é um meio de transporte predominantemente utilizado por sua clientela.

CUSTO

O custo de produção de um álbum simples, sem a utilização de muitos músicos e recursos gráficos na capa, costuma ficar em torno de R$5.000,00.

Parte das empresas só produz e divulga os trabalhos. Outras também cuidam da etapa de gravação. Quase todas terceirizam os serviços de estúdio e fabricação. A maioria dos selos procura montar um "casting" próprio de músicos e cantores. Mas também realiza a produção para artistas dispostos a bancar sozinhos uma tiragem, geralmente de mil cópias.

EXEMPLOS

A leva de pequenos selos surgidos no pós-Real trouxe nomes como o da paulista Borage à luta. "Precisamos desaguar a produção de artistas talentosos que não encontram oportunidades para gravar", diz Laura Campanér, cantora, compositora e sócia do selo, criado em 1997, pelo qual ela acaba de lançar um CD. Outra empresa debutante no mercado é a Núcleo Contemporâneo, criada no ano passado por três amigos músicos. "Somos quase uma ONG (Organização Não-Governamental). Decidimos trabalhar para valorizar a música brasileira", afirma Benjamin Taubkin, sócio do selo paulista, que já tem nove discos em catálogo. Já a Calber Music, fundada em 1996, optou pelo caminho da distribuição de selos internacionais da área de jazz e música clássica. "Hoje oferecemos mais de 5.000 títulos, mas costumamos importar apenas pequenos lotes, de até 2.000 unidades", conta Carlos Alberto John, proprietário. Vendendo cerca de 5.000 unidades por mês, o selo fatura quase US$ 1 milhão ao ano, segundo ele.

MERCADO

Os selos independentes geralmente não se deixam levar ao sabor do mercado para definir seus lançamentos. No Norte e Nordeste, por exemplo, as pequenas gravadoras costumam trabalhar com grupos regionais iniciantes. "Nesse locais, a participação dos independentes é bem maior", diz Ricardo Ramos, gerente do grupo Aky Discos - um dos maiores do varejo de discos, com 130 unidades no país. Já a Atração Fonográfica, de São Paulo, possui 275 discos em catálogo, boa parte com enfoque mais local. "Gravamos desde grupos de forró até sanfoneiros gaúchos", conta Wilson Souto Júnior, presidente da empresa. Os independentes também abrem espaço para sons menos regionalizados, como o rock progressivo, especialidade do selo Progressive Rock Worlwide. Porém, muitas vezes, o caminho é o exterior. "Exportamos quase 80% dos discos, porque no país o campo ainda é restrito", diz Marcio de Mello Moreira, sócio, que também já montou outros dois selos e uma distribuidora. A ampliação do mercado de discos também abriu oportunidades para as empresas terceirizadas, como distribuidoras e estúdios. O Studio Mega começou com projetos de publicidade, há dez anos, mas acabou entrando para o terreno dos discos. "Em 1997, gravamos e mixamos seis CD's, conta Flávio Decaroli, dono do estúdio, que já gravou nomes como o maranhense Zeca Baleiro. Cada produto leva, segundo Decaroli, de 100 a 150 horas de trabalho. Ele cobra R$35 a hora. Já a RDS especializou-se na distribuição. A empresa recebe o material gravado e a capa produzida. Em seguida, cuida das etapas restantes - fabricação, venda e divulgação -, ficando geralmente com 50% do faturamento líquido. "Descobrimos que o mercado dos independentes é promissor", diz Manoel Barenbein, sócio.

Conhecer e caracterizar quem são seus futuros clientes, o que e porquê compram, como e quando fazem suas compras e quais são suas tendências de consumo são avaliações essenciais para o sucesso de seu negócio.

Na vida, a gente sabe que é nas adversidades que surgem as oportunidades. Com as empresas não é diferente: a maioria das empresas bem sucedidas algum dia enfrentou a adversidade e adotou a mudança como alternativa de sobrevivência naquele momento, para hoje oferecer oportunidades e apresentar-se como ameaça ao concorrente.

Boas dicas para alcançar seus objetivos quanto ao mercado são: lançar um olhar crítico sobre seu futuro negócio; analisá-lo do ponto de vista do consumidor e a partir daí definir o mercado a ser atingido. Você pode começar por identificar segmentos de mercado específicos nos quais você deseja atuar, para em seguida analisar a renda, idade, classe social dos futuros consumidores do produto que sua empresa irá "vender".

DIVULGAÇÃO

Se as pequenas gravadoras crescem em número, ainda tropeçam no caminho rumo ao consumidor.

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