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Crise Hidrica

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Por:   •  11/3/2015  •  1.575 Palavras (7 Páginas)  •  605 Visualizações

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Pela falta de planejamento dos governantes da região sudeste do Brasil ao não estabelecer controle racional do uso da água, nota-se um crescente agravamento tanto nos setores político-econômicos quanto sociais devido ao consumo exacerbado de água, gerando, assim, uma alta inflação – aumento no nível de preços. Ou seja, é a média do crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços em um determinado período - em todas as áreas que de alguma forma utilizam esse bem, tais como: energia, indústria, agricultura e esgoto.

Em decorrência dessa alta inflação, houve o aparecimento de uma recessão econômica, a qual resultou na perca de grandes investimentos advindos tanto do território nacional por parte de empresários quanto do exterior. Tal fato levou a uma queda dos cofres públicos, uma vez que as grandes potências deixaram de investir com receio de um provável calote.

A partir disso, o governo tem se intensificado a estabelecer um modelo de conscientização através do racionamento de água, além de ter conhecimento por novas fontes alternativas para a captação da mesma como, por exemplo, a dessalinização da água do mar que apesar do alto custo pode vir a ser uma alternativa futura à sociedade.

2. Conceitos Relevantes

Como propriamente foi dito por diversos jornais e revistas, a falta de água já era prevista, porém por sermos considerados (ou taxados) como a nação que um dia salvaria todo o globo terrestre por nossa abundante reserva aquática, nunca nos preocupamos muito em realizar um consumo consciente desta fonte tão importante. Tal fato levou os brasileiros para uma zona de conforto, isto é, tal afirmação acomodou os brasileiros de tal forma que a água perduaria por um longo tempo, fazendo, assim, desnecessário o uso racional deste bem tão importante.

Devido a essa irracionalidade, o Brasil está passando por uma crise hídrica e, a pelo menos 2 anos, com riscos reais de haver a necessidade de um racionamento de água. A principal, além do desperdício, é logicamente a falta de chuva, que associado com o mau uso da água, poluição e falta de conscientização da população pode afetar todos os setores da economia, principalmente no estado de São Paulo onde a situação é mais crítica no momento.

Conforme o gráfico acima, podemos ver que 54% da água é utilizada na agricultura, enquanto que 17% vai para o uso na indústria e 6% para criação bovina. Os 22% restantes são para o consumo urbano, e apenas 1% para os habitantes da zona rural. Mas, apesar de a maior parte da água ser utilizada na agricultura, o impacto maior na econômica deve vir dos efeitos na indústria, pois a mesma representa grande parte de tudo aquilo que é produzido no país.

O aumento do custo da água não virá apenas do aumento das tarifas, mas também teremos um aumento no custo de caminhões tanques, poços artesianos, água mineral, etc. Tudo isso contribuirá para o aumento da inflação.

Sabe-se, também, que o atual modelo econômico selvagem, conhecido por capitalismo, tem como finalidade promover a competitividade entre os homens de forma que haja o lucro líquido. A partir disso, pode-se dizer que a forte estiagem pela qual o país passa contribui significativamente para uma recessão mundial, visto que a principal fonte de energia do país é através da água e por estar presente de forma inquestionável nos alimentos, tanto na forma de produção destes quanto na preparação voltada para o consumo.

Com isso, é inevitável que o custo dos alimentos aumente, uma vez que a procura está acima da oferta, e como dita as regras do capitalismo, a inflação pode ser de oferta – quando há escassez de produto – ou de demanda – quando a procura é maior do que a quantidade ofertada. O grande problema de tudo é que com a estiagem se perdurando por um longo tempo, a inflação tende cada vez mais aumentar, o que acrescenta na infelicidade do consumidor. Vale ressaltar também, que com a inflação em alta, além dos investidores abandonarem seus negócios, a produção interna bruta (PIB) também cai, já que há a queda de consumo (poder de compra).

Assim, podemos dizer que o país diminui suas importações e exportações por não ter a demanda necessária que o mercado exige e por não terem crédito para realizar as mesmas. Além disso, o governo se sente obrigado a aumentar o preço de todos os recursos que de alguma forma estejam relacionados com a água como é o caso da energia, do esgoto e propriamente dos alimentos, os quais foram os primeiros a serem inflacionários, uma vez que esse recurso é indispensável no dia a dia. Os alimentos que mais subiram foram os in natura, segundo dados da FGV.

O caso da energia se torna mais sério se pensarmos que a matriz energética no Brasil são as hidrelétricas, as quais correspondem a cerca de 90% de toda a energia gerada no território nacional. Com toda essa situação pela qual o país passa, o custo do quilowatt hora (KW.H) tende a aumentar cerca de 47%, como foi apresentado pelo Jornal Folha de São Paulo em sua matéria publicada no dia 07 de Fevereiro de 2015. Com isso, houve a implantação de um novo sistema de cobrança denominado de bandeiras tarifárias, o qual altera o valor pago nas contas de consumo de acordo com a fonte de geração da própria energia. Tal aumento tem fundamento se analisarmos que os reservatórios estão baixos a ponto de gerarem pouca força nas turbinas das usinas, isto é, a quantidade de água existente não é capaz de gerar energia necessária a ponto de satisfazer a demanda nacional. É possível observar o impacto do aumento de custo da energia no seguinte gráfico:

Fonte: IBGE

Conforme as indicações do gráfico acima e os itens abordados

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