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Crise Hidrica

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Por:   •  24/3/2015  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  297 Visualizações

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Crise Hídrica

Nenhum país do mundo se compara ao Brasil em termos de limpeza e segurança das fontes energéticas que utiliza. O país deve esse privilégio ao aproveitamento dos rios capazes de gerar praticamente toda a eletricidade de que precisa. Nos últimos anos, porém, faltou investimento para a energia e os resultados foram apagões, tarifados e grave crise econômica.

Aparentemente, não há risco de entrarmos pelo atalho buscado pelo governo americano, que tenta ressuscitar a energia atômica. Mesmo porque os reatores que temos, nas usinas de Angra 1 e Angra 2, nunca funcionaram bem. Juntos, Angra 1 e 2 produzem apenas 2 mil megawatts, o equivalente a uma pequena hidrelétrica.

A opção, aqui, tem sido descartar as hidrelétricas em favor das termoelétricas a gás natural – que não polui tanto quanto o petróleo, mas também emporcalha o ambiente com resíduos indesejáveis, especialmente resíduos que intensificam o efeito estufa. O número de termoelétricas cresceu ao longo da década de 90 e a energia gerada por elas (em relação à eletricidade total produzida no país) passou de praticamente zero, em 1990, para cerca de 10%, atualmente. Os 90% restantes ainda são supridos pelos rios, mas a tendência é perderem terreno para o gás natural.

Há dois motivos básicos para essa mudança. O primeiro foi a excessiva concentração das indústrias no Sudeste, o que levou, historicamente, a uma super exploração das bacias hídricas da região. Já não há tanta água corrente disponível para girar as turbinas. O segundo motivo, mais grave, é que o governo preferiu resolver esse problema da maneira mais simples: cortou os investimentos nas hidrelétricas e, para compensar, apostou na construção de termoelétricas por parte da iniciativa privada.

Água de sobras

Essa solução está longe de ser a ideal. Ela pode ser conveniente para o governo. Foi assim, por exemplo, que o gás natural se expandiu nos Estados Unidos, onde o objetivo era reduzir o número de termoelétricas tocadas a carvão e derivados de petróleo. A troca foi feita por meio de privatizações, tal como se pretende fazer no Brasil. Mas nem lá esse modelo funcionou direito – as empresas não compensaram os investimentos que o governo deixou de fazer e o resultado é a carência de energia que os americanos enfrentam agora. No Brasil, a troca faz menos sentido ainda.

Antes de mais nada, porque ainda há muita água para girar turbinas por aqui. As estimativas indicam que a produção de eletricidade hídrica pode aumentar em pelo menos 50% – passando de 300 milhões de megawatts-hora para próximo de 500 milhões de megawatts-hora. Seria o equivalente a elevar o número atual de barragens, de cerca de 600 para 900. Mas o mais inteligente não é insistir em usinas gigantes, estilo Itaipu, Xingó e outras obras, como tem sido o modelo preferencial no Brasil, até hoje. As represas muito grandes inundam vastos ecossistemas e provocam desequilíbrios ecológicos irremediáveis. A melhor solução seria construir hidrelétricas menores, mas em quantidade, espalhadas por todo o país. Existe tecnologia, atualmente, para se explorar o potencial de rios relativamente pequenos para suprir a demanda das áreas vizinhas. O impacto ambiental seria muito menos agressivo e o investimento na construção das centrais, menos salgado

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