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EDUCAÇÃO PARA TRÂNSITO: OPORTUNIDADE

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Por:   •  25/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.169 Palavras (9 Páginas)  •  168 Visualizações

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EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO: UMA NECESSIDADE EMERGENTE

Marjane Bernardy Souza*

marjanesouza@yahoo.com.br

Mireila Oliveira Vieira**

mireilavieira@yahoo.com.br

Marcus Vinícius Silva**

mvmsilva@gmail.com

Tatiane Machado**

tatianes.psico@gmail.com

*Professora Mestre do Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil Campus Cachoeira do Sul-RS.

**Acadêmicos do Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil- Campus Cachoeira do Sul-RS.

RESUMO

O trânsito tem se tornado uma problemática atual da sociedade, configurando-se como um problema de saúde pública. Vivemos em um contexto sócio-político-cultural que estimula o individualismo e a competição. Valores como o respeito às diferenças e o respeito ao outro estão sendo deixados de lado em detrimento da competição e dos interesses próprios. Com a realização deste trabalho buscou-se refletir através de uma revisão bibliográfica a importância da educação para formação de cidadãos mais conscientes no trânsito. Este artigo consiste em uma pesquisa biblográfica, na qual foi utilizado como fonte de dados artigos sobre este tema retirados de livros e de sites científicos como scielo. A literatura aponta a necessidade de ações educativas que proponham uma reflexão mais aprofundada trazendo sugestões de ordem cultural, sociológica, histórica, política e psicológica capaz de conduzir a mudanças de paradigmas e de ações que reduza os efeitos dos acidentes de trânsito na saúde pública. O trânsito é produto e produtor de comportamento humano e afetam diretamente a saúde das pessoas. Educar para o trânsito é também promover saúde.

Palavras- Chave: Trânsito, Prevenção, Educação

INTRODUÇÃO

O trânsito é um tema de estudo recente e tem se tornado um problema atual da sociedade, configurando-se como um problema de saúde pública. A construção de conhecimentos sobre este tema, tão importante e próximo da rotina diária de cada cidadão, apresenta-se como um desafio aos diferentes campos do saber.

Vivemos em um contexto sócio-político-cultural que estimula o individualismo e a competição. Valores como o respeito às diferenças e o respeito ao outro estão sendo deixados de lado em detrimento da competição e dos interesses próprios. Com a realização deste trabalho buscou-se refletir através de uma revisão bibliográfica, a importância da educação para formação de cidadãos mais conscientes no trânsito. A prevenção e os processos educativos são importantes, na medida em que auxiliam a construir atitudes mais conscientes e solidárias entre as pessoas. A educação para o trânsito necessita da participação dos diferentes campos do saber para que possa dar conta da complexidade e dos múltiplos fatores que o determinam. É um trabalho interdisciplinar que não se restringe apenas a transmissão de informações, mas que vai além devendo promover comportamentos e atitudes mais prudentes que valorizem a segurança e o bem estar, tanto pessoal quanto coletivo.

O trânsito na atualidade

Trânsito é o conjunto de deslocamentos diários de pessoas pelas calçadas e vias, é a movimentação geral de pedestres e de diferentes tipos de veículos. De acordo com Tolentino (2008), o trânsito acontece em espaço público e reflete o movimento de múltiplos interesses, atendendo as necessidades de trabalho, saúde, lazer, e outros, muitas vezes conflitantes. Para garantir o equilíbrio entre interesses coletivos é que se estabelecem acordos sociais, sob formas, regras, normas e sinais que sistematizados formam as leis.

Um avanço importante foi à promulgação pelo Congresso Nacional da Lei nº. 9.503 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) no dia 23 de setembro de 1997, a qual, logo após foi sancionada pela Presidência da República, entrando em vigor em 22 de Janeiro de 1998. A lei estabelece que o trânsito seguro é um direito de todos e um dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. O CTB define trânsito como sendo a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga (BRASIL, 2011). O Código de Trânsito Brasileiro e a Política Nacional de Trânsito, aprovada pelo CONTRAN, destacam a importância da introdução do tema trânsito nos diversos níveis de ensino, tratando-o de forma interdisciplinar e contribuindo para a formação de multiplicadores para a sociedade.

Diante da amplitude deste conceito e da diversidade de fatores evolvidos, Macêdo (2006) afirma que este precisa ser estudado como um fenômeno multideterminado e multideterminante. Ou seja, o trânsito existe em função da necessidade de deslocamento das pessoas e acaba por desencadear uma série de eventos cotidianos com impactos nas dimensões públicas e privadas.

Para Oliveira (2007), o trânsito é vivido pelas pessoas no Brasil como uma apropriação privada de um espaço público. É comum percebermos isso na forma de dirigir das pessoas, as quais agem como se fossem donos das ruas. Estacionam carros nas calçadas, desrespeitam as faixas de pedestres, dirigem acima da velocidade permitida, provocando acidentes de trânsito, muitas vezes com vítimas fatais. Dirigir é um sinal de status, um símbolo de poder e sexualidade, um meio de expressar o individualismo e um instrumento para estabelecer independência.

Foi após a Segunda Guerra Mundial que o automóvel particular tornou-se um fenômeno de massa em todo o mundo. Segundo Alves (2005), ele passou a ser artigo de consumo e símbolo de status social, impulsionado pelo forte aparato de propaganda das economias capitalistas, que destacam a mobilidade individual e a prosperidade material sem precedentes.

Diante do crescente aumento de veículos que trafegam nas vias, da falta de infra-estrutura urbana juntamente com o comportamento de risco assumido por muitos condutores e pedestres, o trânsito tem se tornado uma questão de saúde pública e um dos principais problemas dos ambientes urbanos. Abreu (2006) destaca que é crescente o aumento de morbimortalidade, devido à violência no trânsito, que já pode ser considerada uma epidemia, diante da sua extensão e conseqüências

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