Educação Financeira

PROJETO

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Prof. Roberto Soares

PROJETO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA

SEGMENTO ESCOLAS

1) E o que é a Educação Financeira?

A Educação Financeira hoje em dia é uma matéria de grande importância, principalmente com os últimos acontecimentos na Europa, nos países desenvolvidos tradicionalmente isso cabe às famílias. Às escolas fica reservada a função de reforçar a formação que o aluno adquire em casa.

No Brasil por uma questão cultural, infelizmente, a Educação Financeira não faz parte do universo familiar, tampouco Educacional.

Assim, a criança não aprende a lidar com dinheiro nem em casa, nem na escola. Por conseguência este fato se torna determinante para uma vida de oscilações econômicas, por vezes com graves repercussões tanto na vida do cidadão, quanto na do país.

Pensando nesta situação impactante, criei um Programa de Educação Financeira, que consiste em aulas de conscientização financeira para crianças, adolescentes e seus pais.

Como educador, sou professor de matemática e analista de sistemas, tive a preocupação de adaptar ao currículo brasileiro os 4 pontos principais da Educação Financeira, de modo multidisciplinar, e atendendo a crianças dos 2 aos 17 anos assim como seus pais de forma distinta, o Programa tem como interesse principal a formação de pessoas capazes de poupar e de planejar gastos.

O Programa de Educação Financeira será no âmbito escolar e tem como meta criar nas crianças e jovens uma consciência financeira de tal forma que contaminará inclusive seu seio familiar.

2) 4 Pontos Principais

A Educação Financeira não é, e não deve ser confundida com o ensino de técnicas ou macetes de bem administrar dinheiro, tampouco deve funcionar como um manual de regrinhas moralistas fáceis - longe disso.

O objetivo da Educação Financeira deve ser o de criar uma mentalidade adequada e saudável em cidadão que ainda não possuem maus hábitos quanto a sua em relação com o dinheiro. Educação Financeira exige uma perspectiva de longo prazo, muito treino e persistência.

Em linhas gerais, uma Educação Financeira apropriada deve abarcar 4 pontos:

1º) Como ganhar dinheiro: O grande desafio da educação não é educar para hoje, mas educar para que os resultados possam florescer em 15, 20, 30 anos. Nos dias atuais, em que ocorrem transformações tão abruptas e complexas, é preciso um grande esforço para educar as crianças não para este mercado de trabalho, tal como conhecemos e fomos educados para ele, mas para um mercado que mal podemos imaginar como será. Desenvolver o espírito empreendedor e estimular modos inovadores de raciocínio, por exemplo, são ferramentas essenciais à preparação de nossas crianças e jovens para o futuro.

2º) Como gastar dinheiro: Muito da habilidade em lidar com finanças, tanto na infância quanto na vida adulta, depende de sermos capazes de diferenciar o "eu quero" do "eu preciso". Gastar em coisas que queremos é ótimo, divertido, saudável e é importante. Mas parte de nossas responsabilidades, como pais e educadores, é ensinar que, na vida, as necessidades vêem em primeiro lugar.

3º) Como poupar: Existem várias razões para se aprender a poupar. A idéia mais imediata que ocorre é a da segurança. Embora seja uma idéia correta, é preciso levar em consideração algumas outras. Ter uma poupança - ou ser educado para isso- cria disciplina, dá limite e ensina auto-respeito.

4º) Como doar tempo, talento e dinheiro: O ato de doar deve ser ensinado como parcela da responsabilidade social que cabe a cada um de nós. É urgente que eduquemos futuros cidadãos para que compreendam que a solução de seus próprios problemas, ou para os problemas do país, não depende exclusivamente do governo.

Acima de tudo, a Educação Financeira deve ensinar que a responsabilidade social e a ética precisam estar sempre presentes no ganho e uso do dinheiro.

3) Para que adotar este programa:

As escolas deveriam aplicar o Programa por se tratar de uma questão atual no momento em que o mundo atravessa problemas econômicos sérios como a falência da Grécia que pode vir a afundar o EURO, levando toda a Europa consigo, e também para aproveitar o bom momento econômico vivido pelo BRASIL que se consolida como uma economia forte, assim criaremos cidadãos preparados ou pelo menos conscientes de que devem cuidar de suas economias sem stress e desde já para possa fazer de forma mais tranquila suas escolhas profissionais e pessoais.

4) Atividades que podem ser desenvolvidas durante o programa:

Dentre as várias atividades do Programa, faz parte a reflexão sobre o uso do dinheiro público.

Exemplo: Propõe-se a seguinte questão, você é membro do GDF e deve definir como empregar 500 mil reais do orçamento do Estado. Quanto você repassaria para os seguintes programas:

a) ajuda aos favelados;

b) criação de novos empregos;

c) verba extra para as escolas públicas;

d) melhoramento e construção de estradas de rodagem;

e) doação à Sociedade Protetora dos Animais.

Os alunos respondem por escrito, justificando as escolhas. A aplicação dessa atividade exige que o professor discuta as escolhas feitas pelos alunos, tomando cuidado para não incorrer no erro de classificá-las como certas ou erradas.

A criação de GIBIS direcionado ao tema, a utilização dos quadrinhos em sala de aula é sempre atraente aos alunos e se enquadra tanto nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil quanto nos Parâmetros Curriculares Nacionais(PCN). Ambos falam da importância do trabalho com diferentes tipos de texto. Entre as vantagens de utilizar os quadrinhos está a possibilidade da turma exercitar a produção de textos. Há algum tempo a Serasa e, mais tarde, o Citibank me convidaram a criar gibis que possibilitassem levar a Educação Financeira para as salas de aula. Conheça Dinheiro não é Brincadeira e Família Poupe.

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