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FINANCEIRO

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Por:   •  5/3/2015  •  1.815 Palavras (8 Páginas)  •  165 Visualizações

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ARTIGO

O GERENTE FINANCEIRO E SEUS DESAFIOS

As atividades que um Gerente Financeiro desenvolve ao longo de sua jornada de trabalho visando o bom desempenho econômico-financeiro do empreendimento são muito desgastantes, mas acima de tudo, muito belas e importantíssimas. Todas, sem discriminação, merecem muita atenção do profissional e exigem conhecimento de Informática, Matemática Financeira, Contabilidade, Administração, Economia, Relações Humanas, etc. O Gerente Financeiro deve ter uma visão holística da empresa para que possa enxergar todos os setores, a interatividade entre os mesmos, e criar controles internos eficientes, eficazes e efetivos para se antecipar aos futuros problemas. Este profissional nunca deve agir como um bombeiro, ou seja, resolvendo os problemas depois deles surgirem, ele deve, e sim, criar controles internos, antecipando-se aos problemas para que os mesmos não surjam ou, quando surgirem, não se tornem tão complexos a ponto de não resolvê-los num curto espaço de tempo. Dentre as várias atividades exercidas pelo Gerente Financeiro, destaca-se a Gestão de Tributos, a Formação do Preço de Venda, a Auditoria, o Controle das Contas a Pagar, o Controle das Contas a Receber, o Controle das Aplicações Financeiras, o Controle dos Saldos Bancários, a Administração do Fluxo de Caixa, a Análise das Demonstrações Financeiras, o Gerenciamento de Pessoas e tantas outras atividades não menos importantes do que as citadas.

O conhecimento sobre as legislações dos tributos que incidem sobre as operações da empresa é de fundamental importância para o Gerente Financeiro, fazendo da GESTÃO DE TRIBUTOS uma das atividades mais desgastante deste profissional. A elisão fiscal, que consiste na economia lícita de tributos, deixando-se de fazer determinadas operações ou realizando-as de forma menos onerosa possível para a empresa é um dos desafios que exige muito estudo e pesquisa por parte do Financeiro. Um bom exemplo seria uma indústria que passasse a utilizar o plástico ao invés do vidro como embalagem para os seus produtos com redução da carga tributária. Este estudo caberia ao Financeiro, calculando, inclusive, o retorno do investimento. Outro desafio seria o de decidir sobre qual a melhor forma de tributação para a empresa, ou seja, Lucro Real ou Lucro Presumido ou ainda a opção pelo SIMPLES, a busca por incentivos fiscais junto aos governos (União, Estados e Municípios), o cálculo correto dos tributos como forma de auditar e ao mesmo tempo fazendo o planejamento tributário, os parcelamentos de possíveis dívidas fiscais e outros assuntos relacionados à legislação tributária, fazem do Financeiro uma exigência muito grande em termos de conhecimento das legislações tributárias.

Outra atividade não menos importante e que faz parte do conhecimento do financeiro é o estudo para a FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA dos produtos ou serviços. Saber precificar corretamente é transferir toda a estrutura operacional da empresa, toda carga tributária e mais a margem de lucro desejada para o preço de venda do produto ou serviço. As vezes acontece de a empresa vender um determinado produto pelo preço de mercado e este produto gerar prejuízo porque a mesma tem uma estrutura operacional muito pesada e caso a repassasse, o preço ficaria bem acima ao do mercado. Se não se tem conhecimento da correta precificação, a empresa ficará operando no prejuízo sem a diretoria sequer saber. Se for uma política desenvolvida pelo Financeiro que tem como objetivo atrair clientela, sabendo-se o quanto está se deixando de ganhar num produto para ganhar noutros, tudo bem, mas se a política de precificação não for desenvolvida pelo Financeiro o resultado será catastrófico. O que se percebe muito no mercado varejista é que a precificação é feita da seguinte forma; dobrar-se o preço de custo da nota fiscal para obter-se o preço de venda. Uma política suicida. A política de descontos e promoções, também devem passar pelo crivo do Financeiro para que se saiba até quanto a empresa poderá chegar. É muito comum entrarmos em lojas e sermos atendidos pelo vendedor que traz consigo uma calculadora que tem atrás uma tabela de descontos que ele poderá barganhar com o cliente para não perdê-lo. Esta tabela quem desenvolveu foi o Financeiro..

A realização de AUDITORIAS nos diversos setores que estão sob sua supervisão também auxilia bastante para verificar se os setores estão observando as normas operacionais da empresa que foram criadas pelo próprio Financeiro. Essa auditoria visa verificar se os controles internos estão em pleno funcionamento. O Financeiro poderá determinar metas percentuais a serem atingidas pelos setores, tais como percentagens máximas de perdas nos estoques com programação de redução, limites de perdas com devedores incobráveis, prazos máximos nos atrasos das contas a receber, auditoria periódica na tesouraria e tantos outros que este profissional poderá criar e controlar.

O setor de CONTAS A PAGAR é outro que merece total atenção do financeiro, pois se trata de uma programação de pagamentos, os quais, foram negociados com fornecedores, bancos e outros credores, e que devem ser honrados conforme o aprazado. Caso o Financeiro falte com o compromisso, a credibilidade da empresa ficará em cheque. Outro detalhe muito importante é que o Financeiro deverá calcular o ciclo operacional da empresa, através do prazo médio de pagamentos a fornecedores e compará-lo com o prazo médio de recebimento de duplicatas que é o concedido aos clientes nas vendas a prazo mais o giro do estoque. O ciclo operacional mostrará ao Financeiro se a empresa está ganhando ou perdendo nos prazos.

O setor de CONTAS A RECEBER é, digamos, o verdadeiro Calcanhar-de-Aquiles do Financeiro, porque as finanças da empresa são oxigenadas pelas vendas e estas se traduzem em vendas à vista e a prazo. Vivemos num mercado alucinado em busca cada vez mais de competitividade. De um lado os concorrentes e de outro os clientes. Na briga pelos clientes os concorrentes fazem de tudo para conquistá-los e o Financeiro deve estar preparado para entrar nesta briga com promoções, descontos, concessão de crédito, prazos elásticos, juros menores, brindes etc. Uma política bem administrada de expansão de crédito poderá alavancar o saldo das contas a receber, porém, quando realizada de forma amadora, afrouxando-se as rédeas da concessão nos créditos, poderá causar muito estrago nas finanças da empresa ocasionando, inclusive, a falência da mesma. Algumas administradoras de cartão de crédito estão expandindo o crédito em busca do cliente de baixa renda. É uma política arrojada que, certamente, os Financeiros destas instituições quebraram muito as cabeças

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