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Macroe Microeconomia

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Por:   •  13/11/2014  •  1.724 Palavras (7 Páginas)  •  486 Visualizações

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A Macroeconomia se ocupa de estudar o funcionamento do sistema econômico como um todo, utiliza como meio de estudo os grandes agregados econômicos, tais como produto, investimento, renda, inflação e balanço de pagamentos.

Os economistas explicam o funcionamento do sistema econômico por meio de um ciclo, chamado fluxo circular da renda. Neste fluxo temos os dois agentes econômicos: as famílias e as empresas. As famílias são proprietárias de fatores de produção e os fornecem às empresas, por meio do mercado dos fatores de produção. As empresas, a partir da combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias por meio do mercado de bens e serviços (VASCONCELLOS; GARCIA, 2004).

O fluxo circular da renda expressa a relação entre os agentes econômicos em dois fluxos, um real e um monetário (ou nominal). No fluxo real ocorrem as transações reais, ou seja, as empresas produzem bem e serviços e as famílias trabalham para as empresas. No fluxo nominal as empresas remuneram as famílias com renda (em economia renda é o conjunto de salários, juros, lucros, aluguéis e royalties) e as famílias compram com sua renda os bens e serviços das empresas.

Desta relação surgem as óticas da produção, isto é, como pode ser utilizado o dinheiro gerado na produção. Temos três óticas: do produto, da renda e do dispêndio. Na ótica do produto os recursos são utilizados para produzir bens e serviços, na ótica da renda são utilizados para remunerar os fatores de produção e na ótica do dispêndio os recursos são gastos com aquisição de bens e serviços.

A Economia, como qualquer ciência ou área do conhecimento, evolui ao longo do tempo, geralmente buscando entender e propor soluções para os problemas de sua época, ou seja, as escolas do pensamento econômico tem uma ligação histórica com os problemas de sua época. Nas linhas abaixo vamos tecer algumas considerações sobre as principais linhas do pensamento econômico, seguindo uma cronologia que vai dos mercantilistas até os desenvolvimentos mais recentes.

a) Mercantilistas: Foram os primeiros economistas a estruturar algumas observações com sentido econômico. Sua preocupação com o poder de uma nação levou-os a pregar que a acumulação de metais preciosos era fundamental para o crescimento do país. Então, incentivaram a balança comercial positiva, a exploração de outras fronteiras e o estabelecimento de colônias, além de apoiarem a centralização do poder nas mãos dos monarcas.

LINK

Você pode aprender mais sobre o mercantilismo e suas ideias econômicas acessando o link:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo

b) Fisiocratas: Suas ideias sobre crescimento estavam centradas na agricultura, pois na visão deste grupo somente a terra tinha a capacidade de multiplicar um produto, pois recebia uma semente e devolvia muitas outras na colheita.

c) Economia Clássica: Estes partiram do laissez-faire e acrescentaram a ideia de que este promoveria, por meio da mão invisível, o melhor bem-estar. Esta ideia é melhor entendida se observarmos que a racionalidade dos homens os levaria a buscar o melhor para si num mundo onde todos os homens agem, buscando o melhor para si, prevaleceria o melhor para todos. As nações cresceriam porque seus cidadãos teriam empresas e buscariam produzir mais e melhor para poder vender aos demais países. O aumento da produção seria conquistado com a divisão do trabalho, conforme descreve Adam Smith na obra Riqueza das Nações (1983) e pela aplicação da lei de Say, criada por Jean Baptiste Say (1803) que propunha que a oferta cria sua própria procura. Além disso, um país poderia obter benefícios ao se especializar na produção de bens nos quais tivesse vantagem comparativa em relação aos demais países, Thomas Malthus (1798) argumentava que a população crescia mais rapidamente que a produção de alimentos. David Ricardo foi outro teórico da escola clássica que trouxe grandes contribuições à análise econômica. Sua principais teorias foram:

a) Teoria do Valor – Por esta teoria Ricardo propôs que todos os bens tivessem seu valor determinado pela quantidade de trabalho incorporada ao bem. A quantidade de trabalho poderia ser direta ou indiretamente (por meio dos meios de produção) incorporadas ao bem. Esta teoria ficou conhecida como Teoria do valor-trabalho.

b) Teoria da Repartição – Por esta teoria, Ricardo procurou explicar a repartição da renda (soma dos salário, juros, lucros, aluguéis,royalties) entre as diversas classes sociais.

c) Teoria das Vantagens Comparativas – Nesta abordagem, Ricardo considera que cada país deva produzir aquilo em que ele é, comparativamente aos outros países, mais produtivo. Assim ele produziria o que lhe é proporcionalmente mais barato comparado aos outros países. Ao produzir ele geraria um excedente produto que deverá ser vendido e com estes recursos o país compraria dos demais países aquilo que ele não produz.

É importante destacar que a escola clássica elabora suas suposições sobre o funcionamento da economia e geração de riqueza observando os fatos históricos e necessidades da Revolução Industrial. Esta forma de pensar a economia será dominante até a crise de 1930, depois outras escolas vão mostrar as mudanças na economia que levam à necessidade de propor outras abordagens para o funcionamento da economia.

d) O Pensamento de Karl Marx: Em sua obra O Capital, ele descreve o capital como uma relação social que surge com a burguesia e cria duas classes sociais, os capitalistas e os proletários. Os capitalistas são os donos dos meios de produção e ampliam sua riqueza pela extração da mais valia. A mais valia é diferença existente entre o valor produzido pelos proletários e valor pelo qual foram contratados. Existe a mais valia absoluta, obtida pelo prolongamento da jornada de trabalho e a mais valia relativa, obtida pela intensificação do trabalho (Ex. trabalho multifunções). A forma de geração de riqueza seria a extração da mais valia prática, comum a todos os capitalistas. Ao longo do tempo, a perpetuação desta prática avança e surgem as duas leis do movimento do capital na geração de riqueza, são elas: a concentração e a centralização de capitais. Na primeira, as empresas maiores absorvem as menores, e, na segunda, as grandes empresas disputam entre si o mercado. Assim, a forma como o capitalismo evolui o levaria ao fim a medida em que os capitais se fundissem até restar um grande capital e um grande contingente de proletários/trabalhadores excluídos. Para Marx, somente a união dos trabalhadores poderia por fim ao avanço predatório

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