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Moeda E Sua Evolução

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Por:   •  1/12/2013  •  7.773 Palavras (32 Páginas)  •  373 Visualizações

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MOEDA E SUA EVOLUÇÃO

Sobre a moeda podemos dizer que é um bem de aceitação universal para intermediar as transações econômicas, ou seja, destinada para o pagamento de bens e serviços.

Em princípio, quando a moeda não operava nas transações comerciais, havia o processo de “escambo”, ou seja, os bens circulavam entre as pessoas por meio das trocas diretas. Era uma troca de um bem por outro. Exemplo: trocava-se pão por leite.

Posteriormente, as transações comerciais passaram a ser por intermédio das trocas indiretas. Surgindo assim um terceiro elemento (intermediário), que poderia ser o cigarro, a cerveja, o vinho, o gado, o sal, etc. que agia como intermediário nas transações, ou seja, a pessoa possuía o pão e para obter o leite, trocava o seu bem por um produto considerado como “moeda” e assim recebia o bem desejado, surgindo desta forma, a moeda-mercadoria. Esse tipo de moeda-mercadoria, por exemplo o vinho, era utilizada como bebida (consumo),mas em outras ocasiões, como moeda.

No mundo antigo, o comércio era extremamente difícil pelas dificuldades de transporte da moeda mercadoria, como trigo ou gado. Desta forma, surgiu a moeda papel e do crédito, cujas transações tornaram-se mais ágeis e se desenvolveram rapidamente. A moeda papel era uma espécie de recibo que os cambistas (pessoas que tinham como função comparar e trocar as moedas de uma zona para outra, mais tarde adquirindo novas funções), passavam às pessoas que lhes depositavam moeda (ouro) e assim as pessoas utilizavam esses recibos nas trocas em vez do próprio ouro. Com esses recibos podia-se levantar o ouro que havia sido depositado. O sucesso da moeda-papel (com lastro em ouro) e depois do papel-moeda (sem lastro metálico) decorreu da confiança generalizada do público. Isso é fundamental para o funcionamento das relações econômicas e a segurança dos negócios.

Para que um bem apenas sirva como moeda, esse bem dever inútil, ou seja, deve ter somente esta função, sendo inútil para realizar outras funções. Assim nunca haverá falta da moeda.

O papel-moeda de hoje teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse do ouro, por questão de segurança, guardavam-no em casas especializadas (embrião do atual sistema bancário), onde os ourives – pessoas que trabalhavam o ouro – emitiam certificados de depósito dos metais. As pessoas, então, faziam seus pagamentos com esses certificados, já que, por serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o montante correspondente de metal com os ourives. No início, os certificados eram totalmente lastreados em 100%, o que poderiam ser convertidos a qualquer instante em ouro (padrão ouro). Ao longo do tempo, entretanto, o lastro tornou-se menor que 100%, pois os ourives, percebendo que sempre permanecia em sua firma determinado montante de metais preciosos que não eram utilizados, passou a emitir moeda-papel em proveito próprio, com lastro parcial (padrão fiduciário).

Mais tarde, a partir do século XVII, surgiram os bancos comerciais privados. Esses bancos começaram a emitir notas ou recibos bancários que passaram a circular com moeda, dando origem ao papel-moeda.

Posteriormente, o Estado passou a monopolizar a emissão de papel-moeda lastreado em ouro (padrão-ouro). O padrão-ouro, a partir de 1920 foi abandonado, e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda passou a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (de fidúcia, confiança), não sendo lastreada em metais preciosos. O Brasil em 1945 criou a Superintendência da Moeda e Crédito – Sumoc, dando autoridade para que este órgão viesse emitir a moeda e controlar o sistema financeiro nacional, deixando, também, nesta data, a emissão de moeda com ouro. Em 1964 (31/12), o Brasil por meio de uma reforma bancária, criou o Banco Central (Bacen) em substituição ao Sumoc. Cujo Bacen passou a ser o órgão responsável pela política monetária e cambial do país, que tem como objetivo regular o montante de moeda, crédito e taxas de juros e câmbio,de forma compatível com o nível de atividade econômica e o equilíbrio do balanço de pagamentos. Ou seja, o Bacen deve procurar manter a liquidez da economia, atendendo às necessidades de transações do sistema econômico.

Moeda fiduciária - esta moeda apareceu quando estado decidiu entrar para o negócio, e aí foi lançada uma lei que obrigava as pessoas a aceitar e transacionar em moeda de papel sem a poderem trocar por ouro. O Estado é que ditava quanto valia a moeda.

Características da moeda – a moeda deve apresentar para funcionar adequadamente: a divisibilidade, a durabilidade, a aceitação geral, ter reduzida procura não monetária, manter o valor, ser prática de movimentar e ser dificilmente falsificável.

Divisibilidade - a moeda tem que ser divisível para ser possível obter-mos o valor que desejar-mos.

Durabilidade - a moeda não se pode degradar, porque se isso acontecer o valor da moeda é alterado e isso dificulta o seu uso nas trocas.

Aceitação geral - a moeda tem de ser reconhecida por todos como meio de troca, senão, não cumpre a função de meio de troca.

Ter reduzida procura não monetária - a moeda não pode ser um bem de consumo, isso levaria à sua escassez e haveria falta de moeda.

Manter o valor - o valor da moeda não pode alterar, como por exemplo o vinho antigo vale mais que o novo, mas já a cerveja antiga vale menos que a nova.

Ser prática de movimentar - O bem ( moeda ) tem de ser leve e pequeno, pois se for volumoso e pesado é difícil transporta-lo e de ser usado nas trocas.

Dificilmente falsificável - A moeda não pode dar facilmente para falsificar.

Conceito de moeda - Moeda é um instrumento ou objeto aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento de bens e serviços. Essa aceitação é garantida por lei, ou seja, a moeda tem “curso forçado”. A moeda corrente é a que circula livremente no interior de um país; as moedas fortes, como o dólar e o euro, são aquelas aceitas internacionalmente e funcionam como reserva de valor: as pessoas guardam moeda forte e estável para efetuar trocas no futuro.

Funções da moeda:

a) Meio de pagamento ou instrumento de troca – serve nos atos de compra e venda, ou seja, serve para intermediar o fluxo

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