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Netshoes

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Por:   •  9/10/2013  •  1.319 Palavras (6 Páginas)  •  717 Visualizações

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A Netshoes ruma em direção à Nasdaq..

Marcio Kumruian criou, em uma década, uma das maiores varejistas online do país, a

Netshoes. A empresa, que fatura 1,2 bilhão de reais, prepara-se para abrir o capital nos

Estados Unidos. É o começo da fase mais desafiadora de sua história

Luiza Dalmazo, de

Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1039/noticias/um-sapateiro-rumo-

a-nasdaq?page=9

Germano Lüders/EXAME.com

Centro de distribuição da Netshoes, em Barueri: com menos itens para estocar e distribuir,

a empresa evitou a crise logística das grandes concorrentes.

Naquele dia, a Netshoes atingiria um marco em sua curta história: pela primeira

vez, seu faturamento anual superaria 1 bilhão de reais. No meio da tarde, os

quatro diretores do andar pararam o que estavam fazendo para acompanhar,

em silêncio, a evolução das vendas da Netshoes no dia.

Às 16 horas, a marca do bilhão foi alcançada e, timidamente, eles saíram de

suas salas para se cumprimentar. É mesmo um feito para comemorar. Apenas

0,02% das empresas brasileiras estão no clube do bilhão. Mas o que realmente

impressiona, no caso da Netshoes, não é a marca em si, e sim como a

companhia chegou lá.

Fundada em 2000 como uma sapataria de rua no centro de São Paulo, a

Netshoes se transformou, na última década, numa das empresas que mais

crescem no país. Na média, dobrou de tamanho a cada 12 meses. Nos últimos

cinco anos, seu faturamento cresceu 40 vezes. E a meta é dobrar de tamanho

de novo em 2013.

As maiores lojas de comércio eletrônico do Brasil vendem de tudo um pouco.

Número 1 do país, a B2W, que reúne as marcas Americanas.com, Submarino

e Shoptime e fatura 5,4 bilhões de reais por ano, oferece em seus sites livros,

vinhos, macarrão, passagens aéreas e geladeiras.

A Nova Pontocom, formada pela união das operações online de Extra, Ponto

Frio e Casas Bahia, tem em seu catálogo aproximadamente 500 000 itens em

30 categorias. Na Netshoes é diferente.

Dois aspectos fazem da empresa fundada por Marcio Kumruian um caso único

entre os grandes do comércio eletrônico brasileiro. O primeiro é o fato de

vender apenas artigos esportivos, nada mais. Além disso, é a única de todas

elas a não ter lojas “físicas”, para usar o jargão consagrado. A Netshoes tem

seu site, e só. A receita peculiar e o crescimento estrondoso têm atraído a

cobiça de grandes investidores.

Em 2010, o fundo americano Tiger Global Management, especializado em

empresas de tecnologia, comprou 30% das ações por quantia não revelada.

Dois anos depois, o Temasek, fundo do governo de Singapura, pagou 135

milhões de reais para ter cerca de 10% das ações.

No fim do ano passado, o Iconiq Capital, um fundo menos conhecido mas que

tem entre seus sócios o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, entrou para

a lista de acionistas da Netshoes.

Tudo isso é um ensaio para o mais ambicioso plano de Kumruian e seus

sócios: a abertura de capital na Nasdaq, a bolsa de tecnologia americana. Em

fevereiro deste ano, a Netshoes contratou os bancos de investimento Morgan

Stanley, Merrill Lynch, Itaú-BBA e Bradesco para coordenar a emissão de

ações, ainda sem data para acontecer.

Caso o plano dê certo, a Netshoes será a primeira empresa brasileira a listar

suas ações na Nasdaq, onde estão as maiores companhias de tecnologia do

mundo, entre elas Google, Apple e Amazon.

De acordo com os cálculos iniciais, os acionistas esperam que a empresa valha

cerca de 2 bilhões de reais no dia de seu IPO. Kumruian e seu primo Hagop

Chabab (o diretor comercial da empresa), que investiram cada um 25 000 reais

para fundar a Netshoes e hoje são donos de metade das ações, teriam, cada

um, um patrimônio de aproximadamente 500 milhões de reais.

A comunidade armênia dominou, por décadas, o comércio de calçados no

centro de São Paulo. Por isso foi natural para Marcio Kumruian, filho de

armênios, a decisão de vender sapatos após concluir o curso de economia na

faculdade Mackenzie.

Seu primeiro emprego havia sido o de “faz tudo” na tradicional loja de calçados

Clóvis, controlada por armênios, e um de seus tios também ganhava a vida no

comércio calçadista (Kumruian costuma dizer que armênios não têm

antepassados, mas “antessapatos”).

Foi em 2000 que abriu, em sociedade com o primo, sua própria loja, na rua

Maria Antônia, ao lado

...

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