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ORIGENS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

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Por:   •  10/9/2013  •  Tese  •  5.487 Palavras (22 Páginas)  •  871 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este projeto tem a finalidade de registrar o aprendizado adquirido através das pesquisas elaboradas referente a A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1927. Com a “Grande Crise” todas as verdades até então aceites são contestadas na busca da causa da crise. As novas idéias trazidas pela Escola de Relações Humanas trazem uma nova perspetiva para a recuperação das empresas de acordo com as preocupações de seus dirigentes e começa a tratar de forma mais complexa os seres humanos.

Essas teorias criaram novas perspetivas para a administração, visto que buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, e de uma forma muito mecânica. Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o trabalhador passou a ser visto como “homo social”. As três principais caraterísticas desses modelos são:

O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo comportamento é simples e mecânico.

O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de ordem biológica.

Todos os homens possuem necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio, e auto-realização.

A partir de então começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisão e na disponibilização das informações acerca da empresa na qual eles trabalhavam. Foram sendo compreendidos aspectos ligados à afetividade humana e percebeu-se os limites no controle burocrático por parte das organizações como forma de regulamentação social.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. ORIGENS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

A Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Unidos como conseqüência imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. Foi basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração.

A Escola das Relações Humanas é o grande contraponto às teorias de Taylor e Fayol, por afirmar que o trabalho é uma atividade grupal e que os indivíduos têm motivações não econômicas (psicológicas) para o trabalho. A teoria das Relações Humanas só ganhou expressão após a morte de Taylor, a partir do início da década de 30.

A partir da Abordagem Humanística, a Teoria Administrativa sofreu uma verdadeira revolução conceitual, transferindo a ênfase do pensamento administrativo dos processos (Taylor) e da estrutura (Fayol) para as pessoas que trabalhavam na organização.

Seu surgimento deve-se em grande parte ao desenvolvimento da Psicologia, bem como às modificações ocorridas no panorama social, econômico e político da época, com destaque para o advento da Grande Recessão dos anos 30, que forçou as empresas a redefinirem seus conceitos de produtividade.

A Teoria das Relações Humanas surge a partir dos seguintes fatores:

• A necessidade de humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano;

• O desenvolvimento da psicologia e da sociologia no início do século XX;

• As conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo.

2.2. 5 PENSADORES DA EXPERIÊNCIA EM HAWTHORNE

Chester Barnard

Nascido em 1886, faleceu em 1961, Chester Barnard foi gestor na companhia de telefones Bell durante 40 anos, tornando-se mais tarde presidente. Foi dos

primeiros a estudar os processos de tomada de decisão, o tipo de relações entre as organizações formais e informais e o papel e as funções do executivo. Contrariamente a sociólogos como Max Weber, ele considerava as empresas como instrumentos mais eficazes para o progresso social do que o Estado ou as igrejas. Enquanto estas são baseadas na autoridade formal as empresas regem-se pela cooperação entre indivíduos ligados por uma causa comum, mas que têm uma vida curta. Segundo Barnard, as organizações nao sobrevivem por não estarem de acordo com 2 critérios essencias para sua sobrevivência: efetividade e eficiência. Enquanto sua definição de efetividade era a usual, a de eficiência em uma organização referia-se ao grau em que uma organização se encontra quanto à capacidade de satisfazer as necessidades dos indivíduos; se uma organização atende às necessidades individuais enquanto atinge seus objetivos explícitos, a cooperação entre os membros deve perdurar. Ele analisou questões como a liderança, a cultura e os valores 30 anos antes de o mundo empresarial se aperceber da sua existência. Discutiu em seu livro "As funções do executivo" o que o título sugere, mas não de um ponto de vista intuitivo, mas sim derivadamente de sua concepção de sistemas cooperativos. As suas obras mantêm uma atualidade surpreendente.

Barnard formulou duas interessantes teorias: uma sobre autoridade, e outra sobre incentivos. As duas são vistas no contexto do sistema comunicativo e são regidas por sete regras essências:

• Os canais de comunicação devem ser definidos;

• Todos devem conhecer os canais de comunicação;

• Todos devem ter acesso aos canais formais de comunicação;

• Linhas de comunicação devem ser mais curtas e diretas possível;

• A competência de pessoas que servem como centros de comunicação deve ser adequada;

• A linha de comunicação não deve ser interrompida enquanto a organização estiver funcionando;

• Toda comunicação deve ser autenticada.

Dessa forma, o que torna a comunicação autoritativa depende do subordinado, e não do superior. A perspectiva de Barnard tinha afinidades com a de Mary Parker Follett, o que era incomum em seu tempo. Ele dizia que os gestores devem obter autoridade tratando seus subordinados com respeito e competência.

Quanto aos incentivos, ele propôs

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