Pesquisa FOCUS

Segundo a pesquisa FOCUS, realizada semanalmente pelo Banco Central, os economistas projetam um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia em Abril.

Isso levaria a Selic a 11% ao ano seguindo com a tendência de alta. Na ultima reunião do comitê de politica monetária (COPOM), que congrega diretores do Banco Central, a taxa de juros foi elevada para 10,75% ao ano através de um aumento de 0,25 ponto percentual. Antes os aumentos estavam seguindo o ritmo de 0,5 ponto percentual.

Em outubro de 2012 e abril de 2013 a Selic esteve no patamar mais baixo da história, a 7,25% ao ano.

Desde então, o COPOM tem aumentado a taxa de juros na tentativa de reduzir a inflação. Essa medida é denominada política monetária contracionista. Utilizando o aumento da Selic, diminui-se a facilidade de crédito e a quantidade de dinheiro em circulação, que tem como consequência, a redução do consumo, resultando na queda dos preços.

"O BC tem agido para assegurar sua convergência (da inflação) à trajetória de metas", afirmou o presidente do Banco Central, segundo assessoria de imprensa, ressaltando que "os efeitos da política monetária são cumulativos e se manifestam com defasagens”

Alexandre Tombini ressaltou que "A política monetária no contexto atual deve se manter especialmente vigilante"

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou um pouco mais do que o esperado em fevereiro, com alta de 0,69 por cento, influenciado, sobretudo pela alta nos preços de educação.

O número fortaleceu a visão do mercado de que o BC elevará mais uma vez a Selic em abril em 0,25 ponto percentual, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente, a 11 por cento.

Tombini repetiu os argumentos que já vêm sendo colocados há algum tempo, como na última ata do Copom, a qual informou que a inflação continuava mostrando resistência, indicando nova alta na taxa básica de juros.

O ritmo de crescimento em 2014 deve se manter em patamar próximo ao de 2013. Avaliando que o cenário externo passa por um "período de transição", puxada pela recuperação dos Estados Unidos.

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