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Psicologia

Por:   •  31/8/2015  •  Artigo  •  553 Palavras (3 Páginas)  •  125 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO - UEMANET

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

ALUNO: FRANKILSON CARVALHO DA SILVA

ATIVIDADE – História da Psicologia da Educação

O texto de Chomsky nos remete a uma crítica ferrenha aos conceitos behavioristas defendidos por Skinner. Como mesmo diz:

Em suas especulações acerca do comportamento humano, as quais devem distinguir-se claramente de sua investigação experimental sobre o condicionamento operante, B.F. Skinner oferece uma versão particular da Teoria da maleabilidade humana. [...] (Chomsky, 1979, p. 10)

Em alguns momentos o autor faz duras avaliações com intuito de refutar a Teoria apresentada. Destacamos a expressão ‘especulações’ colocadas por Chomsky e ‘maleabilidade humana’, que como define o Minidicionário, o primeiro remete a uma “investigação teórica e desinteressada, com o objetivo único de chegar ao conhecimento” (RIOS, 2010, p. 219), e o segundo entende-se como uma forma de flexibilização do ser humano, ou seja, Chomsky encara os conceitos trazidos por Skinner com olhos perturbadores. De quem não se baseia ou se baseia em dados que contesta ser científico.

Outra marca crítica presente no texto é o que o autor coloca como “planejamento de uma cultura”, ou seja, o controle da população nas mãos de especialistas. Isso o levou, e não somente a ele, a considerar a possível suspeita de que Skinner pudesse estar advogando uma ‘forma de controle totalitário’ (Chomsky, 1979, p. 32).

Chomsky analisa toda a Teoria de maneira singular e bastante contestatória. A parte importante que merece ser destacada é a questão do elemento ideológico, mas precisamente quando o autor cita o artigo de Herrnstein, que dizia que “a sociedade americana estava se encaminhando para uma meritocracia hereditária estável, com estratificação social por diferenças inatas e uma correspondente distribuição de ‘recompensas’.” (CHOMSKY, 1979, p. 36, grifos nosso).

O mais interessante nesses argumentos é que para Herrnstein “as diferenças de habilidades mentais são hereditárias e que as pessoas de níveis equivalentes tendem a se casar entre si [...].” (p. 37). O sucesso necessita de habilidade mental, [...] as recompensas sociais dependem muito do sucesso. Chomsky critica essa posição dizendo que há um elemento ideológico que é absolutamente crítico para ele.

Chomsky acaba por concluir que o livro de Skinner não contém qualquer hipótese ou proposta substantiva claramente formulada porque

não há uma ciência comportamental incorporando proposições que não sejam triviais e empiricamente fundamentadas e que possam ser aplicadas aos assuntos humanos ou que fundamentam uma tecnologia comportamental. (CHOMSKY, 1979, págs. 51-52)

O artigo de Chomsky traz em sua essência uma importante questão contributiva para a Psicologia da Educação, como pode ser evidenciado pelos traços críticos de sua fala. Construiu todo um argumento para refutar uma teoria de base com proposições lógicas e bem fundamentadas, como quando aborda a questão do status social representado pela capacidade de inteligência: QI, ou quando discute sobre o totalitarismo de Skinner. De fato o ganho para a disciplina está em definir, de alguma forma, a capacidade de sempre precisarmos questionar sobre as formulações teóricas, pois, assim, faz ou deixa à luz dos termos, o fato de nos tornarmos pensadores. Educar para o futuro, educar para a vida é também aprender a questionar sobre essas propositivas. Prerrogativas que são, em sua maior parte, intocáveis e absolutas.

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