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Roberto Marinho

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Por:   •  2/12/2014  •  2.296 Palavras (10 Páginas)  •  397 Visualizações

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COMPLEXO EDUCACIONAL FAISA

FACULDADES ALTERNATIVAS DE SANTO AUGUSTO/RS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

SUELEN CRISTINA FELTES

LIDERANÇA -

PESQUISA SOBRE O LÍDER ROBERTO MARINHO

Santo Augusto

2014

BIOGRAFIA ROBERTO MARINHO

Roberto Pisani Marinho traça a história do século XX, através da trajetória do jornalista e empresário brasileiro que testemunhou e protagonizou momentos decisivos da vida do país. Nasceu em 3 de dezembro de 1904, no bairro do Estácio, Rio de Janeiro. Filho primogênito dos cinco filhos de Irineu Marinho Coelho de Barros e de Francisca Pisani de Barros Marinho. Sua formação pedagógica concebeu-se nos colégios Paula Freitas, Anglo Brasileiro e Aldriedge, todos na cidade do Rio de Janeiro.

O pai Irineu Marinho, um jornalista renomado, fundou os jornais “A NOITE”, em 1911, jornal esse de oposição que logo conquistou a liderança no mercado. E “O GLOBO”, em 1925, com duas edições diárias e uma tiragem inicial de 33.435 exemplares. Irineu Marinho faleceu de infarto enquanto tomava banho, apenas 21 dias depois do lançamento do jornal. Roberto Marinho havia acompanhado todo o processo de concepção do “O GLOBO”, como repórter e secretário particular de seu pai. Mas, aos 21 anos, se considerava inexperiente para assumir a direção do jornal.

A viúva Francisca Marinho propôs que o jornalista Euclydes de Mattos, amigo de confiança de Irineu Marinho, ocupasse o cargo de diretor-redator-chefe, tendo Roberto Marinho como seu secretário. Nos anos que se seguiram, Roberto Marinho se dedicou a aprender, da oficina à administração, todos os detalhes da complexa engrenagem do jornal. Somente com a morte de Euclydes de Mattos, Roberto Marinho assumiu a direção do jornal, em 1931.

"O Globo" foi considerado um jornal noticioso, em oposição ao jornalismo partidário que ainda se praticava na época, e defensor, ao mesmo tempo, de causas populares e da entrada no país de capital estrangeiro.

"O Globo" apoiou o governo provisório instituído pela Revolução de 30 e, em 1932, a Revolução Constitucionalista. Com posição editorial sempre cautelosa, fez do combate ao comunismo uma de suas marcas.

O jornal fez restrições ao golpe que gerou o Estado Novo (1937), mas Marinho participou do Conselho do Departamento de Imprensa e Propaganda, responsável pela censura a jornais.

Na Segunda Guerra Mundial, "O Globo" foi a favor do rompimento com a aliança da Alemanha, Itália e Japão e tomou posição a favor do fim da ditadura de Getúlio Vargas.

Embora o jornal fosse o cartão de visita de Marinho, o crescimento financeiro do grupo se deu por causa da edição de gibis, (histórias em quadrinhos norte-americanas) e de empreendimentos imobiliários.

Em dezembro de 1944, Roberto Marinho comprou a rádio Transmissora, da RCA Victor, e inaugurou sua primeira emissora, a rádio Globo.

Com a eleição de Vargas, passou a lhe fazer forte oposição. Em 1953, o jornal fez campanha contra a criação da Petrobras.

Naquele mesmo ano, a rádio Globo foi franqueada ao jornalista Carlos Lacerda (1914-1977), que a usou para atacar Vargas e os empréstimos do governo a Samuel Wainer (1912-1980) para o lançamento do jornal "Última Hora". Embora o próprio "Globo" tenha se beneficiado de empréstimos oficiais.

O suicídio do presidente, em agosto de 1954, provocou grande comoção popular, durante a qual duas caminhonetes da rádio Globo e dois caminhões do jornal foram incendiados.

As Organizações Globo, "integradas no processo revolucionário", deram seu total apoio aos governos que se estabeleceram a partir de 1964.

Sob o regime militar, Marinho deu um salto decisivo na expansão de seus negócios ao inaugurar, em abril de 1965, a TV Globo do Rio. Seu jornal estava entre os mais vendidos na cidade e a rádio era líder de audiência.

A TV Globo se firmou rapidamente por três razões: um acordo financeiro e operacional com o grupo norte-americano Time-Life, a colaboração com o regime militar e o declínio das TVs Tupi e Excelsior.

O acordo com o grupo Time-Life (injeção do equivalente hoje a US$ 25 milhões, mais assessoria técnica e comercial) recebeu inúmeras críticas, porque Marinho ignorou o artigo 160 da Constituição de 1946, que vetava a participação acionária de estrangeiros em empresas de comunicação.

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar o acordo concluiu que a Constituição fora de fato desrespeitada, mas o procurador-geral da República, em 1967, e o presidente Artur da Costa e Silva, em 1968, decidiram que a operação havia sido legal.

A TV Globo conquistou os cariocas no verão de 1966, quando fez com exclusividade a cobertura ao vivo das enchentes que deixaram dezenas de mortos e feridos no Rio.

A idéia da cobertura ao vivo foi do executivo Walter Clark (1936-1997), que viria a implantar, nos anos 70, o famoso "padrão Globo de qualidade".

A "lua-de-mel" da emissora com o público duraria até 1982, quando a Globo foi identificada com a tentativa de se impedir a vitória de Leonel Brizola para o governo do Rio, no episódio conhecido como Caso Proconsult.

Roberto Marinho teve grandes adversários, como Assis Chateaubriand (1892-68), Carlos Lacerda, Samuel Wainer. Brizola foi outro desafeto de décadas. Em 15 de março de 94, o locutor Cid Moreira leu, no Jornal Nacional, texto de Brizola, que ganhou na Justiça um direito de resposta. "Tudo na Globo é tendencioso e manipulado", teve de afirmar o locutor.

A TV Globo ficou associada ao regime autoritário por ter sido porta-voz dos militares e por ter crescido naquele período. As empresas jornalísticas do grupo se adaptaram às regras impostas pelos governantes: o noticiário político desapareceu e o econômico fazia eco aos "milagres" de Delfim Netto e sucessores. Caso célebre de colaboração foi "Amaral Neto, o Repórter", programa em que supostos documentários ajudavam a construir a imagem positiva do regime.

Em 1972, o então presidente Emílio Médici chegou

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