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Sistema De Centralização E Organização De Processos Funcionais A Multidepartamentos

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Por:   •  15/7/2013  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  525 Visualizações

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Depressão na pratica médica não psiquiátrica

Amanda Galvão de Almeida

A ocorrência de depressão em indivíduos com doenças clínicas não psiquiátricas é um assunto importante e tem várias conseqüências que serão brevemente comentadas. Sabemos que várias doenças estão associadas ao aparecimento de depressão, tais como câncer, artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, doenças da tireóide, diabetes, infarto cardíaco, hepatite C, AIDS, epilepsia, doença de Parkinson, síndrome do intestino irritável, entre outras. Estudos realizados na população confirmam essa relevante associação entre depressão e doenças físicas, nos quais a depressão se mostra 5 a 10 vezes mais freqüente em pacientes clinicamente doentes do que na população em geral.

Atividade Física e Exercícios na Intervenção Terapêutica Complementar da Depressão

Atividade Física e Exercícios na Intervenção Terapêutica Complementar da Depressão

Profª. Drª. Rosa Maria Mesquita

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Quanto à intensidade, freqüência e duração do exercício ainda existem poucas evidências científicas que permitam recomendações efetivas com o propósito de reduzir a depressão. A análise dos resultados de diversos estudos sugere que, principalmente, a intensidade leve a moderada pode reduzir os sintomas depressivos; a freqüência pode variar de 3 a 5 vezes por semana, dependendo das características e necessidades do paciente; a duração de cada sessão deve ter pelo menos de 20 a 30 minutos e, no máximo 60 minutos. Quanto à duração do tratamento, o ideal é que o mesmo possa ser realizado por meio de programas de atividades físicas e exercícios com duração superior a 12 semanas e que, posteriormente, o paciente possa adotar este programa como um estilo salutar à sua qualidade de vida.

Portanto, um programa gradual de exercício, com intensidade baixa a moderada, pode ser desejável e recomendável para a obtenção de efeitos antidepressivos dos exercícios e promover a adesão e manutenção dos indivíduos aos programas de atividade física. A variabilidade individual no condicionamento e na adaptação ao exercício sempre deve ditar a progressão da atividade uma vez que, geralmente, os indivíduos depressivos possuem baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória e podem apresentar dificuldades no início das atividades em decorrência do quadro depressivo. Além destas recomendações também devem ser adotados como rotina de trabalho exercícios prévios de aquecimento e exercícios posteriores de resfriamento nas sessões de atividade física. Ainda é necessário distinguir esta prescrição para a melhora da qualidade de vida e remissão dos sintomas de pessoas, leves ou moderadamente deprimidas, daqueles pacientes psiquiátricos cronicamente comprometidos.

Estas diretrizes não são recomendáveis para pacientes com quadros depressivos severos, pois se encontram muito debilitados fisicamente, tanto devido à gravidade dos sintomas quanto ao uso judicioso de antidepressivos, fundamentais para o processo de recuperação. Além disso, os pacientes podem apresentar resistência à reabilitação física, também decorrentes dos sintomas, pois, os mesmos podem interferir com o desejo e a capacidade de se exercitar, principalmente, em um esquema formal de exercícios aeróbios.

Considerando a resistência à reabilitação física de pacientes depressivos graves sob tratamento hospitalar, é recomendável um esquema de exercício constituído por alongamentos, exercícios aeróbios de baixa intensidade, e exercícios de resistência muscular localizada. Esse esquema de exercício agudo associado a uma estratégia de aplicação lúdico-recreativa, prazerosa e divertida, também têm impactos positivos e promovem o alivio dos sintomas, auxiliando na reabilitação do paciente.

A utilização da prática sistemática de atividades físicas e de exercícios crônicos e agudos no tratamento das pessoas com transtornos mentais deve ser realizada por um profissional de Educação Física, devidamente qualificado para atuar nesta área. Este profissional deve integrar a equipe multidisciplinar de saúde, tomar ciência do diagnóstico clínico do transtorno do paciente bem como dos tratamentos aos quais está sendo submetido para que possa prescrever, acompanhar e avaliar o programa ou uma sessão de exercícios adequados ao indivíduo, ou seja, às suas características e necessidades, seu potencial e limites.

Diversos autores enfatizam não haver riscos adicionais para a saúde quando são associados exercícios ao tratamento medicamentoso, sob supervisão médica apropriada.

Com base nas evidências científicas, a intervenção planejada de atividades físicas e exercícios, em uma única sessão ou em um programa regular e sistemático, vem sendo recomendada como uma intervenção terapêutica importante associada ao tratamento farmacológico e/ou psicoterápico em indivíduos com Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico e Transtorno Depressivo não especificado.

ROSA MARIA MESQUITA é diplomada e mestre em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFEUSP) e doutora em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da USP

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