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TEORIA DE MERCADO

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Por:   •  23/4/2014  •  2.372 Palavras (10 Páginas)  •  369 Visualizações

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TEORIA DO MERCADO

Autor: Prof. Marcelo Roque da Silva

A partir de agora continuaremos a estudar a economia de mercado, porém o enfoque aos poucos

deixa de ser histórico, filosófico ou analítico para ser prático. Você bem sabe da importância

fundamental que os preços têm para os sistemas capitalistas, e também sabe que os preços são

formados nos mercados. Pois bem, a partir desse momento nosso objeto de estudo será saber

como o mercado forma os preços. É o que chamamos de Teoria do Mercado.

Teoria do Mercado

Os mercados são formados por dois elementos básicos: compradores e vendedores de um

determinado bem ou serviço. O mercado de chocolate em São Bernardo do Campo é formado pelos

compradores e pelos vendedores de chocolate da cidade. Quem compra um bem faz parte da

demanda (também conhecida por “procura”) desse bem, e quem vende um bem faz parte da oferta

desse bem. Ambas, oferta e demanda, interagem nos mercados para formar o preço.

Há diversos tipos de mercado: monopólio, oligopólio, concorrência monopolística, concorrência

perfeita, etc. Nesta apostila iremos considerar os mercados como sendo competitivos – mercados

em que os bens vendidos são todos iguais, e nos quais o número de compradores e vendedores é

grande o suficiente para que nenhum deles tenha capacidade de influenciar os preços no mercado.

Tanto compradores como vendedores “recebem” o preço do mercado, e vendem e compram o bem

pelo preço que o mercado determinar (são tomadores de preço). Mesmo que nem todos os

mercados sejam competitivos é útil analisá-los sob esta ótica, uma vez que muitos deles se

aproximam dessa situação. Vamos primeiramente compreender a demanda e depois a oferta.

Teoria da Demanda

Demanda é o desejo de comprar. É uma relação que mostra as quantidades de um bem que os

compradores estariam dispostos, e seriam capazes, de comprar a diferentes preços.

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A demanda vale para uma população específica e para um período específico de tempo. É um fluxo

por unidade de tempo, por exemplo, desejo de uma pessoa comprar um jornal por dia, duas

camisas por mês, etc.

Relação Entre Quantidade Demandada e Preço do Bem

Todos nós compramos coisas, e para fazer isso levamos em consideração certos fatores. O primeiro

fator a considerar em uma compra é se você quer ou não aquele bem, se ele lhe interessa. Se

interessar, esse bem passa a ser uma “necessidade” para você, e você desejará adquiri-lo. O

segundo fator é se você possui dinheiro suficiente para comprar o bem desejado. Caso contrário

você estará impossibilitado de adquiri-lo e nem fará parte da demanda do bem, pois só quem o

quer e pode pagá-lo faz parte de sua demanda. O terceiro e último fator é o preço do bem. Quanto

a ele iremos nos alongar um pouco mais.

O preço do bem influencia as compras não só impossibilitando alguns de adquirir o produto como

também desinteressando ou interessando outros, tudo dependendo se esse preço é alto ou baixo.

Vou explicar: eu desejo comprar meu chocolate preferido, vou à cantina e pergunto o preço;

digamos que a resposta seja R$ 2,50. A esse preço me interessa adquirir três barras, eu as compro

e vou embora. Mas imagine que o preço tivesse sido R$ 5,00, nesse caso eu teria comprado as

mesmas três barras? Não! provavelmente eu teria comprado menos barras, digamos uma. Coisa

semelhante teria ocorrido se o preço fosse R$ 0,50 por barra – nesse caso eu provavelmente teria

adquirido mais de três barras, digamos sete.

O exemplo acima serve para explicar a chamada “Lei da Demanda”.

Lei da Demanda: Quando o preço de um bem aumenta, as quantidades demandadas desse bem

diminuem. Quando o preço de um bem diminui, as quantidades demandadas desse bem

aumentam, ceteris paribus.

Eu sei, há dois termos nesse enunciado que é necessário definir. O primeiro é “quantidades

demandadas”. Por quantidade demandada entende-se a quantidade do bem que o consumidor está

interessado em consumir, e que ele tem condições de comprar. No exemplo do chocolate, para

cada um dos três preços me interessava comprar quantidades diferentes do produto, estas

quantidades são chamadas de quantidades demandadas. Mas cuidado, quantidade demandada é

diferente de demanda. Demanda, conforme veremos adiante, é uma curva, não é uma quantidade.

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O segundo termo é “ceteris paribus”. Ele é uma expressão latina que significa “outras coisas sendo

iguais”. No mundo muita coisa acontece ao mesmo tempo, e o economista, que procura estudar

como a sociedade leva a vida, depara-se freqüentemente com situações nas quais o objeto

estudado está sofrendo diversas alterações simultâneas. É impossível estudar objetos que sofrem

muitas alterações simultâneas,

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