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Técnicas de Métodos Científicos

Por:   •  28/3/2019  •  Resenha  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  115 Visualizações

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RESUMO

Um dos objetivos fundamental da ciência é chegar a veracidade dos fatos. Assim desenvolvendo métodos para atingir esse objetivo, sendo necessário identificar formas mentais e físicas que possibilitam a verificação. Ao longo do tempo vários pensadores e cientistas pensaram em criar um método que englobassem todos os métodos, em outras palavras, que existisse um método universal. Entretanto, hoje em dia, sabemos que não há possibilidade para tanto, já que métodos de áreas diferentes do conhecimento tem modo de agir e métodos próprios para averiguar os fatos. Com isso passou-se a classificar tais métodos, nos quais existem várias sistemas de classificação que podem ser adotados. Podemos definir, para um melhor entendimento, em dois grandes grupos: o dos que proporcionam bases logicas da investigação cientifica e a dos que esclarecem acerca dos procedimentos técnicos que poderão ser utilizados. Classificação próxima com a de Trujillo (1982, p.23) que trata dos métodos gerais e discretos e a de Lakatos (1992, p.81), que fala em métodos de abordagem e em métodos de procedimentos. Nos procedimentos que proporcionam bases logicas, os métodos são desenvolvidos com pesquisas de alto grau para que o pesquisador possa entender o alcance que a investigação tomará, como será aplicado as regras do fatos e a validade de suas aplicações.Neste grupos podemos incluir os métodos dedutivos, indutivos hipotético-dedutivos, dialéticos e fenomenológico. Cada um deles tem como explicar como se processa o conhecimento da realidade. Sendo assim, o método dedutivo se relaciona com a racionalidade, o indutivo ao empirismo (a experiência do indivíduo), o hipotético-dedutivo ao neopositivismo, o dialético ao materialismo dialético e o fenomenológico à fenomenologia. A utilização de qual métodos irá variar dos fatores que a rodeiam, sendo a natureza do objeto em foco, recursos materiais disponíveis, do nível de abrangência do estudo e da inspiração filosófica do pesquisador.

O método dedutivo parte do geral ao particular, sendo um método que parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis, ou seja, assemelhando ao senso comum, possibilitando chegar a conclusões logicas. Muito utilizados por pensadores racionalistas como Descartes, Spinoza e Leibniz, em suas definições a razão é o único caminho para se chegar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. Por exemplo:

Todo homem é mortal (premissa maior)

Pedro é homem (premissa menor)

Logo Pedro é mortal (conclusão).

Esse método tem uma extensa aplicação nas áreas de raciocínio lógico, como Física e Matemática, onde seus princípios se tornam leis. Tendo como exemplo a Lei da Gravitação Universal, onde seria indiscutíveis sua aplicação, assim não tendo um contraditório. Entretanto, na ciências sociais, sua utilização seria restrita, pois haveria dificuldade em obter argumentos gerais, cuja autenticidade não poderiam ser colocados em dúvida. Ainda que restrita, o método dedutivo é utilizado em assuntos relacionados da Economia, uma vez que existe a lei da oferta, da procura e a lei dos rendimentos decrescentes, mesmo o valor atribuídos a tais leis nos fatos econômicos, suas exceções são facilmente verificadas. Sendo assim, considerar tais leis dessas naturezas como premissas para deduções torna-se um procedimento bastante crítico. As objeções a esse método são várias, uma delas é o fato que o raciocínio dedutivo é essencialmente tautológico, onde acaba dizendo a mesma coisa de forma diferente, não mudando a lógica ou a linha de raciocínio. Como visto no exemplo anterior, onde a caraterística principal foi apresentada na premissa maior, logo podendo ser desconsiderado a premissa menor. Outra objeção decorre do caráter apriorístico de seu raciocínio, que de fato, partir de uma afirmação geral significa supor de um conhecimento prévio. No qual esse conhecimento não pode apenas se derivar de observações de casos particulares repetidos, como citado no exemplo, pois isso seria indução. A afirmação de que todo homem é mortal foi previamente adotada, logo não poderia colocar sua veracidade em dúvida. Portanto, os críticos desse argumentam assemelham aos argumentos dogmáticos e teológicos.

No método indutivo é o inverso do método dedutivo, pois ele parte do caso particular para a generalização, ou seja, gera um produto posterior do trabalho de coleta de dados de casos particulares. Não se utilizando de métodos apriorísticos, mas sim de constatada observação de casos concretos que sejam confirmadores da realidade. Tal método foi propostos por Bacon, Hobbes, Locke e Hume, onde o conhecimento tem sua base na experiência, descartando princípios pré-estabelecidos. Partindo da observação dos fatos ou fenômenos cujas as causas desejas conhecer, seguindo a comparação entre os fatos ou fenômenos e concluindo na generalização baseadas na relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Sendo assim diferente do método dedutivo, que se conclui baseado em premissas consideradas, o método indutivo chega a conclusões não contidas nessas premissas mas obtendo resultados de mesmo significado, entretanto são apenas conclusões prováveis. Sendo proposto como método mais adequado para a investigação das ciências sociais, e sua importância foi reforçada graças ao advento do positivismo, logo após o aparecimento do Novum organum, de Francis Bacon (1561-1626), onde o método foi visto com excelência das ciências naturais. Sua importância foi tamanha que serviu para que estudiosos da sociedade abandonassem os métodos dedutivos, especulativos e passem a utilizar a dedução para observação como processo indispensável para a coleta de dados. Porém, ainda recebeu diversas críticas, um desses críticos foi David Hume (1711-1776), considerou o método indutivo que não poderia transmitir a certeza e a evidencia, porque poderia admitir que o sol não nasça amanhã, mesmo que estivesse nublado. Mesmo sendo uma evidencia diária, não poderia consistir em rigorosa evidencia, já que poderia ser constatada o contraditório. Entretanto tal enunciado foi mais tarde, no século XX, contornado e tendo um novo método, o método hipotético-dedutivo.

O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper, a partir das críticas à indução, expressas em seu livro A Lógica da Investigação Cientifica, obra publicada pela primeira vez em 1935. Ao ver de Popper, o salto indutivo de “alguns” para “todos” exigiria que a observação dos fatos isolados atingisse o infinito, o que não seria possível, mesmo que observando uma enorme quantidade de fatos. Outro argumento de Popper é o de que a indução cai invariavelmente no apriorismo, pois parte de uma coerência metodológica, porque é justificada dedutivamente. Diferentemente do método dedutivo, onde a todo custo tenta confirmar sua dedução, o método hipotético-dedutivo tenta refutar suas hipóteses. Quando não é possível falsear, ou seja, tornar falsas as deduções das hipóteses, temos assim a confirmação dela, o que não deve exceder o nível do provisório. Mesmo tendo uma aceitação notável no campo da ciências naturais, sendo considerada no neopositivismo como único método rigorosamente lógico, nas ciências sociais, o método é bastante criticado, pois nem sempre podem ser deduzidas consequências observadas das hipóteses. Teorias derivadas da Psicanalise e Materialismo Histórico, por exemplo, não apresentariam, de acordo com Popper, condições a serem refutadas.

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