TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Ascensão do Mundo Ocidental

Por:   •  25/6/2019  •  Resenha  •  1.015 Palavras (5 Páginas)  •  361 Visualizações

Página 1 de 5

A Ascensão do Mundo Ocidental

Paul Kennedy

O autor Paul Kennedy busca no primeiro capítulo de sua obra “Ascensão e queda das

grandes potências” justificar os motivos que levaram a Europa a se tornar uma hegemonia frente

às outras potências existentes entre os séculos XV e XVI, nesse sentido, o autor faz questão de

ressaltar a inferioridade europeia em relação aos outros centros de poder, o continente europeu era

fragmentado politicamente e apresentava desvantagens geográficas, econômicas e culturais se

comparado com potências como China e Índia, no entanto, em pouco tempo, a Europa consegue

se tornar protagonista no cenário moderno, passando a ter o monopólio científico, econômico e

cultural. O autor busca apontar os motivos que levaram as outras à derrocada em relação ao sucesso

europeu.

China Ming

De acordo com Kennedy, o Império Ming apresentava uma cultura notável, com planícies

férteis e irrigadas. Com uma administração hierárquica baseada no código confuciano, a China

apresentava uma precocidade tecnológica, com cidades bem desenvolvidas, rotas comerciais

gigantes, sistema de comercial forte e com uma política de exploração marítima que era capaz de

descobrir Portugal várias vezes antes que esta se lançasse ao mar, no entanto, devido a ameaças

mongóis, a China se fecha para o mundo e acaba se inferiorizando em relação à Europa.

Ainda, em relação ao recuo chinês, é importante ressaltar que a restauração do código

confuciano foi um dos motivos para o fechamento da China para o mundo. O código confuciano

prega à restauração e manutenção do passado, nesse sentido, uma série de Editos imperiais limitam

a frota naval chinesa e o comportamento dos comerciantes em relação à política externa, ainda, os

avanços e aperfeiçoamentos chineses se davam principalmente por necessidade do Estado, assim,

quando o Estado chinês não necessitava de determinado avanço este não ocorria, tal política

condicionou a China a se inferiorizar em relação ao Ocidente.

O mundo muçulmano

Os Estados muçulmanos, entre o século XV e XVI, eram os que mais ameaçavam e tinha

força de expansão. Com o ressurgimento de algumas dinastias, os muçulmanos eram controladores

de importantes rotas comerciais e, devido à paralisação da reforma religiosa, o número de fiéis

mulçumanos só aumentava. Em vista disso, o autor aponta o mundo muçulmano como uma das

potências da era moderna, no entanto, o autor foca em dissertar principalmente acerca do Império

Otomano que, segundo ele, era o império com o mais potente exército da época.

O Império Otomano foi referência devido à sua capacidade de expansão e de provocar o

terror devido ao seu exército, ainda, é preciso ressaltar a capacidade naval otomana, construída

apenas para conquistar Constantinopla, no entanto, o Império Otomano não é reduzido à sua

capacidade de força, uma das características desse império foi a capacidade de ter uma unidade dereligião, cultura e língua. O império era constituído por cidades gigantes e iluminadas, além disso,

o império otomano obteve grandes avanços científicos e industriais, no entanto, similarmente à

China, o império fecha-se em volta de si e acaba por paralisar seus avanços.

São vários os motivos que resultaram no fechamento do império otomano em volta de si,

alto custo do exército, imperialismo não proveitoso, conflitos internos e sucessivas alternância de

sultões, que dificultou a centralização política e favoreceu práticas despóticas. A ausência de um

líder resulta no endurecimento da burocracia e insubordinação da parte dos janízaros, exército

otomano, que aproveitam de comerciantes e proprietários. No entanto, o maior motivo que explica

a derrocada otomana, sob uma ótica europeia, é o negacionismo em adotar novas armas e métodos

de luta, nesse sentido, enquanto a Europa entrava em um tipo de corrida armamentista, os otomanos

entravam num obscurantismo intelectual e conservantismo religioso que seria a causa da ruína

otomana.

O autor, em relação aos muçulmanos, aponta rapidamente características acerca do Império

Mongol, que apresentava uma rede bancária sofisticada, e acerca da Índia, no entanto,

similarmente ao Império Otomano, ambos os impérios adotaram um conservantismo religioso e

acabaram entrando em crise.

Dois estranhos- Japão e Rússia

De acordo com Kennedy, ambos

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.2 Kb)   pdf (38.4 Kb)   docx (11.2 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com