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A Política Como Vocação

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Por:   •  13/5/2014  •  1.950 Palavras (8 Páginas)  •  395 Visualizações

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* O que se entende por política? Conceito amplo – “qualquer tipo de liderança independente em ação” (p. 97) (vários tipos de política). Conceito mais restrito: a liderança de uma associação política – de um Estado.

* O que é uma associação política? O que é um Estado? Estado não pode ser definido em termos dos seus fins; só se pode defini-lo em termos de seus meios específicos e peculiares – o uso da força física. A força não é o meio normal, nem o único, do Estado; mas um meio específico. Definição: “Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio legítimo da força física dentro de um determinado território” (p. 98); o Estado é a única fonte d “direito” de usar a violência. Política é, portanto: “participação no poder ou a luta para influir na distribuição de poder, seja entre Estados ou entre grupos dentro de um Estado” (p. 98). “Quem participa da política luta pelo poder, quer como um meio de servir outros objetivos, ideais ou egoístas, quer como o ‘poder pelo poder’, ou seja, a fim de desfrutar a sensação de prestígio atribuída pelo poder” (p. 98).

* O Estado é uma relação de dominação, mantida por meio da violência legítima. Quando e por que os homens obedecem? Há três justificações para o domínio: (1) o domínio tradicional, exercido pelo patriarca e pelo príncipe patrimonial; (2) o domínio carismático: a autoridade do dom da graça (carisma), “extraordinário e pessoal e a confiança pessoal na revelação, heroísmo ou outras qualidades da liderança individual” (p. 99); (3) domínio burocrático, exercido em virtude da legalidade, da fé na validade do estatuto legal e da competência funcional.

* Na realidade, a obediência é determinada pelos motivos do medo e da esperança e pelos mais variados interesses e se expressa através dessas formas “puras” de dominação.

* A raiz de uma vocação política é o carisma. Os indivíduos acreditam no líder porque “acreditam” nele. “Quando é mais do que um oportunista limitado e presunçoso, o líder vive para sua causa e ‘luta pela sua obra’” (p. 100). O líder carismático é decisivo na luta política pelo poder.

* Como se mantém o poder: para ser duradouro, o domínio organizado exige a obediência; exige o controle dos bens materiais necessários ao uso da violência – exige o controle do quadro de pessoal executivo e os implementos materiais da administração. No caso dos funcionários, a obediência pode ser mantida através de recompensa material e honraria social. Nesse caso, o medo de perder essas recompensas é decisivo para a solidariedade entro o quadro executivo e o detentor do poder.

* Para manter um domínio pela força são necessários certos bens materiais. O quadro de funcionários pode ser dono dos meios de administração – os estamentos – ou separados deles – a burocracia.

* O processo de constituição do Estado moderno é o da desapropriação dos recursos de poder de portadores autônomos; esse processo é paralelo à desapropriação gradativa dos produtores independentes, feita pela empresa capitalista. Dá-se a separação entre o quadro administrativo dos meios materiais de organização administrativa, mas Weber considera que o processo de expropriação econômica segue leis diferentes do processo de expropriação dos meios políticos.

* Dessa expropriação, surgem os políticos profissionais – os que vivem da política. Circunstâncias nas quais a política pode ser uma profissão: a política pode ser uma ocupação subsidiária ou uma vocação; o exercício ocasional da política; dois modos de fazer da política uma vocação – viver “para” a política: a política é uma “causa”; ou viver “da” política, ter a política como fonte de renda permanente.

* O desenvolvimento da economia monetária permitiu outras recompensas que não a doação de terras; e no Estado moderno a distribuição de cargos de todos os tipos também são moeda para a obtenção de apoio e lealdade. A burocracia opõe-se a essa situação em função do conhecimento técnico e de sua profissionalização. A profissionalização aconteceu mais cedo em áreas críticas como as finanças, a guerra e o direito. O surgimento dos “políticos destacados” aconteceu junto com a profissionalização do corpo de funcionários do Estado.

* A evolução das leis é que gerou a necessidade de uma direção formalmente unificada de toda a política; a organização de agências administrativas revela um processo de instituição de um processo decisório que aos poucos estabelece diferenciações de função entre decisão e execução; entre legislativo e executivo; a monarquia parlamentarista é um regime político que surge nesse processo, agindo na unificação do aparato estatal, com a figura de um ministro para dirigir a esfera oficial de modo unificado. Os partidos políticos têm importância crucial nesse processo e se constitui como organização especializada na luta e manutenção do poder. No parlamentarismo, a constituição do Gabinete atendeu a necessidade de manter a organização sempre pronta e o chefe do Gabinete é o líder responsável pelas decisões. (diferenças com o presidencialismo – o líder do partido vitorioso nas eleições chefia o aparato de servidores e é dependente do parlamento apenas em questões legislativas e orçamentárias).

* Tudo isso determinou a separação entre a burocracia e o funcionalismo “político”.

* A importância da racionalização do sistema legal para a ascensão do Estado.

* Mas tomar uma posição, ser “apaixonado” é próprio do líder político; sua responsabilidade é pessoal exclusiva e que ele não pode rejeitar nem transferir. O demagogo é o líder político típico.

* Os jornalistas e seu papel na projeção de líderes políticos;

* A representação política divide os cidadãos em elementos ativos – os representantes – e em elementos passivos – os representados; os partidos políticos se formam inicialmente como séqüitos da aristocracia e em torno de interesses de classes, de tradições familiares e por razões ideológicas. O partido vai se tornando uma organização burocrática. Os profissionais do partido controlam a máquina e os eleitos e esperam compensações através de cargos. Uma das molas mestras é a satisfação de trabalhar com a dedicação leal ao líder e o elemento carismático da liderança nesse caso funciona no sistema partidário.

* O chefe político é o empresário que fornece votos;

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