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Asuntos Geral

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Por:   •  30/3/2014  •  Seminário  •  434 Palavras (2 Páginas)  •  165 Visualizações

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pelo México.

Os Repórteres sem Fronteiras (RFS) destacam que a cobertura diária dos acontecimentos no Brasil “expõe os jornalistas a perigo físico” e colocou-os entre os alvos da “repressão policial” dos protestos que se realizaram no ano passado.

As manifestações – contra a subida dos preços dos transportes e os gastos decorrentes da organização do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 – “levantaram questões sobre o modelo comunicacional dominante e evidenciaram os métodos de terror ainda usados pela polícia militar”, sustenta o relatório.

Nos protestos, “cerca de cem jornalistas foram vítimas de atos de violência, mais de dois terços dos quais atribuídos à polícia”, contabilizam os RSF.

O Brasil surge lado a lado com Estados Unidos como os “gigantes” que dão “maus exemplos”. A “potência emergente” teve “condições para desenvolver uma ponderosa sociedade civil” durante os governos de Lula da Silva, mas, “infelizmente”, não “deu à liberdade de imprensa uma posição de destaque”, criticam.

“O crime organizado e a sua infiltração no aparelho de Estado são um obstáculo ao trabalho da comunicação social e, em particular, da investigação jornalística”, concretiza o relatório.

O Brasil é também um país, tal como outros no continente americano, onde “a posição dos jornalistas é muitas vezes enfraquecida pela (…) nefasta subjugação da imprensa, especialmente a regional, aos centros de poder e de influência política”.

Especificamente, “o fenómeno dos ‘coronéis’, políticos regionais que são também homens de negócios e proprietários de órgãos de comunicação, constitui um grande obstáculo ao pluralismo e à independência da informação”, considera a organização.

Por tudo isto, o Brasil surge no 111.º lugar no índice da liberdade de imprensa (em 2013 estava em 108.º) e, entre os países da comunidade lusófona, está apenas acima de Angola (que ocupa o 124.º lugar).

Os RSF “condenam a contínua intimidação dos repórteres de investigação pelas autoridades angolanas”, mencionando o “exemplo mais recente” de três jornalistas detidos “por entrevistarem um grupo de jovens manifestantes antigoverno”.

A organização – que em 2013 classificou o país em 130.º lugar – destaca o caso de Rafael Marques, que “tem sido particularmente sujeito” a “perseguição” desde que escreveu o livro “Diamantes de Sangue”, sobre a zona diamantífera de Angola.

A atitude das autoridades angolanas “reflete o medo do Governo sobre o que ele tem investigado”, conclui o relatório, mencionando os processos judiciais instaurados por nove generais angolanos contra Rafael Marques.

“A difamação continua a ser um crime punido com prisão em Angola”, denuncia a organização, sublinhando que as autoridades tentam "silenciar os jornalistas que expõem a corrupção no Estado ou no setor privado”.

Os RSF expressam “apoio sem reservas” às organizações de direitos humanos e instam o Governo a “respeitar" os

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