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Boa Noite Cinderela: O Gigante Adormeceu

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Por:   •  16/10/2014  •  Seminário  •  878 Palavras (4 Páginas)  •  291 Visualizações

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O gigante não acordou, deram “boa noite Cinderela” para ele

Junho de 2013 foi um marco no cenário político nacional do século XXI. Milhares de jovens em São Paulo pararam as ruas da principal cidade do país em protestos contra os políticos do Estado – em especial o governador tucano Geraldo Alckmin – pelo fim da corrupção, pela liberdade de expressão e pelos direitos igualitários.

Surgia então uma esperança, uma luz no fim do túnel. Uma revolução acontecia em São Paulo com os jovens tomando consciência do seu poder e do seu papel na sociedade não demorando muito para que essa onda se espalhasse pelas ruas de todo o país. Mas foi apenas uma faísca que não ganhou força e bastou uma pequena rajada de vento para que a mesma se apagasse. Uma utopia.

Os primeiros indícios da perda dessa força, coincidentemente, surgiram em junho deste ano com a realização “bem sucedida” da copa do mundo, quando, no ano passado, esses mesmos manifestantes gritaram que não haveria copa.

A eleição deste domingo trouxe algumas surpresas, principalmente em São Paulo com Geraldo Alckmin sendo reeleito governador do Estado com maioria absoluta em relação ao segundo candidato, mesmo com o Estado enfrentando sérias crises hidrográficas.

Alckmin é do PSDB – partido historicamente de direita, conservador e voltado para o apoio a classe média alta do sul e sudeste – foi reeleito com mais de 50% dos votos. O que mais impressiona em tudo isso é que mais da metade da população de São Paulo é pobre mas deve se achar rica, pois não tem lógica pobre eleger um candidato que não está nem aí para as suas necessidades.

Alguns estados elegeram como deputado federal – representante direto em prol do Estado pelo qual foi eleito –políticos como Celso Russomano, Tiririca - que chama seus próprios eleitores de abestado; Marcos Feliciano e Jair Bolsonaro que propagam o ódio contra seres humanos por meros preceitos religiosos, religião essa que diga-se de passagem é muito equívoca ou são os pastores que deturpam o sentido da Bíblia, enfim...

Collor foi reeleito como senador de Alagoas, não podemos esquecer esse detalhe.

Não gente! O gigante não acordou, ele piscou os olhos, fez de contas de que iria se levantar, mas logo em seguida adormeceu – devem ter dado “boa noite Cinderela” para ele - e sumiu juntamente com as esperanças trazidas pelos jovens, futuro da nação brasileira... “Oh! E agora, quem poderá nos defender?”

Mas ainda havia outra esperança. Tivemos dois candidatos à presidência no primeiro turno que reacendeu aquela faísca, há pouca acesa e que com apenas um piscar de olhos se apagou. Luciana Genro do PSOL e Eduardo Jorge do PV foram ousados, não tiveram medo de debater com o G3, trouxeram à tona temas polêmicos, mas de extrema importância, como aborto, legalização da maconha e criminalização da homofobia, já que são corriqueiros no dia-a-dia, mas ainda desconhecido da população ou simplesmente ignorado.

Porém, o novo amedronta. Por que votar em candidatos que querem mudar o Brasil para melhor? Por que acabar com o monopólio dos ditos partidos grandes? Não. Não precisa. Brasileiro é masoquista e gosta de apanhar.

Agora começa a campanha para o segundo turno. Novos embates, novas acusações... em suma, o circo continua agora

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