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CAPITALISMO: COMUNICAÇÃO NO SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA

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Por:   •  26/3/2014  •  Tese  •  2.404 Palavras (10 Páginas)  •  293 Visualizações

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CAPITALISMO: A COMUNICAÇÃO NO SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA.

Cristovam Lage da Silva Eduardo Eilert de Paula

João Victor Cunha Ceia Ramos

“Economia frequentemente não tem relação com o total de dinheiro gasto, mas com a sabedoria empregada ao gastá-lo”.

(Henry Ford)

RESUMO: Ao longo dos últimos séculos, grandes pensadores e teóricos, cientistas, matemáticos, filósofos, antropólogos e estudiosos em geral tem, cada um, a partir de seu olhar, procurado entender as relações sociais estabelecidas em um sistema aparentemente econômico, mas que guarda em si relações profundas com o estabelecimento político da ordem social. Este sistema chama-se capitalismo. Já não é de hoje que o tema tem pautado os debates mundiais, mas suas características, tão flexíveis e adaptáveis aos mais diversos propósitos, ainda não foram plenamente explicadas ou entendidas. Pretende-se analisar, neste objeto de estudo, o desenrolar do capitalismo, enfocando a comunicação social.

1. INTRODUÇÃO

Como ponto de partida deste estudo, é estabelecido o cenário em que ocorre a evolução da comunicação social a partir das concepções do capitalismo, através de um resgate histórico-bibliográfico dos conceitos deste sistema econômico, buscando analisar a implementação dos meios de comunicação no Brasil, a partir de uma revisão bibliográfica de alguns conceitos pertinentes ao objeto de estudo escolhido.

No decorrer do trabalho busca-se entender características históricas que mais vão marcar a era globalizada em que vivemos, num mundo considerado pós-moderno, mas que ainda não conseguiu definir seus níveis de interação e integração social, a partir dos avanços tecnológicos, da expansão dos meios de comunicação, da mundialização da cultura, da releitura do capitalismo, entre tantos outros dilemas, que ainda não deram conta de estabelecer quem e como é a nova população do planeta.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O capitalismo, entendido aqui como um sistema socioeconômico em que os meios de produção são de propriedade privada e pertencem a uma classe social que entra em contraposição a outra, conforme Paul Singer, pressupõe alguns elementos essenciais:

1. O capital, como valor à procura de inversão lucrativa, inversão esta que pressupõe um mercado, uma demanda, uma necessidade virtual ou real que pode ser explorada mercantilmente;

2. A empresa, que movimenta este capital e se resume à unidade e seus propósito, isto é, o lucro;

3. A pluralidade de seu processo, uma vez que a produção e a distribuição são organizadas em múltiplas unidades autônomas, em constante competição pelos mercados,

4. A organização da vida cotidiana das pessoas em torno dos meios de produção e de mercado.

Se seguirmos o pensamento do economista e sociólogo Paul Singer, a economia de mercado é muito antiga e desde sempre as sociedades têm organizado sua vida econômica sob a forma de produção de bens intercambiáveis.

No caso da sociedade campesina, a economia de mercado se dava, do ponto de vista econômico, através das corporações de ofício, entidades formadas por produtores de um mesmo tipo de produto, que tinha como objetivo regular o limite da produção, fixando o número de unidades a serem produzidas e o número máximo de trabalhadores a serem utilizados em cada unidade.

Esta economia de mercado, a qual Paul Singer se refere como existente durante a Idade Média é considerada como a base sobre a qual se desenvolveu o que conhecemos hoje como capitalismo.

Seu processo evolutivo é divido pelo autor em três fases:

1. O capitalismo manufatureiro, que começa no século XVI, resultante das grandes navegações que estabeleceram a interligação marítima entre todos os continentes, provocando o surgimento de um mercado mundial unificado, que proporcionava ao capital não só um avanço territorial, mas também um avanço econômico. Entre os séculos XVI e XVII, com as corporações de ofício, muitas vezes ligadas à nobreza local. Deste conflito, surgem as nações modernas, politicamente dominadas pelo poder nacional e economicamente unificadas pela abolição das barreiras ao comércio interno e pelo fim das moedas e medidas locais.

De uma forma geral, o avanço do capitalismo [foi] lento e gradual, muito dependente do apoio político [...] No século XVIII sucessivas guerras resultam no triunfo da Grã-Bretanha sobre seu maior rival, a França. Em consequência, o capitalismo manufatureiro alcançou maior desenvolvimento na Grã-Bretanha, criando as condições para a Revolução Industrial que aconteceu logo a seguir. (SINGER, 1991, pág. 12)

Sua principal característica era o mercantilismo, e sua estratégia de expansão baseava-se na unificação do mercado nacional e sua dominação mediante o monopólio político. É também nessa fase que começa a ser organizado o modo de produção.

2. O capitalismo industrial, que tem início na Grã-Bretanha, no último quartel do século XVII, a partir da Revolução Industrial, inspira-se no liberalismo e requer a unificação de todos os mercados locais e nacionais, estabelecendo a competição livre. Neste modelo, o capitalismo admite a intervenção do Estado no mercado.

3. A terceira fase é marcada pela transformação da economia de mercado em economia capitalista, que passa a abarcar e prover parte das atividades econômicas desenvolvidas à época.

O período do segundo pós-guerra, no século XX, assiste a uma elevada e sistemática ampliação da intervenção estatal na economia. Este padrão intervencionista assume duas características principais: a expansão e a generalização dos mecanismos de garantia de renda, expressa nos sistemas de transferências; e um envolvimento crescendo do Estado, direto ou indireto, na produção de bens e serviços (Wellfare state).

A partir do final dos anos 70, os Programas de Privatização (PP) surgem como uma posição predominante na estratégia das políticas econômicas de um grande número de países capitalistas. Paul Singer faz questão de enfatizar que este processo levou o capitalismo a assumir muitas de suas características atuais, como, por exemplo, o dinamismo tecnológico, a centralização do capital e a generalização (ou globalização) da economia. Mas, o autor chama a atenção para uma importante característica do capitalismo: a instabilidade

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