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DESAFIO E PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Por:   •  1/3/2015  •  2.559 Palavras (11 Páginas)  •  370 Visualizações

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DESAFIO E PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA

Alana Natasha dos Santos

Faculdade de Tecnologia de Guaratinguetá

alana_natasha_@hotmail.com

Resumo

Neste artigo, analiso como a economia brasileira deteriorou-se a ponto de se ter expectativas tão ruins quanto ao seu desempenho nos próximos anos. Com base nessa análise, traço um cenário para 2014. Mostro também que as más políticas dos últimos anos deixaram o país vulnerável à normalização da política monetária americana e que o país necessita de reformas para melhorar seu desempenho mesmo que não acredite que essas vão vir antes que o estado de nossa economia piore ainda mais.

Palavras-chave: Macroeconomia, microeconomia, economia, politica, finanças.

Introdução

Este documento discute a “nova matriz econômica”, um rótulo elaborado para a politica expansionista adotada desde o final de 2011.

Mostra por que o Brasil está entre as economias emergentes mais vulneráveis à normalização monetária nos EUA.

Apresentando meu ponto de vista para a economia em 2014. E finalizando discute o que esperar da politica econômica em 2015.

1 A Nova Matriz Econômica

Como é tradição, a presidente Dilma passou boa parte de seu primeiro ano de governo buscando frear a alta da inflação, apertando a política monetária e fiscal. No entanto, o impacto sobre o investimento foi muito mais forte do que o previsto. As autoridades se assustaram com a queda do crescimento e o risco de que esta se acentuasse com o aprofundamento da crise europeia. Além disso, a presidente tinha suas próprias ideias sobre o que era uma boa política econômica.

Assim, a partir do final de 2011, o governo pôs em prática a chamada “nova matriz econômica”. Esta consistia em uma combinação de políticas monetárias e fiscais mais frouxas, crédito farto e barato por meio dos bancos públicos e uma taxa de câmbio mais desvalorizada. Assim, ainda no primeiro ano de governo, a nova matriz econômica substituiu o “tripé da política macroeconômica” posto em prática por Fernando Henrique Cardoso em 1999, que consistia em metas de inflação e de superávit primário, além de uma taxa de câmbio flutuante.

O governo não trabalha com a adoção de um novo conjunto de medidas como as adotadas no início da gestão Dilma Rousseff, quando os juros foram elevados, o esforço fiscal foi aumentado e uma série de medidas para frear o crédito chamado à época de "macroprudenciais" foram implementadas.

Os ajustes recentes, como a retirada de imposto sobre a entrada de capital estrangeiro para comprar títulos públicos brasileiros e a sinalização de que o governo vai perseguir uma meta fiscal maior do que o mercado prevê, não alteram o "modelo Dilma" de condução da política econômica.

Segundo jornal Estadão disse em uma de suas reportagens que os técnicos do governo, a gestão Dilma Rousseff na economia começou, efetivamente, em agosto de 2011. Naquele mês, o governo lançou o primeiro pacote de estímulos à atividade o Plano Brasil Maior, e engordou a meta fiscal em R$ 10 bilhões, de forma a abrir espaço para que o BC reduzisse a taxa de juros.

A nova matriz macroeconômica consiste em juros mais baixos, câmbio mais desvalorizado em relação ao dólar e um superávit primário (o nome técnico para a meta fiscal) que segue as necessidades da economia que cai quando é necessário ampliar as desonerações fiscais e sobe quando é preciso apertar o cinto e reduzir o impulso à economia.

Na visão do governo Dilma - superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação foram necessários para a travessia da primeira década do século, mas não se aplicaria mais no mundo mergulhado na crise de 2008. O mercado começou a desconfiar da nova matriz justamente quando os EUA começaram a sinalizar que poderiam elevar os juros e moderar a compra de títulos no mercado. E o modelo brasileiro foi posto em xeque.

2 Brasil , Frágil e Vulnerável

A sugestão de Ben Bernanke, em 22 de maio de 2013, de que o Fed, o banco central americano, poderia começar a reduzir suas emissões monetárias no último trimestre de 2013, foi sufi­ciente para causar grandes estragos nos mercados financeiros dos países emergentes, cujos ativos domésticos perderam muito de seu fascínio anterior. O Brasil está entre os países mais afetados. Nos três meses seguintes ao discurso de Bernanke, o real caiu 17% em relação ao dólar, apesar das maciças vendas de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, enquanto os juros pagos pelos títulos públicos e corporativos aumentavam.

O Gráfico 1 ilustra o impacto do discurso de Bernanke, mostrando a dependência dos juros no Brasil, representados pelo rendimento real. Primeiramente, fica claro que a queda dos juros a partir do terceiro trimestre de 2011 só se viabilizou porque os juros também caíram muito nos EUA. Consequentemente, conforme os juros retornem a um patamar de longo prazo nos EUA, eles também devem ficar mais altos no Brasil. O Gráfico 1 mostra, porém, outro ponto relevante: que os juros no Brasil continuaram a subir mesmo depois que os juros nos EUA se estabilizaram. A razão foi a desconfiança com relação à dinâmica das nossas contas públicas.

A partir dessa reação do câmbio e dos juros, o Brasil passou a ser visto como um dos países mais vulneráveis às mudanças na economia mundial. O Fed, em um trecho do Relatório de Política Monetária de fevereiro de 2014, citou o Brasil como o segundo país emergente mais vulnerável à normalização da política monetária americana, entre os 15 países analisados, pouco atrás da Turquia. A análise do Fed se somou à do banco de investimentos Morgan Stanley, que incluiu o Brasil no grupo dos cinco países emergentes mais frágeis a mudanças na atual conjuntura econômica internacional. Em especial, as moedas de países mais vulneráveis, de acordo com o indicador, sofreram as maiores desvalorizações.

O Fed não detalha como construiu o indicador de vulnerabilidade, mas diz que o índice é simples e baseado em seis indicadores:

● O saldo em conta corrente como proporção do PIB. Quanto maior esse saldo, menos vul­nerável

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