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Estudo De Caso Assedio Moral

Trabalho Universitário: Estudo De Caso Assedio Moral. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/5/2014  •  1.952 Palavras (8 Páginas)  •  393 Visualizações

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Este estudo pretende apresentar as articulações dos dados de pesquisas bibliográficas cujo objetivo primordial é gerar reflexões que venham de alguma forma, contribuir para o debate sobre as conseqüências na subjetividade do trabalho no contexto socioeconômico contemporâneo. Emerge como foco de discussão o assédio moral nas organizações de trabalho.

Será realizada uma abordagem dos conteúdos estudados nas disciplinas do semestre em situação vivencial, promovendo a interdisciplinaridade, a integração entre teoria e prática e discutir, através de um texto, alguns dos princípios que devem ser observados na gestão das organizações contemporâneas. Explicita-se uma caracterização de uma organização como um ambiente vivo, levando-se em consideração, a influência das relações humanas no ambiente do trabalho e, posteriormente, uma apresentação do assédio moral, de acordo com a abordagem do texto Gentileza ou assédio: conflito de gênero e de raça nas relações de trabalho elaborado por Ana Paula Pinto Damasceno, retirado da Casoteca de Gestão Publica da ENAP – Escola Nacional de Administração Publica. Em última instância, buscou-se demonstrar as aproximações e os distanciamentos sob essas duas perspectivas quanto ao fenômeno assédio moral no trabalho.

O fenômeno denominado assédio moral no trabalho em pouco tempo conseguiu ampla repercussão e tem mobilizado, simultaneamente, os meios jornalísticos, organizacionais, sindicais, médicos, jurídicos e acadêmicos em diversas áreas, inclusive na psicologia. É preciso, entretanto, ter cuidado para não banalizar o assunto e torná-lo simplesmente mais um tema da moda, que, em um tempo ainda menor, perde-se na irrelevância teórica e na esterilidade prática.

Considera-se imprescindível, portanto, que a análise desse fenômeno psicossocial comporte elementos que permitam a sua definição e identificação no espaço histórico-cultural em que se delineia e concretiza-se, visando, assim, a entender suas implicações nas relações sociais vigentes. Esse parece ser o caminho mais viável na busca pela superação dos limites de uma compreensão baseada estritamente em indivíduos isolados, a qual invariavelmente leva à culpabilização dos sujeitos e ao velamento da responsabilidade social.

Nessa perspectiva, o estudo em questão firma-se em uma concepção do mulher enquanto ator social, sujeito que se constrói por sua atividade criadora e produtiva, que se constitui no movimento dialético entre o cultural e a história, ser relacional que, ao negar o outro, no individualismo, esvazia-se de sentido.

Em última instância, o que aqui se propõe é contribuir para o debate sobre o sofrimento psíquico da mulher no mundo do trabalho, tendo como eixo de análise o assédio moral, segundo as abordagens de Ana Paula Pinto Damasceno

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DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DE CASO

PARTE I - Personagens

Este estudo de caso descreve uma situação ocorrida na área de Orçamentos, Finanças e Contadoria de Departamento de Projetos do Ministério de Políticas Estratégicas, tendo como personagens principais: Fernando, chefe titular do setor, graduado com Especialização em Pericia Judicial de Cálculo trabalhista, funcionário de perfil empreendedor, que tem por hábito colocar o trabalho acima da vida pessoal; Carla, a mais antiga servidora do setor, tem a mesma formação acadêmica que Fernando, funcionária de competência técnica e com capacidade de gerenciar problemas, por vezes já assumiu a função do Fernando em outras oportunidades e Ricardo servidor de nível técnico médio com conhecimentos em informática, muito expansivo e brincalhão; tem habito contar piadas e apelidar os colegas, sendo considerado o “promoter” do setor eleito informalmente.

Como foco da discussão estão os diferentes temas relacionados à gestão das organizações contemporâneas tais como: liderança, diversidade da força de trabalho, ética, a mulher na economia e o impacto dessas questões na cultura e no clima organizacional.

CONFLITO

Devido ao afastamento do chefe titular Fernando, por motivos de saúde, Carla é escolhida para assumir seu lugar durante sua ausência. A opção por Carla é atribuída ao fato dela ser a mais antiga servidora do setor e a única que possui, além de graduação, o curso de Especialização em Pericia Judicial de Cálculo trabalhista, e já havia demonstrado, em outras oportunidades, competência técnica e capacidade de gerir eventuais problemas. Diante de Carla está o desafio de manter em dia as atividades de setor, principalmente os relatórios de fechamento do mês. Em virtude da troca de base de dados aumenta a lentidão na produção do setor. Após analisar o andamento do serviço e o tempo hábil para sua conclusão, Carla convoca uma reunião com o setor e expõe a necessidade ampliar as horas de trabalho, com a possibilidade de um rodízio entre os servidores. Ricardo que utiliza as ferramentas de informática com desenvoltura e tem sido de grande ajuda para resolver alguns problemas do novo sistema, se disponibiliza para ficar com Carla após o expediente, evitando assim, o rodízio dos demais. Tudo transcorria bem até que Carla passa a ser assediada por Ricardo e diante da recusa por ela as suas investidas, ele passa a denegrir a imagem dela entre os colegas de trabalho. Alegando inclusive que a verdadeira razão da ascensão de sua carreira e a função de chefe substituta a ela atribuída, era fruto de uma suposta relação amorosa mantida com Fernando.

PARTE III – Discussão de temas presente no caso

TEMA 1 - Liderança

 

Considerações finais

Hirigoyen (2002, 2003) e Dejours (1988, 1994, 2001, 2006) analisam o processo de espoliação do trabalhador tendo como base conceitual os pressupostos teóricos da psicanálise. A primeira, discute esse processo como uma perversão do ego (do agressor), priorizando o sofrimento da vítima, e interpreta esse sofrimento como conseqüência da violência a ela infligida. Já o segundo, entende o sofrimento como um sentimento singular vivenciado tanto pela vítima, quanto pelo agressor, interpretando a violência

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