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Fichamento Historia Economica Geral

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Por:   •  27/8/2013  •  3.375 Palavras (14 Páginas)  •  616 Visualizações

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O futuro chegou: Instituições e desenvolvimento no Brasil (pp. 29 – 57)

NÓBREGA, Maílson. O Mercado: mais antigo que Matusalém. São Paulo, Globo, 2005.

• O mercado ainda não é muito bem aceito no Brasil, isso se deve ao neoliberalismo, uma expressão que é quase um tabu para certos setores, acusando a intenção de tal sistema econômico baseada em impor ideias de fora, diferentes da nossa realidade, um mercado manipulado pelas elites, pelo sistema financeiro e por supostos acólitos parar manter o Brasil amarado a interesses espúrios de minorias.

• Se o Brasil quiser se tornar rico, deve aceitar o mercado, o qual não é uma invenção recente, o mercado nasceu antes mesmo de “Matusalém”. Acreditava-se que ele teria aparecido depois do Dilúvio, por volta de 6000 a.C. na Mesopotâmia. Porém pesquisas indicam que estava presente até mesmo na época dos homo sapiens com a conquista dos mesmos sobre os Neandertais, isso segundo Jason Shogren.

• A dominação do sapiens foi obra de um sistema econômico mais eficiente, ele praticava o comércio, a divisão do trabalho e a especialização, desenvolveu todo um sistema próprio de seu grupo. (Pág. 29, 30, 31)

A onipresença do mercado

• O mercado está em toda parte desde os primórdios da civilização, passagens bíblicas provam tal afirmação, como em Mateus (21:12), e

• Lucas (19:46) onde personagens bíblicos presenciam mercadores, sendo eles salteadores ou outras pessoas, como na passagem “Minha casa será casa de oração: vós, porém, a fizeste covil de salteadores”, ou seja, os expulsos faziam trocas, uma prova de mercado.

• É possível perceber essa realidade nos dias de hoje, são chamadas de economia informal, sendo os vendedores de rua, empresários mirins, que vivem à margem do sistema econômico formal. Tal fato é mais comum em países em desenvolvimento, onde pessoas de baixa renda ganham seu sustento mediante venda de mercadorias nas ruas, são atividades comuns e disseminadas.

• Quanto mais pobre for o país, maior será a presença da economia informal, a presença de impostos sobre a legalização do comércio faz com que pequenos empresários soneguem impostos, vivendo na informalidade porque não conseguiram sobreviver de outra forma, mas mesmo ainda que à margem da lei, isto é mercado, por mais que o critiquem, ele é natural e se desenvolve espontaneamente. (Pág. 31, 32, 33)

Mercados espontâneos

• A espontaneidade de nascimento é uma característica forte do mercado, desde a invenção da escrita há registros de transações de compra e venda, os cartagineses são um exemplo disso, desde a época praticavam transações de mercadorias com ouro entre seus parceiros, não existia facilitadores como governos ou judiciário, porém as trocas aconteciam.

• O mercado se torna irresistível quando há duas combinações; excedentes comercializáveis por uma de suas partes; uma moeda ou mercadoria que lhe faça às vezes. Em todo o mundo, trocas estão presentes, nas prisões trocam cigarros como moeda, os militares russos que combatiam os tchetchenos vendiam as próprias armas, nos lugares menos esperados, lá está o mercado.

• Até mesmo na ex-União Soviética, onde a lei proibia o mercado, ele estava presente, através da informalidade ou da troca de mercadorias, o escambo. Como nos mercados primitivos, onde a economia era feita por escambo, porém logo veio a necessidade de algo neutro que correspondesse ao valor das trocas, tendo o surgimento da moeda.

• O aparecimento das moedas impulsionou a expansão do comércio, mesmo que muito ainda tivesse que acontecer. No início viabilizou o funcionamento do comércio espontâneo, mais tarde, ela tomou a dianteira e viabilizou a espetacular geração de riqueza, quando as instituições permitiram que o mercado adquirisse crescente eficiência. (Pág. 33, 34)

Aos trancos e barrancos, o mercado avançou

• A moeda em si beneficiou muito o mercado, porém não foi a única, o desenvolvimento dos sistemas de transporte e de comunicações foram fatores importantes parar seu desenrolar. É por isso que pode se dizer que os grandes impérios favoreceram, direta ou indiretamente, o desenvolvimento do comércio.

• Os romanos contribuíram para o desenvolvimento institucional, com eles o comércio se expandiu pelos quatro cantos do mundo, dominando os principais centros de negócios, como o Museu de Londres, o qual intensificou o comércio no rio Tâmisa, incluindo a importação de vinhos da França e mercadorias de várias partes do império.

• Assim, desde já o mercado exercia o papel de coordenação social, mas estava longe do que viria a partir do século XVIII. Os países que enriqueceram foram os que construíram instituições promotoras da especialização, da divisão do trabalho, da cooperação e dos aumentos de produtividade.

• O mercado havia avançado com a invenção da moeda e da escrita, isso no final do primeiro milênio, os bancos já haviam surgido na antiga Mesopotâmia e continuaram a existir na Idade Média, mas não eram muito utilizados para alavancar investimentos e financiar a atividade econômica.

• No segundo milênio se teve a presença do feudalismo como regime econômico vigente, com seus reis, nobres, vassalos e servos. A igreja atrapalhou o andar da economia na época, com inúmeras imposições como a proibição da cobrança de juros sobre as mercadorias. Problema que só foi resolvido quando a ética dos encargos financeiros se associou à instituição da propriedade privada.

• Apesar de todas essas barreiras, o mercado continuou avançando, sob o risco da excomunhão, surgiram comerciantes dispostos a aproveitar as oportunidades propiciadas pelo comércio. Apareceram artifícios para contornar as leis da usura, um deles era embutir juros nos preços das mercadorias. Assim, o mercado ia achando suas formas de existir e ser presente na sociedade. (Pág. 35, 36, 37)

Novos passos: as cruzadas e a revolução comercial

• Apesar das restrições, os incentivos às trocas impulsionavam o mercado, nas Cruzadas por exemplo, milhares de europeus percorriam terras e mares para libertar Jerusalém da dominação mulçumana, precisando de equipamentos e subsídios, o que constituía o mercado para os comerciantes, que buscavam atender a essas demandas.

• As Cruzadas abrangiam vários grupos, e um deles eram as cidade italianas de Veneza, Gênova e Pisa, que

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