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Fichamento Relações Internacionais

Por:   •  8/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.691 Palavras (11 Páginas)  •  597 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Campus Poços de Caldas

Curso de Relações Internacionais

Melissa Souza Domingues Costa da Silva

FICHAMENTO APRESENTADO À DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Poços de Caldas

2016

Melissa Souza Domingues Costa da Silva

FICHAMENTO APRESENTADO À DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Fichamento apresentado à disciplina de “Introdução às Relações Internacionais”, do curso de Relações Internacionais, da PUC Minas, Campus Poços de Caldas.

Profa. Mariana Balau Silveira

Poços de Caldas

2016

TEXTO: Relações Internacionais

        Pré-existente desde o surgimento das primeiras civilizações e suas relações em sociedades, a analítica das relações internacionais é tida como uma disciplina nova que teve sua concretização após a Primeira Guerra Mundial advinda de uma necessidade de compreender a nova situação mundial nos campos econômico, político e geográfico e todas suas conexões no âmbito mundial. Essa abrangência de conceitos distintos reunidos em uma só disciplina teve seu conhecimento aprofundado pelos acadêmicos no mundo anglo-saxão, que tinham como princípio o saber das ordens: econômicas, acadêmicas e de poder.

        Estados Unidos e Inglaterra, duas hegemonias em diferentes épocas foram os primeiros a iniciarem pesquisas e estudos as Relações Internacionais em suas instituições em 1919 na Universidade De Gales, Woodrow Wilson criou a primeira cátedra universitária para esses estudos financiado por um inglês direcionada a compreensão do mundo para a direção de seu poder para ambos. Porém estas duas potencias tiveram propósitos divergentes de seus objetivos específicos dessa ciência posteriormente, sendo os Estados Unidos baseado nas Ciências Políticas de caráter prático para resolver as questões do Estado e a Inglaterra tendo juntado diferentes segmentos universitários e diplomáticos, formou-se um estudo que salientava a importância dos fatores culturais antes de defender seus interesses britânicos. Os anglo-saxões decorrente de sua hegemonia fundamentaram hipóteses, teorias, conceitos e impuseram termos para debates que se universalizaram essenciais para o vocabulário das Relações Internacionais. Esse conhecimento pôde ser observado nos momentos de mudanças no sistema internacional, como na guerra fria que a partir dos novos conhecimentos foi dada como incoerente à teoria Realista para a análise, e foram abordadas ideias liberais e democráticas opositoras do então socialismo, e maior relevância as questões econômicas globais com direção aos interesses individuais.

Entretanto, uma definição única é difícil de expressar o conteúdo dessa disciplina devido sua extensão complexa de assuntos abordados, que necessitam de responder duvidas que surgem das questões internacionais e não o significado da matéria em si. Diversas definições são apresentadas por estudiosos internacionalistas, porém todas não aleatórias com mesmo sentido de ideia de relacionamentos múltiplos e tendo parte dos fundamentos e dos métodos do conhecimento científico sempre em mutação, dificulta o entendimento do objeto de estudo das relações internacionais que consiste no surgimento de novos atores e novas discussões internacionais constantemente, sendo assim considerada uma abstração por sua imaterialidade - não existência física – e só existindo como produto do pensamento, e arbitrária.

        A realidade das relações internacionais é apresentada num grupo de fenômenos que podem se tornar objeto analisado das Relações Internacionais, e em outro que se apresenta o resultado das relações de conflito e interesses, diplomáticas, militares e estratégicas entre os Estados.

        Há uma ausência de um poder central que exerça o papel legítimo para criar leis e ter autoridade para que sejam obedecidas como o Estado desempenha em escala nacional, caracterizando o sistema internacional como anárquico.

        Dado os estragos em escala global da Primeira Guerra Mundial, notou-se uma necessidade de incentivar o conhecimento da realidade das relações internacionais com enfoque nas guerras e na paz entre os Estados que sempre foram estudadas desde o Tratado de Westphalia mas só concretizadas com a cátedra de Wilson e o Council of Foreing Relations nos Estados Unidos e o Royal Institute os International Affairs na Inglaterra e antes eram elaboradas seguindo condutas do Direito Internacional, da Diplomacia e História Diplomática que não obtinham respostas satisfatórias. Com muitos tentando capitar a nova estrutura internacional e decifrar o efeito da globalização foram-se elaborando perfil teóricos ideais para a compreensão da disciplina Relações Internacionais, gerando grandes discordâncias intelectuais e uma fragmentação de sua concepção. Diante desses conflitos foi criado o conceito de paradigma que consistia na classificação das teorias com sua ligação a percepção da constituição e dinâmica internacional, que foi adequado por um tempo, porém foi tido como não mais suficiente para solucionar a questão do mapeamento do campo teórico da ordem criando agrupamentos de teorias semelhantes e de dificuldades por desacordos dos próprios paradigmas ao mesmo tempo. Tais conflitos teóricos foram marcados pelos “Grandes Debates” que registraram o embate de teorias emergentes com as dominantes, estas por não serem capazes de elaborar novos elementos para maior reflexão da realidade das relações internacionais. O primeiro desses “Grandes Debates” aconteceu durante a década de 1930 com a contestação do Realismo que ditava as relações internacionais determinadas pelas relações de poder, com a corrente dominante Liberal-idealista crente do alcance da paz mundial, mas que após a Segunda Guerra Mundial foi batida por mundo bipolar e a beira de um ataque atômico, transformando assim o idealismo como uma ilusão. No segundo debate ocorrido em 1950 abordou a polemica discussão teórica e ordem metodológica dos Behavioristas que visavam ascender sua teoria metodológicas cientificas, que através de modelos limitados e juntados como um todo teria uma interpretação mais precisa das relações internacionais capazes até de prever as ações do Estado, e unidos à estes emerge-se o Modelo Sistêmico, que introduzido pelo Funcionalismo, analisava a vida política interna dos Estados, diferente do Realismo que formulava conceitos mais abrangentes e gerais para assimila-las. Já no terceiro “Debate dos Paradigmas” durante os anos 1970, que abordou a crítica Pluralista ao Realismo, que diante de fenômenos envolvendo os Estados Unidos e sua perda de poder afirmavam que o ”Estado não podia mais ser considerado como único ator válido das relações internacionais”, no ângulo da segurança e que a influência de outros atores importantes deveria ser reconhecida. Dessa crítica desenvolveram-se os modelos das teorias atuais, com o Neorrealismo tendo sido consolidado através de ajustes do Realismo; e o Neoliberalismo que pela adoção de características liberais converteu o Pluralismo.

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