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Fichamento Relações internacionais e o lugar da historia

Por:   •  12/12/2018  •  Resenha  •  1.951 Palavras (8 Páginas)  •  317 Visualizações

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História das Relações Internacionais II

 

“História das Relações Internacionais: O objetivo de estudo e a evolução do conhecimento” de José Flávio Sombra Saraiva

Neste capitulo o autor retrata os Anos 1980 e 1990, a respeito da Guerra-Fria e a Dissolução da União soviética, os Valores liberais e sua proliferação através dos processos de globalização. Assim, Saraiva diz que teorias que eram utilizadas para explicar os fenômenos políticos nas Relações internacionais perdem o “sentido” ao não explicar de forma clara as mudanças que ocorrem nesse período (realistas e liberais), trazendo também uma crítica as vertentes marxistas, ao dizer que, nem elas foram capazes de explicar as dinâmicas que ocorriam no cenário internacional e ainda mais, que nenhuma teoria (em uma crise paradigmática) teria sido capaz de explicar claramente o que estava  ocorrendo neste cenário.

 O autor aborda que o período pós-guerra-fria nos estudos das RI não progrediram. Passando a “supor que o contexto internacional do presente fosse uma nova forma acabada de sistema internacional”. Retratando um novo modelo sistêmico, baseado nos princípios causados pela globalização econômica/liberal de integração de mercados, Saraiva aborda as adoções dessas medidas globalizantes e o término das possibilidades soberanas do Estado-Nação no final do século XX junto a processos que dificultam uma análise precisa das RI. Buscando uma melhor compreensão das Ri, é retratada uma nova forma de analisar os fenômenos internacionais pós-guerra-fria observando os acontecimentos históricos, e o presente das RIs, dessa mesclando a história às teorias tradicionais, e assim, explicando os fenômenos.

         Ao falar dos anos 90 e dos diversos intelectuais que contribuíram com análises históricas o autor diz que estes, constituíram dentro das RIs um campo histórico que visa uma consistente metodologia de análise no campo internacional com o aparecimento de novos atores e fatores, a modernização dos modelos de chanceler, acordos, tratados e de conferências internacionais. O texto aborda também que a França foi a primeira escola História das Relações Internacionais e promoveu uma análise sobre este campo a partir de  má visão histórica dos acontecimentos internacionais, assim, a pesquisa e material passam a adquirir cada vez mais adeptos a estudar a HRIs contemporâneas, assim Saraiva fala sobre Adam Watson (1940-1950), um dos fundadores da escola inglesa, sendo esta uma nova abordagem que aborda a sociedade europeia como “sociedade internacional europeia”, cuja visão permitiu uma nova análise dentro do cenário internacional, pois, gerou a reflexão de fenômenos em linha cumulativa de conhecimento e descobertas científicas que proporcionaram uma enorme contribuição para os estudos.  O autor também trata a Escola Francesa, e diz que esta não escolhe uma corrente de interpretação histórica e a torna aplicável a evolução das Ris e contribui para uma nova leitura das relações internacionais sem conceitos predeterminados, desde que as obras conduzam a uma explicação aceitável.

 

O autor retrata a substituição da história diplomática, o ponto de vista das chancelarias e dos tratados internacionais, que se tornou insuficiente por não conseguir explicar as “catástrofes do século XX”, dando um enfoque civilizacional que dissolveu a dissociabilidade das HRI e das histórias das civilizações: tornando-se necessário expandir as áreas de estudo, obtendo mais fontes.  Assim, Saraiva aplica as contribuições da escola francesa para entender fenômenos internacionais fora da Europa e menciona Duroselle como discípulo e motivador dos estudos histórico buscando incluir análises empíricas das fontes influenciadas de fatores econômicos e dos comportamentos coletivos, analisando a influência que a adoção de tais posicionamentos causa nos homens de estado, nos formuladores de política externa retratando Duroselle como disseminador da disciplina. E abordando a importância da contribuição intelectual da escola francesa para os estudos das Ris.

É retratado que o Reino Unido não viveu o longo das décadas a mesma animação intelectual e o calor dos embates da historiografia francesa, retratando assim o ângulo insular dos estudos das HRI como tampouco tributário na difusão das concepções da escola renouviniana no resto da Europa e na América, apontando que houve um desenvolvimento bastante “low profile” comparado à escola francesa. Observasse que não houve tanta absorção da concepção de Renouvin e sim um desenvolvimento “tímido” se comparado a França. O fato de Watt consolidar um ângulo insular de estudos das HRIs na London School e seu trabalho e contribuição para a área pode ser igualada ao de Renouvin Motivou a construção de uma teoria política das relações internacionais a escola inglesa. Cuja a prioridade no estudo do Estado nas RIs – abarca o tema da anarquia e o significativo avanço no estudo de estratégias militares nas relações internacionais, e uma análise anglo-americana, de relações complicadas entre a crise do Reino Unido e os avanços norte-americanos tendo como vantagem o acesso a fontes recentes. Devido à crise de 1929 a principal preocupação dos governos europeus era reafirmar o conceito de Estado-Nação como organização básica da vida política europeia, sendo necessário uma contribuição para o entendimento de um processo de integração e enfrentando a dificuldade em elaborar uma única teoria para as RIs, uma vez que é necessário considerar as particularidades dos Estados, logo é quase que impossível criar uma teoria para toda sociedade internacional.

         A Itália, mesmo que tenha recebido a influência Francesa, se aproximou progressivamente da escola inglesa, pois, teve um desenvolvimento relativamente próprio e rápido, maior interesse nas áreas de opinião pública e política externa, tendo Chabod, como principal intelectual e pioneiro na área de estudos no país, e Mario Toscano como um nome proeminente e principalmente sobre os processos de desenvolvimento das RIs.  É abordado a tamanha inspiração de Chabod, que propiciou a diversos autores que compartilhassem um sentimento do passado como algo complexo, difícil e problemático, pois para eles, as relações entre os estados passam por períodos particulares, verificando assim, a dimensão enciclopédica e racionalista dentro do grupo italiano. O autor cita a Suíça e como a HRI no país é em certa medida uma experiência da escola francesa, por ser vigorosa em seus pressupostos, cuja a tradição helvética nos estudos das RI é fecunda e constante desde os anos 1960, e possui um certo apego aos temas de mundo contemporâneo, uma aproximação da história com a ciência política.  Observasse a sedimentação institucional cuja os projetos acadêmicos respondem problemas concretos e urgentes, e procuraram superar lacunas de conhecimento.  O autor menciona o historiador Jacques Freymond que chega a afirmar que a maior contribuição do instituto foi não ter isolado a história da política internacional, baseando-se sempre no estabelecimento de fatos, crítica as fontes, inserção do contemporâneo na cultura histórica e a Continuidades dos movimentos, com a absorção não só da história, mas da economia, ciência política e direito. Isso pode ser notado nas contribuições intelectuais sobre as políticas coloniais europeias na África e na Ásia e no processo de descolonização.

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