TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Formação da União Europeia e a corrente Marxista nas Relações Internacionais

Por:   •  3/12/2018  •  Dissertação  •  669 Palavras (3 Páginas)  •  213 Visualizações

Página 1 de 3

O bloco social-econômico europeu pode ser bastante explorado e diluído acerca do pensamento ideológico de Karl Marx entre as relações dos estados-membros. É interessante mencionar que a ideologia da sociedade capitalista nasceu justamente na Europa, alcançando sua materialização na Primeira Revolução Industrial na Inglaterra, e foi justamente sobre esse processo que o filósofo alemão discursou sobre.

A União Europeia, atualmente, nada mais é que um bloco econômico e social entre determinados Estados europeus. Inicialmente formado com uma finalidade estritamente econômica, com a Comunidade Europeia de Carvão e Aço em 1957. Ou seja, desde sua origem, o fortalecimento econômico é o objetivo principal de seus membros. Diferentemente dos pensadores liberais que acreditavam que o livre-comércio era benéfico a todas às nações, Marx defendia que, na verdade, as relações econômicas reproduziam a exploração e acentuavam as desigualdades entre os mesmos. É importante ressaltar que Marx não produziu uma teoria marxista para as Relações Internacionais, mas suas ideias contribuíram decisivamente para uma leitura crítica das mesmas.

Há indubitavelmente uma relação de dominação entre os Estados centrais europeus, e os Estados periféricos. Essa relação tem sido moldada ao longo de toda a História. É relevante mencionar a definição sobre a acumulação primitiva de capital, desenvolvida por Marx.  Segundo o filósofo, a origem do modo de produção capitalista não está ligada a uma pura e simples racionalização da divisão do trabalho social, mas sim a um processo violento de expropriação da produção familiar, artesanal, camponesa, corporativa etc., que separou o produtor direto dos seus meios de produção e formou enormes massas de indigentes e desocupados, na verdade uma volumosa reserva de força de trabalho livre e disponível para ser comprada, o proletariado; por outro lado, a exploração das colônias ultramarinas através de saques, especulação comercial, tráfico de escravos e monopólios mercantis provocaram enormes oportunidades de enriquecimento para uma parcela da burguesia. Sendo assim, estes fenômenos históricos geraram as duas classes antagonistas da sociedade industrial capitalista, a burguesia e o proletariado. Esse fato levou a ascensão dos países centrais, como a própria Inglaterra, França e Alemanha.

Há a oportunidade de citar o conceito imperialista desenvolvido por Lênin também. O filósofo aplica o marxismo nas relações entre os Estados. Ele afirma que a relação dos Estados é semelhante a relação do proletariado e dos burgueses.Para Lênin, o final do Século XIX era marcado por um estágio superior do capitalismo: o imperialismo, situação em que havia uma intensa disputa entre os países ricos (opressores) por matéria-prima e mercados consumidores nos países pobres (oprimidos). Esta relação, por sua vez, contribuía para a formação de monopólio e conflitos. Justamente, por este viés a guerra (inter-imperialista) é causada por desavenças capitalistas. A Primeira Guerra Mundial traduz justamente essa disputa capitalista de colônias entre as metrópoles.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.7 Kb)   pdf (77.9 Kb)   docx (11.8 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com