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HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Por:   •  5/6/2018  •  Artigo  •  3.501 Palavras (15 Páginas)  •  165 Visualizações

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HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Bibiana Chemello

O livro de Carlos Fico, História do Brasil Contemporâneo, conta a trajetória da história do Brasil de Vargas – antes e depois da posse – até os dias de hoje. A análise apresentada mostra desde a opinião pública, mídias, população até questões como jogos políticos que levam o país a ter uma história de extrema instabilidade, já que no Brasil a política não ocorre de modo fluído, e sim conta com momentos de quebra de mandatos, corrupção, interesses e, também um longo momento de ditadura.

O início aborda exatamente o momento pré mandato de Vargas, mostrando a situação brasileira sobre os mandatos conforme a política de café com leite. A candidatura e a posse de Vargas foram apoiadas por parte da população e repudiada pela tradição dos governos anteriores, o gaúcho iria quebrar com este tradicionalismo político com uma política de desenvolvimento nacional. O ponto importante das eleições deste período é que Vargas não havia saído vitorioso, mas entrou no cargo usando a força. Seu governo foi marcado por suas decisões de último momento, avanços de criações de ministérios e políticas sociais são abordados mostrando os pontos positivos do mandato. O presidente desprezava questões partidárias e afirmava que “não poderia ter leis e conquistas e reformas, em um regime que predominasse o interesse das conveniências políticas e das injunções partidárias”.

Durante o primeiro período varguista há também a nova constituição, e, também a Segunda Guerra Mundial, onde o Brasil na guerra teve um caráter anti-fascista e anti-nazista, porém internamente o país vivia exatamente um governo fascista ditatorial, onde o presidente reprimia de modo explícito não apenas comunistas, mas também, qualquer tipo de oposição a seu mandato. Uma quebra ocorre entre seus mandatos, já que Vargas volta ao poder em 51, e entra no poder seu vice, Dutra. Com eleições democráticas Getúlio volta ao poder, e neste período há a criação de mais indústrias nacionais – Brasil era mais fechado a questões comerciais visando o desenvolvimento interno – como por exemplo, a criação da Petrobrás. Porém desde sua entrada no poder, até 1954, Vargas sofre pressão tanto da população, tanto dos militares, da mídia e até de outros partidos políticos para que se retirasse do poder. Essa pressão visando sua deposição, teve mais força vinda dos opositores assim como da mídia. Neste momento a mídia forçava uma visão de certa forma maquiavélica sobre o então presidente, porém no dia 23 de agosto de 1954 o mesmo anuncia sua saída do cargo, com a comemoração de todos envolvidos no movimento para tira-lo da presidência. Porém, no dia seguinte, Getúlio Vargas se suicida, levando a população – até mesmo os contra seu governo – a repudiarem todos possíveis culpados, principalmente após sua carta de suicídio, que mostrava que sempre governara pelo povo, assim como morria pela população.

Após a morte de Vargas há os governos provisórios de Café Filho e Carlos Luz. O primeiro, realizou a quebra da política desenvolvimentista de Vargas, passando por grandes dificuldades financeiras, aumentando o crédito visando mover a economia, possuindo grande inflação, contraindo diversos empréstimos e em função disto procurou investimento estrangeiro – abrindo a porta nacional para o exterior.

Nas eleições de 56, entra no poder Jucelino e como vice João Goulart, não levando o apoio das oposições sobre sua candidatura onde muitos chegavam à população com discursos sobre que JK não poderia chegar ao poder, e se ganhasse as eleições, não deveria assumir a presidência. Neste momento, há pedidos pela ditadura, alegações de invalidade de votos e consequentemente da vitória de JK, porém o mesmo assume o cargo, mesmo sem o apoio da marina e da aeronáutica e também com o acontecimento de tentativa de golpe por parte da oposição, porém fracassada neste momento. O governo de JK é marcado pela retomada do projeto varguista de desenvolvimento estatal, porém mantendo-se alinhado com os EUA, e abrindo a economia de forma que Vargas jamais fez. Uma de suas políticas era resumida no Plano de Metas de desenvolvimento em diversos segmentos, investindo internamente na indústria por mais que o país passasse por momentos de crise – 50 anos em 5 era este o objetivo do presidente com estas práticas.

Alguns setores crescem no período, e há um investimento em questão de pesquisas para entender aonde se deve ou não investir. A nova capital nacional passa a ser Brasília e além disto, durante o governo JK há a proposta da Operação pan-americana, que tinha como o objetivo levar os EUA a se preocupar e agir de modo ativo na América Latina.

Por mais que o brasil estivesse em crise tinha visão positiva do povo e da opinião pública, e nas eleições de 65 não se candidatou pois sabia que a nova política monetária deveria ser de enxugamento de gastos e isso gerava uma visão negativa por parte da população. Então o PSD coloca a candidatura de Lott, que ajudou a neutralizar as crises militares que poderiam ter acontecido no governo de JK. Outro candidato neste momento era Jãnio Quadros, discursava contra corrupção e venceu as eleições , e seu vice era joão Goulart. Qudno entrou realizou ações no governo para enxugar gastos deixados por JK e uma moeda extremamente desvalorizada. O então presidente surge com uma nova política, a Politica externa independente, desalinhando automaticamente com apenas os EUA e passando a olhar mais para os países da américa latina. Porém com seu contato com países comunistas – Cuba e também a viagem de Jango à China - isto levou ao descontentamento de parte da população e também dos militares. E neste momento Jânio renuncia a presidência, pensando que o povo imploraria por sua volta mas isto não aconteceu. Jango não era bem visto q não iria assumir já que tinha seu histórico marcado pelo governo varguista que era detestado pelos militares. E neste momento, em 1961 o Congresso Nacional decide implementar o parlamentarismo para diminuir os poderes de Jango considerado comunista já que defendia praticas mais sociais como a reforma agrária.

A definição dos mantados parlamentaristas foram confusas e de diversas entradas e renuncias, causando ainda mais instabilidade política em um momento que o Brasil necessitava ainda mais de um líder fixo. Com a volta do presidencialismo, há as políticas de aumento de salário mínimo do povo feitas por Jango – que se pudesse ter concorrido as eleições de 65 teria vencido em função de popularidade -, e juntamente a isto a oposição mantem sua acusação sobre o presidente nacional ser comunista e investe grandes quantias para promover conteúdo anticomunista, financiado por institutos que eram a favor da “democracia” e bancas religiosas – e familiares -, estas que marcharam contra Goulart após seu discurso na Praça da República em 64.  Jango opta por deixar claro em seus discursos e aparições públicas que iria até o fim de seu mandato e repudiava as alegações da oposição e dos militares sobre seu viés político e suas práticas, porém em março de 64, Castelo Branco inicia uma conspiração através de documentos para autorizar o golpe militar alegando que Goulart iria dar um golpe de Estado. Golpe militar que era apoiado também pelos americanos, e que com Castelo Branco inicio o processo para a Ditadura militar, não ocorrendo eleições democráticas por anos.

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