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INFLUÊNCIAS POLÍTICO-PARTIDÁRIAS EM MOVIMENTOS GREVISTAS EM SÃO JOSE DOS CAMPOS,SP (1980-1985): GREVE DA GENERAL MOTORS DO BRASIL

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Por:   •  17/9/2013  •  2.763 Palavras (12 Páginas)  •  617 Visualizações

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INFLUÊNCIAS POLÍTICO-PARTIDÁRIAS EM MOVIMENTOS GREVISTAS EM SÃO JOSE DOS CAMPOS,SP (1980-1985): GREVE DA GENERAL MOTORS DO BRASIL

Yandra Siqueira,Ana Cabanas

1UniCamp/IFCH, Rua Cora Coralina, s/n, Barão Geraldo - Campinas- SP, nFaculdade Anhanguera de São José, Av. João Batista de Souza Soares, 4121, Colônia Paraíso, São José dos Campos-SP

1yandrasiqueira@gmail.com, nana.cabanas@aedu.com

Resumo- A luta operária inicia-se no momento em que as relações sociais do trabalho definem-se no processo de produção e desenvolvimento capitalista. Sob a égide Getulista desenvolvem-se vários aspectos da condição trabalhista com a Consolidação das Leis Trabalhistas, na medida em que aprisiona toda e qualquer manifestação opositora aos interesses do Estado deflagrando metodologias repressivas de controle sobre as ações sindicais, refreando as ações coletivas. Neste período, a influência Prestista provoca o despertar da identidade coletiva entre os trabalhadores que se reconhecem como classe e assumem papeis políticos na sociedade. Propoe-se identificar as influências político partidárias no Movimento Grevista da General Motors do Brasil em SJC, evidenciando os trabalhadores como atores sociais na reconfiguração política no cenário das desigualdades sociais. Nesta revisão da literatura, utilizou-se o método hipotético-dedutivo com procedimento funcionalista e caráter qualitativo. Conclui-se que as influências político-partidárias nos movimentos grevistas de São José dos Campos,SP, entre 1980 e 1985 fragmenta a questão social formalizada com a vulnerabilidade evidente após este movimento.

Palavras-chave: Política. Ditadura. Movimento Grevista. Sindicalismo

Área do Conhecimento: Ciências Humanas. Ciência Política.

Introdução

Durante a Ditadura Civil, a matiz Getulista desenvolve vários aspectos da condição trabalhista com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), na medida em que aprisiona toda e qualquer manifestação opositora aos interesses do Estado. Nitidamente, deflagram-se metodologias repressivas, para controlar as ações sindicais e refrear as ações coletivas dos trabalhadores.

A década de 1970 foi marcada pela independência das ações sindicais, quando a Oposição Sindical liderada por trabalhadores fabris, assumem o comando do Sindicato dos Metalúrgicos, desencadeando o movimento grevista, particularmente em São José dos Campos-SP, reconfigurando o cenário sociopolítico na cidade e adjacências.

A participação política dos trabalhadores evidencia-se na década de 1980, tanto nos movimentos grevistas como na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Entretanto, o Movimento Grevista de 1985 na General Motors do Brasil (GMB) em São José dos Campos-SP se tornaria um marco nos movimentos classistas.

No período de 1985, o governo civil defrontava-se com diversos problemas políticos e econômicos, com taxas de desempregos altas. A oposição se fomentava na esquerda formada por organizações políticas oriundas dos movimentos sociais, sindicatos e associações de classes (KINZO, 2004).

Nesta premissa, propoe-se identificar as influências político partidárias no Movimento Grevista da General Motors do Brasil em SJC, evidenciando uma reflexão social na medida em que se desenvolve o processo político no País, os trabalhadores despontam como atores sociais na reconfiguração política no cenário das desigualdades sociais.

Igualmente, prima-se o cenário nefasto ao qual a classe operária, lançada às márgens periféricas da sociedade, perece junto a bordadura da marginalização da sociedade industrial, reproduzida pela falta de entendimento e esclarecimento político.

Metodologia

Esta pesquisa bibliográfica exploratória, pois se considerou o conhecimento empírico acerca dos movimentos sociais dos trabalhadores na década de 1980.

A análise embasa-se na premissa de Antunes (1995a), na observância à complexidade da classe operária que assoma ao emergir dos elementos de mediação, tais quais sindicatos, partidos políticos, greves, ações de classe e conselhos, que se nivelaram em expressões autênticas.

Resultados

O trabalho remunerado inicia-se tardiamente no Brasil, após 1888, substituindo o trabalho escravo e fundamentando as bases da economia capitalista com os métodos de reprodução das relações de trabalho e implantação do processo de industrialização.

Na década de 1930, a Era Vargas estruturava-se em Ditadura Civil que estabelecia os direitos dos trabalhadores por meio da CLT e, ao mesmo tempo, impunha absoluto controle, suprimindo as manifestações sindicais. Iniciava-se a Luta Operária em torno do controle da jornada de trabalho, após a Lei nº 605/1949, quanto à Assiduidade Integral, que explorava os trabalhadores, privando-os do descanso semanal remunerado.

O Vale do Paraíba Paulista (VPP) engloba o processo de instalação das plantas industriais com a instalação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) em 1950 e a inauguração da Rodovia Presidente Dutra, em 1951 devido à concentração geográfica (SIQUEIRA et al, 2011). Em 1952, 17 sindicatos criaram a Comissão Intersindical Contra a Assiduidade Integral (CISCAI), no Rio de Janeiro-RJ, composta por 179 delegados de 89 sindicatos de vários estados (PEREIRA NETO, 2009).

Após o golpe militar de 1964, com a queda do Presidente da República João Goulart (1964-1967), as Forças Armadas assumem o Governo do País, com o General Castelo Branco. Imperando a política de repressão às manifestações populares, especialmente as de classe, ainda assim, mantinha-se o Congresso e o Judiciário, e, apesar de haver eleições, tratava-se de um sistema totalmente controlado, onde os candidatos deveriam atender às necessidades do Governo e não as do povo (ANTUNES, 1995b).

Em 1969, a EMBRAER, que iniciara as atividades em São José dos Campos, como empresa estatal, delimitava ainda mais os direitos dos trabalhadores. Igualmente, os operários buscavam se qualificar profissionalmente e muitos retomaram os estudos (MEDEIROS, 2006).

A década de 1970 é marcada pela violência repressiva da ditadura, ao mesmo tempo em que entra em decadência pela aceleração da abertura política, e pelo “Novo Sindicalismo” eclodido após o V Congresso Nacional dos Trabalhadores Industriais, realizado em 1978, no Rio de Janeiro,

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