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Jean Baptiste Say

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Por:   •  21/3/2014  •  2.100 Palavras (9 Páginas)  •  866 Visualizações

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Jean Baptiste Say

Jean Baptiste Say, francês, primogênito dos quatro filhos e de família protestante, nasceu na cidade de Lyon, no ano de 1767, presenciou em sua juventude a Revolução Francesa de 1789, esta marcava o inicio da era moderna e fim da dominação da nobreza.

Em Paris, Jean conseguiu seu primeiro emprego num banco, porém foi na Inglaterra que iniciou no mundo econômico, pois o país passava por um período de industrialização, numa época onde os pensamentos iluministas eram dominantes, tinham como base o liberalismo, racionalismo e individualismo. Reuniu principais ideias de: Adam Smith, David Ricardo e Thomas R. Malthus, e através de suas obras iniciou seu interesse pela economia política.

Defensor da liberdade de produção e de consumo, e convicto de que o capitalismo sempre se ajusta às crises, criou uma escola própria quando elaborou a teoria segundo a qual é a utilidade, e não o trabalho, que determina o valor de um bem. Ele inventou a lei dos mercados, a lei de Say, que se manteve como princípio fundamental da economia ortodoxa até a grande depressão (1930), e que é uma das bases de toda a teoria econômica clássica da produção e que, teoricamente, elimina toda a intervenção governamental na economia.

No final da Revolução Francesa que durou 10 anos, marcado historicamente, Jean iniciou sua carreira no Courier de Provence, como jornalista liberal, passou por diversos jornais e por fim como diretor no societé dês Republicains, publicou ideias econômicas de Adam Smith. De 1799 a 1814, foi membro do Tribunat, sendo demitido por ordem de Napoleão por se recusar a publicar algumas idéias do imperador.

Após isso Jean sai de Paris e vai para Auchy, abandonando a política e o jornalismo, ingressa no ramo da indústria, nesta fase empreendedora monta uma empresa têxtil empregando cerca de 400 funcionários, foi uma experiência industrial sem dúvida exemplar, mas que serviu apenas para ilustrar um pensamento definido.

Com o fim do império deu inicio a dedicação intelectual , neste período escreveu suas mais relevantes obras alem de contribuir para o ensino econômico na França. Seus trabalhos o tornaram influente na Itália, Espanha, Alemanha, Rússia, América Latina, Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, no qual teve entre seus admiradores Thomas Jefferson e James Madison, foi coerente com sua defesa da liberdade econômica ao longo de toda a sua vida.

Nos Estados Unidos, uma de suas principais obras o Traité, era tão popular, que a tradução em inglês serviu como um texto padrão de desenvolvimento econômico em faculdades e universidades americanas durante grande parte do século XIX.

Suas obras foram:

1800- publicou Essai sur les moyens de reformer les moeurs d'une nation,

1803- publicou sua maior obra, o Traité d'économie politique ou simple exposition de la manière dont se forment, se distribuent et se composent les richesses, cuja 6ª edição, foi publicada em 1841.

1814- publicou uma segunda edição da obra Traité, dedicada ao imperador Alexandre I da Rússia.

1814- o governo francês o enviou para estudar a economia do Reino Unido e o resultado dessa viagem foi e o pequeno livro De l'Angleterre et des Anglais.

1817- publicou a terceira edição de seu Traité.

1828-1830 - publicou seu Cours complet d'économie politique pratiqu

Um dos escritos que mais o caracterizam como um antecessor dos austríacos é o conjunto de cinco cartas que escreveu a Malthus, Lettres à M. Malthus sur l'économie politique et la stagnation du commerce, em que critica a visão malthusiana a respeito da estagnação econômica.

O Conservatório des Arts et Métiers criou uma cadeira de Economia Industrial para ele em 1819 em 1826, foi eleito membro estrangeiro da Academia Real Sueca de Ciências, e em 1831 foi nomeado professor de economia política no Collège de France.

Infelizmente, os livros-texto de História do Pensamento Econômico costumam mencionar Say apenas superficialmente e sempre o ligando à lei que levou o seu nome e, mesmo assim, apresentando-a de maneira descaracterizada, o que continua contribuindo para banalizar sua importante obra. A melhor das exceções é o livro de Murray Rothbard, Classical Economics: na Austrian Perspective on the History of Economic Thought, vol. II, J.B. Say: the French tradition in Smithian Clothing.

Jean Baptiste Say, faleceu em Paris, no ano de 1832.

Principais teorias econômicas

Valor da utilidade

Say propõe uma definição nova, do conceito de produção, indo contra a indefinição de Smith (que não se posiciona claramente entre os valores de uso e de troca) e, principalmente, com a posição de Ricardo, decididamente a favor da teoria do valor-trabalho, no que foi acompanhado por Marx e seus seguidores, e sendo antecessor de John Stuart Mill, que foi um grande defensor do utilitarismo, Say defende a tese onde diz: "A produção", escreve, "não é uma criação de matéria, mas uma criação de utilidade. Pouco importam as enormes dificuldades que tenhamos que vencer para produzir um objeto inútil: ninguém vai querer pagá-lo. O valor que a humanidade atribui aos objetos se origina do uso que deles se possa fazer... Tomarei a liberdade de associar o termo utilidade à capacidade de certas coisas satisfazerem os vários desejos da humanidade... A utilidade das coisas é a base do seu valor e seu valor constitui riqueza... Embora o preço seja a medida do valor das coisas e o valor delas seja a medida de sua utilidade, seria um absurdo inferir que, aumentando-se à força seu preço, sua utilidade possa ser aumentada. O valor de troca, ou preço, é um índice da utilidade reconhecida de certa mercadoria”.

Say coloca como tese importante, que é a utilidade, e não o trabalho, o principal fator determinante do valor de uma mercadoria. A utilidade é o fundamento do valor, o preço é a medida da utilidade, quando não existem obstáculos à livre concorrência, nem intervenções estatais, os preços do mercado refletem adequadamente os valores reais, ou seja, a utilidade dos diversos produtos. O custo da produção não é mais do que uma limitação imposta ao produtor, mas que não determina, de modo algum, o valor dos produtos.

Desta forma, Say, mostra uma total rejeição da teoria do valor-trabalho, assim como, também, de toda a distinção entre o valor de uso e o valor de troca. O valor de Say é um valor mercante que só se define pela

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