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O SISTEMA-MUNDO, A GLOBALIZAÇÃO E A GLOCALIZAÇÃO

Por:   •  1/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.853 Palavras (16 Páginas)  •  242 Visualizações

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O SISTEMA-MUNDO, A GLOBALIZAÇÃO E A GLOCALIZAÇÃO

Instituto Superior de Novas Profissões – Relações Públicas e Publicidade

U.C. Sociologia da Comunicação, 2º Ano, 1º Semestre

15/01/2015

RESUMO

Este artigo tem como objetivo o estudo da importância dos media no mundo contemporâneo e a forma como estes influenciam a sociedade no contexto multicultural desde o tipo de comunicação na pós-modernidade até às mutações nas sociedades actuais provocadas pelo processo de globalização que contribuíram para uma forte alteração na responsabilidade social dos media de forma a evitar exclusão das minorias étnicas e culturais. Pretende-se assim perceber de que forma a interação entre as particularidades que compõem sistema-mundo e a representação das mesmas no palco dos media deve ser conseguida à luz das vontades e necessidades de afirmação cultural, bem vincadas nos dias de hoje.

Palavras-chaves: Fluxo de informação; meios de comunicação; mundo; globalização; modernidade; diferenças culturais.

ABSTRACT

We assist nowadays to a huge information flows that come from various media and from various parts of the planet. In a vertiginous speed, what happens now is instantly circulated worldwide. Are the results of globalization and the modern world, some say. However, this modernity is not accompanied by a humanist vision covering all cultural differences and their specificities, in the production of meaning and in the construction and transmission of reality by the media.

INTRODUÇÃO

De que forma deve o mundo contemporâneo lidar com as diferenças culturais em pleno séc. XXI?

Este artigo tem por objetivo analisar a influência do mundo globalizado e dos meios de comunicação social, na interação entre as diferentes particularidades que compõe o sistema-mundo e na representação das mesmas no contexto do palco dos media. Pretende-se perceber de que forma essa interação deve ser conseguida à luz das vontades e necessidades de afirmação cultural, bem vincadas nos dias de hoje.

GLOBALIZAÇÃO E O MUNDO EM MUDANÇA

Podemos considerar que a Globalização é uma temática muito vasta e muitos dos autores e críticos em sociologia definem este tema de maneiras semelhantes mas com perspetivas diferentes. Giddens define globalização “como a intensificação das relações sociais com uma amplitude mundial, que ligam lugares que são relativamente distantes no qual os acontecimentos locais são influenciados por eventos remotos, e vice-versa” (1990: 64). Para Roberstson (1992) “o conceito refere-se tanto à compreensão do mundo como à intensificação da perceção do mundo como um todo”.

De forma a podermos caracterizar e perceber esta temática podemos definir a globalização como um método de inclusão social, política e económica entre os países e as pessoas de todo o mundo, onde os governos e as empresas comunicam entre si. Por outras palavras, a globalização é a correlação de todos os povos e países do mundo. Este termo é na maior parte das vezes designada como “aldeia global”, de forma a dar a entender que o mundo é realmente pequeno e que todos têm conhecimento dos factos ao mesmo tempo (Marshall McLuhan).

O desenvolvimento dos meios tecnológicos fez com que as comunidades tivessem uma maior aproximação e conhecimento de novas realidades provenientes de outras localidades. A televisão e mais recentemente a internet tiveram esse impulso na forma de transmissão de novas realidades. Hoje em dia podemos estar em casa confortavelmente no sofá e somos bombardeados com inúmeras notícias provenientes de todo o globo terrestre, em relação a cultura ou a desastres que acontecem regularmente e que sobre os quais automaticamente temos conhecimento, economia, etc. Desta forma podemos afirmar que vivemos numa ligação em rede na qual temos acesso a toda a informação sem sair de casa.

Naturalmente este processo em rede fez com que houvesse um crescimento aglomerado nas migrações, na forma como usam as novas tecnologias, e consequentemente fez com que houvesse um desenvolvimento em empresas multinacionais, um maior fluxo de capitais pelo mundo e uma maior integração entre as sociedades.

No entanto, este processo está a ter implicações no mundo e tem um efeito bastante poderoso na vida de cada cidadão e na forma como comunicamos constantemente com o mundo.

Todo esse processamento fez com que houvesse uma uniformidade em inúmeros países do mundo. O conhecimento de fenómenos, acontecimentos locais, culturas, conceitos, opções, formas de vida de outros países, fez com que muitas pessoas adotassem estes conceitos para as suas vidas.  

Isto conduziu a uma cultura mundial, ou seja, uma “aldeia global” não só relativamente aos avanços das tecnologias, permitindo que todo o mundo tenha conhecimento de tudo na mesma altura, mas também a nível cultural, pois houve uma junção de várias culturas (Marshall McLuhan). Fazendo referência aos últimos fenómenos que se passaram em Paris (atentados ao jornal satírico Charlie Hebdo), podemos reparar que em todo o globo terrestre tiveram conhecimento do massacre em direto, desta forma podemos reparar que os meios tecnológicos foram fundamentais para a divulgação dessa notícia aterradora e como a cultura teve um papel fundamental no desenrolar dos acontecimentos.  

Esta poderá ser a maior consequência do processo de mudança que está a decorrer no mundo e que detém um grande peso nos métodos de mudança social, ideais e formas de relacionamento resultantes, nomeadamente, de processos de modernização.

O sociólogo Britânico Roland Robertson (1992) designou o termo glocalização, que consiste numa mistura entre globalização e localização. Isto significa que, “as comunidades locais assumem uma postura mais ativa do que apática na modificação e na transfiguração dos processos globais de modo a adaptar aos interesses das suas próprias culturas, ou que os negócios internacionais têm de apropriar os seus produtos e serviços às particularidades locais”. Desta forma, podemos considerar que a globalização não gera inevitavelmente uma cultura uniforme e global, mas que leva, pelo contrário, à variedade e aos fluxos multidirecionais de produtos culturais entre as sociedades mundiais. Fazendo referência a cadeia McDonalds, podemos reparar que está praticamente presente em tudo o mundo de uma forma uniformizada, assim por onde esteja sedeada terá de respeitar a cultura presente como também adaptar os produtos às comunidades locais, desta forma, quando viajamos para determinado local, no mundo, podemos reparar na diversidade cultural e nos produtos de diferentes gamas que são comercializados em locais diferentes, de forma a adequar o seu negócio a cada país.

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